Em “Chestnut”, Westworld se aprofundou em humanizar ainda mais os andróides – vulgo anfitriões – com a história de Maeve (Thandie Newton) e sua pequena aventura pelos corredores dos laboratórios em que as “diversões” são preparadas. No episódio 3, “The Stray” temos mais um pouco disso e mais algumas dúvidas sobre as verdadeiras intenções do dr. Bernard (Jeffrey Wright).
Um dos andróides deixou de seguir o roteiro do programa e começou a seguir um caminho aleatório imprevisível, o que obriga uma equipe de humanos a encontrá-lo para entender o que aconteceu. Paralelamente, Teddy conduz um grupo para tentar eliminar um velho inimigo do passado e descobrimos que Bernard está dando livros para Dolores aprender a pensar fora da sua programação.
Os produtores de Westworld parecem não ter a menor dó do coitado do Teddy (James Marsden), que parece ser o maior saco de pancadas (ou balas) da história de Westworld. Chega a ser engraçado descobrir que existe uma versão live action do Kenny, de South Park. Meio que o coitado morre em todos os episódios. E eu não deveria rir disso, mas…
Por fim, Dolores é novamente atacada por um grupo de bandidos e tem a sua família assassinada (aliás, será que um dia veremos a mãe dela?). Prestes a ser violentada, ela começa a ter flashes do seu passado e lembra do “pai original” e do ataque que sofreu pelas mãos do Homem de Preto (Ed Harris), o que motiva uma reação violenta e contrária à sua natureza. Dolores foi concebida como uma vítima passiva, não como uma mulher capaz de se defender atacando.
O grande problema de Westworld até o momento, pelo menos pra mim, é a dificuldade de saber quem é humano e quem não é. De certa forma, para uma série que gira em torno do sadismo humano, é de embrulhar o estômago manterem certas atitudes criminosas de seus robôs quando não há ninguém pagando para vivenciar essa história.
“The Stray” é o momento mais fraco da temporada até agora, o que é compreensível depois de dois episódios brilhantes. Difícil sustentar a qualidade, mas ainda assim é como se fosse um longo momento de enrolação no qual nada realmente útil acontece. Os famosos fillers, né? E desta vez sequer tivemos uma boa trilha sonora…