O Cinema de Buteco adverte: o texto a seguir possui spoilers e deverá ser apreciado com moderação.
The Walking Dead criou uma tradição macabra nos últimos anos e se manteve na atual temporada: o episódio 14 costuma incluir mortes chocantes. Ou inesperadas. “Twice as Far” não decepcionou e surpreendeu o telespectador.
Seguindo com suas crenças inabaláveis, Morgan cria uma cela de prisão em Alexandria. Para quem acompanha as HQ’s, sabe que lá será o futuro lar de Negan depois que transformar a vida de Rick e seus amigos num inferno e deixar traumas que dificilmente serão superados algum dia. Rick pergunta o motivo daquela prisão e Morgan, com serenidade, apenas diz: “Um dia você poderá fazer escolhas.”
Escolhas. Carol fez a dela. Com uma carta desabafo para Tobin, a personagem se revelou cansada dessa vida e da necessidade de abandonar a sua humanidade para tentar garantir a própria sobrevivência. O discurso de Morgan pode não ter afetado as outras pessoas de Alexandria, mas bateu direto justamente numa das assassinas mais eficientes do grupo. A perda de Carol pode ser significativa para o futuro da série.
O sexto ano se dividiu entre a crença de Morgan de que toda vida é sagrada e as ações de Rick exterminando as ameaças. O discurso de Morgan estava vencendo o “debate”, até que “Twice as Far” deu uma boa defesa para as mortes causadas por Rick. Se Daryl não tivesse poupado Dwight no episódio 6, talvez a morte de Denise não tivesse acontecido. Nas HQ’s, inclusive, a vítima seria Abraham. Talvez deixar de matar outros sobreviventes não seja a melhor opção…
Por último, apreciei mais uma discussão entre Abraham e Eugene. Graças à briga, a dupla se separou e Abraham conseguiu ser elemento surpresa que evitou a morte de Rosita, Daryl e do próprio Eugene.
Faltando mais dois episódios para o fim da temporada, a certeza é o sexto ano de The Walking Dead se garante como o melhor da história da série justamente pela quantidade de informações e desenvolvimento dos personagens.