TALVEZ EU SEJA MESMO UM SOBREVIVENTE. Ou apenas masoquista mesmo. Após quase dois anos desde o final de The Walking Dead, a marca prosseguiu se arrastando tal qual um zumbi. Entre spin-offs medíocres (a aventura de Maggie e Negan) e surpreendentes (a saga de Daryl em Paris – embora eu não tenha visto tudo ainda), finalmente chegou o momento de descobrir o que aconteceu com Rick… e o seu reencontro com Michonne.
The Ones Who Live até tem um começo digno dos bons tempos da série principal. Seja pelo carisma (ou saudades) do protagonista ou pela curiosidade em saber do seu paradeiro, a estreia funciona. Tá muito longe de ser perfeito, mas considerando que a nossa exigência não é tão elevada se tratando de The Walking Dead, funciona.
Aqui, também por culpa do histórico da série principal, precisamos chamar de mérito a decisão de fazer o básico/óbvio. O episódio começa mostrando Rick e como foi a sua jornada desde seu sumiço. Em uma sequência de ação bem construída, a série deixa um belo cartão de visitas ao mostrar o protagonista sendo obrigado a decepar a própria mão em uma tentativa de fuga. Pois é. Rick Grimes agora é o próprio Capitão Gancho do apocalipse.
O episódio constrói satisfatoriamente os conflitos e dilemas vividos pelo personagem. Após tantos anos mantido como refém e fracassando em suas tentativas de fuga, Rick finalmente aceita seu destino e assume um papel importante dentro dessa imensa e misteriosa cidade. O senso de liderança de Grimes permanece inalterado, assim como seus valores de garantir a justiça. Fica implícito que nem tudo são rosas na cidade e conspirações para assumir o controle de outras cidades sobreviventes parecem dar o tom do que virá a seguir.
E antes que pergunte, sim. Nos minutos finais, após ter seu “mentor” assassinado durante um ataque, Rick começa a buscar proteção contra um ataque cheio de tiros, porradas, bombas e… espadas.
Cenas dos próximos capítulos…