Nunca duvidei que The Leftovers fosse uma série maluca. Talvez seja por isso que eu goste tanto da história e por colocar a obra produzida pela HBO no meu ranking pessoal de coisas favoritas.
A mistura de fé e ciência, razão e emoção, e uma completa falta de noção me conquista facilmente. Em “Don’t Be Ridiculous” acompanhamos a busca de Nora pelos responsáveis por uma estranha ligação oferecendo a chance dela reencontrar seus filhos que partiram.
Nora é uma das personagens mais interessantes da série e sempre recebe um tratamento especial dos roteiristas. Sua investigação é envolvente, mas a melhor parte acontece quando ela se deixa relaxar pulando numa cama elástica. Inclusive, a fotografia dá até uma pisada no freio para entrar em modo slow motion e potencializar a sensação de “paz” que a personagem experimentou naquele momento.
Sei que deveria ter pesquisado sobre o paradeiro da pequena Lily desde que ela começou a se insinuar como um mistério. Não fiz. Não lembro que raios aconteceu com a máquina de xixi e cocô.
Nora e Kevin fazem um casal perfeito em suas mentiras e omissões. Mesmo que seja possível notar o peso nos ombros dela quando diz que precisa ir para a Austrália trabalhar, ela não hesita e parece decidida a correr riscos para ter a mínima chance de se reencontrar com a família. É triste a cena em que a moça ri alto do desejo do parceiro em produzir uma mini-pessoa.
Poxa. Só quem já passou pela humilhação de se declarar pra alguém e ouvir uma risada sabe o que Kevin sentiu naquele momento. Vulnerabilidade máxima.
O encerramento segue o nível WTF da season premiere: reencontramos o pai de Kevin na Austrália com um bando de tias loucas. Acho que o veio doido vai se dar bem…