Faltam apenas dois episódios para o final da 3ª temporada de Fear the Walking Dead. Com uma despedida dupla, os ep 15 e 16 concluirão os eventos vistos ao longo desse ano todo e mostrará o desfecho das desventuras apresentadas em Fear the Walking Dead s0e14, “El Matadero”.
Apesar de seus pontos positivos, “El Matadero” joga pela janela tudo que Nick passou nos últimos anos. Ao permitir que o personagem tenha uma recaída com as drogas, a série passa por cima da evolução que Nick sofreu e como havia, aparentemente, superado seu vício. Um caminho bem questionável dos roteiristas, mas antes isso que ver outra morte sem sentido como fizeram com Chris no segundo ano.
Gosto muito de ter um dependente químico na série e da maneira como mostram que o vício é uma questão psicológica (basta ter a mente ruim para cair em tentação), mas a real é que Fear não tem tempo ou capacidade de sustentar um arco desses sem correr risco de ser extremamente superficial. Já deu com as dorgas, manolo!
Apreciei ver Madison sem se importar tanto com o caminho tomado pelo filho e filha. Parece que ela finalmente entendeu que não pode querer mandar na vida das pessoas. As “sutilezas” falaram mais alto e o resultado foi mais positivo para os telespectadores que notaram os olhares de decepção dela para Nick.
Já Alicia, que está partindo em aventura solo, encontrou uma versão de Michone. Fear não precisava apelar para uma pessoa parecida fisicamente e psicologicamente, já que Diana surge com uma picareta (seria muita cara de pau usar uma espada) agindo exatamente como Michone. Podemos dizer que são personagens diferentes, óbvio, mas negar a insegurança dos produtores em repetir fórmulas que deram certo em The Walking Dead chegou no seu nível mais crítico.
Torço para que Diana tenha uma personalidade própria e seja respeitada pelos produtores, pois estou de saco cheio de ver personagens legais surgindo e sendo descartados rapidamente.