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Review: Game of Thrones s01e10 – “Fire and Blood”

Em 19 de junho de 2011 era exibido na HBO Game of Thrones s01e10 – “Fire and Blood”, o último episódio da incrível temporada de estreia da adaptação da obra de George Martin. A qualidade era inquestionável e bastaram nove episódios para conquistar uma verdadeira legião de fãs, e eu era um desses.

Mesmo sem ter a menor ideia do quanto a série se tornaria popular, já estava claro que GoT conquistaria um espaço na história da televisão. Era incomum ver algo tão grandioso, com tantos cuidados técnicos na TV. Game of Thrones era a autêntica representação do cinema em casa. A HBO não poupou esforços para provar que televisão não era mais um entretenimento bobo e descartável diante a magnitude cinematográfica. Game of Thrones mudou para sempre a história e nós somos privilegiados por acompanhar isso desde o começo.

A notícia da morte de Nedd chega para todos os reinos. Em Winterfell, após Bram e Rickon dividirem o mesmo sonho premonitório, o Meistre revela a triste perda; Jon Snow mais uma vez tenta deixar a Muralha e é impedido pelos seus amigos; e Robb é proclamado o Rei do Norte pelos seus soldados, num posicionamento de que eles iriam cuidar das suas próprias terras sem depender de mais ninguém.

Para evitar que Arya seja assassinada, um dos últimos aliados de Nedd corta o cabelo da pequena e a obriga a usar o nome de Arry durante a longa viagem até a Muralha, onde ela encontraria seu irmão Jon Snow e poderia ir para o Norte em segurança.

Em mais um diálogo épico, Varys e Mindinho duelam verbalmente sobre o reino e seu respeito mútuo um pelo outro. Já falei isso em outras ocasiões, mas de fato são dois dos personagens mais complexos de toda a história da série.

Cumprindo o combinado, no episódio passado descobrimos que Khaleesi pagou um preço alto por tentar intervir nas agressões que as escravas sofriam nas mãos dos Dohtraki. Além da morte de Khal Drogo e de uma tentativa desesperada de apelar para a magia negra para evitar a morte do amado, a loira descobre que perdeu o próprio bebê. Aparentemente, ele nasceu já morto e com uma aparência monstruosa.

Tomada pelo ódio, e consciente de quem ela realmente é, Khaleesi ordena que amarrem a bruxa feia numa fogueira junto dos seus três ovos de dragões e do corpo de Khal Drogo. Contrariando Sir Jorah Mormont, a própria Targaryen entra na fogueira. O telespectador se arrepia pensando num possível suicídio, mas logo fica claro que podemos esperar bem mais de Khaleesi, especialmente depois que o fogo cessa e ela está nua cercada por três pequenos dragões.

Dragões, bicho.