Aos seguidores de American Horror Story, “Room 33” começou com uma pitada de nostalgia, retornando a famosa “Murder House”, local onde se passou a primeira temporada da série. Para os marinheiros de primeira viagem, a cena não perdeu o sentido, mas a sensação com certeza foi diferente, afinal, voltamos ao porão que tanto nos prendeu o fôlego.
O enredo se concentrou no mistério do quarto 33 e quem e como era o filho de Elizabeth, uma vez que após um aborto falho, Bartolomeu viveu por décadas preso em um quarto escuro (uma grande mãe, não é mesmo?). Além dessa grande descoberta, também tivemos o amor verdadeiro nascendo em Liz. Um (a) personagem que, até pouco tempo só servia bebidas e ouvia lamentações, de dois episódios para cá vem tomando espaço e cativando minha simpatia.
O amor sempre é bem vindo, mas a escolha por quem se entregar de corpo e alma, não foi uma das mais felizes. Se apaixonar pelo escolhido de Elizabeth, fez com que ela mostrasse mais uma vez seu lado egoísta, manipuladora e fria, matando Tristan (Finn Wittrock) e destruindo o coração de Liz (provavelmente a única pessoa que realmente a admirava e ainda enxergava algo de bom em suas atitudes).
Voltando ao detetive John, nós temos um personagem que se afunda cada vez mais no que se interpreta por “transtorno psicótico”. Não deve existir sensação pior do que não ser compreendido e taxado como louco, ainda mais quando sabemos que tudo que se passa no hotel Cortez é real. Ser abandonado pela família, perder o emprego e se afundar em bebidas, contribuiu para ser visto como insano e ser manipulado por todos que escondem algum segredo.
As primeiras vítimas do hotel (as duas garotas suecas, lembram?) retornaram em busca de um propósito para deixarem de vagar pelos corredores do hotel, nos dando mais explicações sobre esse assunto brevemente comentando por Sally.
“Room 33” foi um episódio interessante e espero ter mais explicações sobre a criatura de aparência nada convidativa, Bartolomeu. Tivemos alguns momentos de tensão, demonstração de amor materno, cenas sensuais e um excesso de “I love you” que, por alguns instantes me perguntei se estava assistindo ao seriado correto.
Não posso deixar de comentar das duas músicas presentes no episódio. A primeira foi “One Caress”, da banda Depeche Mode e a segunda “Jack the Ripper”, da banda Nick Cave & the Bad Seeds. Ambas se encaixaram muito bem as cenas, tanto na melodia quanto na letra.