Ridley Scott directs a scene on the set of the movie Exodus: Gods and King

Será que Ridley Scott finalmente ganhará o seu Oscar?

Ridley Scott, aos 85 anos e após uma carreira marcada por 27 longas-metragens, ainda não tem um Oscar na estante. Quase lá na 73ª edição com “Gladiador”, onde o filme conquistou o prêmio de Melhor Filme, mas Scott não foi creditado como produtor, então a vitória não foi totalmente dele. Além disso, perdeu o Oscar de Melhor Diretor para Steven Soderbergh por “Traffic” e novamente para Ron Howard no ano seguinte por “Uma Mente Brilhante”. Desde então, Scott não teve mais indicações ao Oscar de Melhor Diretor, e “Perdido em Marte” (2015) foi a última vez que um de seus filmes concorreu à categoria de Melhor Filme.

Agora, com seu 28º filme, “Napoleon”, prestes a ser lançado, Ridley Scott pode estar mais uma vez na corrida pelo Oscar. Em entrevista à revista The New Yorker, o diretor falou sobre seu último projeto, sua carreira e futuros empreendimentos, incluindo o buraco em sua prateleira onde o Oscar deveria estar. Scott, como sempre direto, afirmou que, se ganhar um Oscar, vai soltar um “Já era tempo!”. Apesar das derrotas anteriores, o diretor perdeu novamente para Jonathan Demme por “O Silêncio dos Inocentes” com “Thelma & Louise”.

A competição para a indicação de Scott por “Napoleon” será acirrada, com Martin Scorsese e Christopher Nolan despontando como concorrentes prováveis para o Oscar de Melhor Diretor por “Killers Of The Flower Moon” e “Oppenheimer”, respectivamente. Não podemos deixar de mencionar Greta Gerwig por “Barbie”, uma escolha surpreendente, mas mais provável do que muitos imaginam. As verdadeiras chances de Scott serão reveladas quando “Napoleon” for apresentado à imprensa na próxima semana.

“Napoleon”, estrelado por Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby, foca na ascensão do líder francês ao poder, explorando seu relacionamento volátil com a Imperatriz Josephine. Scott, conhecido por sua abordagem meticulosa, oferece duas versões do filme: uma versão teatral de 157 minutos, marcada para estrear em 22 de novembro, e uma versão do diretor com quatro horas, exclusiva para o Apple TV+.

Com “Gladiador 2” já em produção, Ridley Scott, aos 85 anos, talvez tenha uma de suas últimas chances de conquistar o tão almejado Oscar. Sua ética de trabalho incansável é evidente em seus planos futuros, incluindo um faroeste pós-“Gladiador 2”. A grande pergunta paira no ar: “Napoleon” será a última chance de Scott garantir o Oscar que escapa há tanto tempo?

As críticas iniciais de “Napoleon” desempenharão um papel crucial na resposta a essa pergunta. Se receber elogios unânimes, o épico histórico pode ser a peça que faltava no quebra-cabeça da carreira de Scott, equiparando-se ao impacto de “Gladiador”. No entanto, se a recepção for mista ou desfavorável, “Napoleon” poderá seguir o caminho de produções anteriores, como “O Último Duelo” ou “1492: A Conquista do Paraíso”. O Oscar aguarda Ridley Scott, e apenas o tempo dirá se “Napoleon” será a sua passagem dourada para a vitória.