Rachel Zegler ganha coach após polêmica com Trump

Imagine gastar até 270 milhões de dólares em um remake de “Branca de Neve” e perceber que a única magia no ar é a do desastre. Pois é exatamente isso que está acontecendo com a Disney, que decidiu bancar um “guru de redes sociais” para a estrela Rachel Zegler — depois que a atriz resolveu transformar o Instagram num palanque de fúria política com o nada sutil post: “Fuck Donald Trump”.

Tudo começou após a última eleição presidencial dos EUA, quando Zegler resolveu soltar os cachorros e desejar que Trump e seus apoiadores “nunca conhecessem a paz”. Digno de uma bruxa má da Disney, se a bruxa fosse progressista, latina e tivesse Wi-Fi.

A reação? Um tsunami de fúria conservadora, que forçou a atriz a apagar a tocha e escrever um pedido de desculpas padrão-padrão, do tipo “me deixem trabalhar em paz, por favor”:

“Deixei as emoções falarem mais alto. Contribuí para o discurso negativo.”

Ah, o clássico “fui hackeada pela minha raiva”.


Entra em cena: O Coach Digital da Fada Madrinha

Com o caldeirão fervendo, o produtor Marc Platt teria convocado reforços. Não, não foram anões. Foram especialistas em contenção de crise digital, também conhecidos como “pessoas que te ensinam a pensar duas vezes antes de postar merda online”.

Sim, a Disney, aquela mesma que não dá ponto sem nó, contratou um guru de redes sociais para monitorar os posts de Zegler antes que o público começasse a pedir o telefone da madrasta. Segundo a Variety, o plano era claro: evitar novos textões revolucionários que pudessem azedar ainda mais o clima para o lançamento.

Zegler não comentou. A Disney também não. Mas a bilheteria, essa gritou.


O Espelho Quebrado do Bilheteiro

Com toda essa energia de crise mal disfarçada, o filme estreou nos EUA com apenas US$ 42,2 milhões, um número que faria até o anão Atchim espirrar de vergonha. Para um projeto com orçamento na casa dos US$ 240–270 milhões, é o equivalente a comprar um castelo da Disney e descobrir que só veio o banheiro químico.

E não foi só a política que derrubou o hype. A escolha de Zegler como protagonista latina foi alvo de racistas online, enquanto os críticos atacaram a história como uma versão sem alma do clássico. No Rotten Tomatoes, o filme ostenta um vexatório 42% de aprovação, o que na escala dos contos de fadas significa: “já pode chamar o caçador”.

“Branca de Neve está longe de ser uma experiência carrancuda graças ao brilho de Zegler, mas seu tratamento tímido do material original e escolhas estéticas meio bobas não vão agradar todo mundo” — diz o consenso crítico.

Tradução: uma estrela carismática perdida em um bosque de decisões duvidosas.


Moral da História?

Quando a Disney começa a contratar coach digital para suas princesas, algo está fora do lugar. Talvez fosse mais barato apenas reler o roteiro original, ou — ousadia das ousadias — deixar os filmes falarem por si, sem precisar de desculpas públicas, gerenciamento de crise e dancinhas de damage control.

Mas ei, no mundo encantado do entretenimento, parece que até os contos de fadas têm cláusula de compliance.

E no fim, resta a lição: nem todo “era uma vez” termina com “felizes para sempre” — principalmente quando começa com “fuck Trump”.