Senhoras e senhores, o BAFTA 2025 finalmente aconteceu, e se você esperava uma noite cheia de surpresas… bem, talvez seja hora de recalibrar suas expectativas. Mas não se preocupe, ainda temos muito para comentar, especialmente sobre Emilia Pérez, que levou para casa prêmios suficientes para abrir uma filial do BAFTA no México. (Sem nem precisar falar espanhol)
O Domínio de Emilia Pérez (ou Como Aprendi a Parar de Me Preocupar e Amar o Musical do Jacques Audiard)
Se você ainda não viu Emilia Pérez, talvez seja hora de reconsiderar suas escolhas de vida. O filme não só levou o prêmio de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, como Melhor Direção para Jacques Audiard e Melhor Roteiro Adaptado. Mas o maior plot twist da noite foi Zoe Saldaña vencendo como Melhor Atriz Coadjuvante. Sim, minha gente, o BAFTA basicamente gritou para o mundo: “Esqueçam Hollywood, nosso coração agora bate no ritmo de um musical hispano-francês sobre narcotráfico!”
Selena Gomez, que também estava indicada pelo mesmo filme, deve ter sorrido com aquela expressão de ‘estou feliz pela minha colega’ enquanto internamente planejava mudar de nome e se exilar no Alasca.
Adrien Brody Está de Volta (E Parece Que Ele Nunca Saiu)
Adrien Brody, aquele que já tem um Oscar para chamar de seu, voltou ao centro das atenções ao ganhar como Melhor Ator por O Brutalista. Ele derrotou Timothée Chalamet, Sebastian Stan, Ralph Fiennes e Colman Domingo, o que não é pouca coisa. Mas, sejamos sinceros, se existe um homem que nasceu para sofrer intensamente na tela grande, esse homem é Adrien Brody.
Se tem algo que sabemos sobre premiações britânicas é que elas adoram um ator que transmite um sofrimento existencial profundo com um olhar perdido no horizonte – e ninguém faz isso melhor do que ele.
Kieran Culkin: O Melhor Culkin Vivo (Pelo Menos no BAFTA)
Enquanto Macaulay Culkin continua surfando na onda da nostalgia e Rory Culkin busca seu espaço no mundo indie, Kieran Culkin levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por A Verdadeira Dor. Considerando que o cara passou anos treinando em Succession para interpretar homens emocionalmente danificados, essa vitória não foi exatamente um choque.
A pergunta que fica é: será que ele finalmente pode olhar para o irmão Macaulay e dizer “Eu sou o Culkin premiado agora”?
A Verdadeira Perda: Ainda Estou Aqui Sai de Mãos Vazias
Se há um verdadeiro crime nesta premiação (fora Emilia Pérez ter vencido em quase todas as categorias que disputou), é a derrota de Ainda Estou Aqui. O filme, que vinha sendo celebrado em festivais e apontado como um dos melhores do ano, simplesmente saiu de mãos abanando. Triste, injusto, um reflexo da aleatoriedade da vida – e do fato de que o BAFTA aparentemente estava em um relacionamento sério com Emilia Pérez este ano.
Se fosse um filme hollywoodiano, esta seria a parte onde os fãs do longa fazem uma campanha online para exigir recontagem de votos. Mas como é cinema europeu, só nos resta aceitar com um suspiro e um olhar melancólico para a chuva caindo lá fora.
Wicked Ganha Melhor Figurino e Melhor Design de Produção (Ou: As Bruxas Nunca Morrem)
O musical Wicked pode não ter dominado a temporada de prêmios como alguns esperavam, mas ao menos garantiu reconhecimento onde realmente brilha: Figurino e Design de Produção. Afinal, quando você tem Ariana Grande cantando e voando em vassouras mágicas, espera-se que o visual seja digno de um prêmio.
Se alguém ainda duvida que musicais podem ser premiados, a noite do BAFTA provou duas coisas:
- O gênero ainda tem força.
- Mas só se for dirigido por Jacques Audiard.
O Que Mais Vale Destacar?
- Duna: Parte 2 ganhou Melhores Efeitos Visuais e Melhor Som, porque, convenhamos, ninguém supera Denis Villeneuve no quesito “vamos fazer você sentir que está respirando areia”.
- Wallace & Gromit: Avengança provou que a animação stop-motion ainda tem espaço ao vencer Melhor Filme de Animação e Melhor Filme Infantil. O que nos lembra: Hollywood, tire o dedo da cara dos britânicos quando se trata de animação.
- Super/Man – A História de Christopher Reeve levou Melhor Documentário, emocionando todo mundo e provavelmente deixando metade da plateia enxugando lágrimas com lenços da grife Prada.
Conclusão: Emilia Pérez Rules the World (Pelo Menos No BAFTA 2025)
Se o Oscar resolver copiar a lição de casa do BAFTA, podemos nos preparar para outra avalanche de prêmios para Emilia Pérez, transformando a cerimônia em um especial Jacques Audiard e Seus Amigos. Enquanto isso, Ainda Estou Aqui segue no limbo das obras subestimadas – aquele tipo de filme que todo mundo elogia em mesas de bar, jura que votou, mas que, na hora H, foi solenemente ignorado em prol do queridinho da vez. Confira a lista completa de premiados no Bafta 2025.