Final explicado o macaco

Final explicado O Macaco: O que acontece no final do filme de terror mais engraçado de 2025?

Quer entender o que acontece no fim de O Macaco (The Monkey)? Prepare-se: é como se Stephen King escrevesse um episódio de Punky, a Levada da Breca, mas dirigido por um Tim Burton endiabrado e com litros de sangue.

Baseado no conto homônimo de King e dirigido por Osgood Perkins (Longlegs, Gretel & Hansel), o filme mistura horror absurdo com humor negro e tragédias familiares embaladas por uma trilha sonora de… tambores de brinquedo. E no centro disso tudo está ele: um macaco mecânico assassino que, sempre que é ativado, causa uma morte grotesca em algum lugar do mundo.

O MACACO

Final Explicado O Macaco: Quem Sobrevive, Quem Morre, e Por Que Isso Tudo É Um Filme Sobre a Morte

Vamos lá.

Hal (Theo James) e Bill (também Theo James) são gêmeos que carregam um trauma da infância: a morte da mãe, causada pelo infame macaco. Hal tentou usar o brinquedo amaldiçoado para se livrar do irmão valentão, mas o plano deu errado e a mãe acabou sendo a vítima. Desde então, eles se afastaram e o brinquedo foi jogado num poço — porque, claro, nada grita “isso nunca vai voltar” como jogar um artefato maligno num buraco.

Avançamos décadas no tempo. Hal virou um ermitão emocional, preso em um emprego medíocre e prestes a perder a guarda do filho Petey. É quando as mortes voltam a acontecer, cortesia de Bill, que reencontrou o brinquedo e decidiu ativá-lo repetidamente para tentar matar o irmão. Só que o macaco não segue ordens: ele mata quem quiser, quando quiser, do jeito mais cartunesco possível — pense em gente decapitada por harpoons, tratorada por cavalos, ou empalada por uma prancha de surf.

O reencontro dos irmãos acontece num galpão abandonado, e Bill revela seu plano: acha que o macaco é um instrumento de justiça, e que só escapará de sua dor quando Hal estiver morto. Mas Hal tenta apelar para o lado humano do irmão, dizendo que ele também perdeu a mãe, que também sofreu. Eles finalmente se reconciliam com um aperto de mão… e então o macaco bate seus tambores e BOOM, Bill leva uma bolada de canhão na cabeça. Sim, literalmente. Adeus, Bill.

Hal decide então guardar o brinquedo, assumindo a responsabilidade de impedir que ele caia em mãos erradas — como se fosse o Frodo do terror trash. Ele e o filho Petey partem pela estrada, enquanto atrás deles o caos reina: ônibus destruído, bebês em carrinhos pegando fogo, cidade em ruínas.

E aí vem o toque poético.

No cruzamento, Hal e Petey veem um cavaleiro pálido atravessando a rua montado num cavalo, um aceno nada sutil para a Morte — uma das figuras mais simbólicas do Apocalipse. Hal olha para ele com resignação e… segue em frente.

O Significado do Final de O Macaco

Apesar do banho de sangue e da insanidade visual, O Macaco tem um subtexto que fala sobre trauma, culpa e o peso de carregar o passado. O brinquedo assassino não é apenas um artefato amaldiçoado — ele é a metáfora perfeita para o luto, para os ressentimentos que não morrem e que continuam matando por dentro, geração após geração.

O final nos dá um fio de esperança: Hal, ao invés de fugir, decide proteger seu filho e impedir que a dor continue se espalhando. Mas a presença da Morte indica que o ciclo está longe de acabar — ela não vai embora tão fácil. E o último susto (um ônibus cheio de líderes de torcida virando mingau) nos lembra de uma lição cruel: a vida é aleatória, violenta e, às vezes, ridiculamente absurda.

E é isso.