Prepare-se para muito hype e zero informações concretas! A Sony e a Nintendo, em um surto coletivo de otimismo, anunciaram que o filme em live-action de Legend of Zelda chegará aos cinemas no dia 26 de março de 2027. Isso mesmo: daqui a exatos dois baús trancados por puzzle inútil e meio.
A revelação foi feita com pompa e circunstância na nova (e claramente sedenta por cliques) plataforma Nintendo Today, onde o criador da franquia, Shigeru Miyamoto, apareceu em modo “pai orgulhoso com medo de estragar tudo” e disse que está finalmente desenvolvendo o longa junto com Avi Arad — o produtor responsável por hits como Homem-Aranha e, bom, também Morbius. Aposta segura ou trilha para o abismo? A gente se vê em 2027.
Segundo a matéria da Variety, o diretor escalado é Wes Ball, conhecido por dirigir a franquia Maze Runner e o recente Kingdom of the Planet of the Apes. Ball, aparentemente um fã de florestas e protagonistas que correm muito, deve entregar um Link que nunca anda — só corre, pula e luta contra traumas emocionais com uma flautinha mágica.
O impacto de Mario e o fardo de Zelda
Depois que The Super Mario Bros. Movie lucrou modestos US$ 1,36 bilhão — isso mesmo, bilhão com “b” de “Bowser” — era questão de tempo até a Nintendo perceber que dar vida aos seus ícones é um negócio tão lucrativo quanto encontrar 100 rupias num arbusto. A diferença? Mario foi animado. Zelda será live-action. Ou seja: adeus estética cartunesca e olá cosplay de luxo com orçamento de blockbuster.
E convenhamos: se até o Chris Pratt conseguiu ser o Mario, o mundo está pronto para qualquer coisa. O elenco de Zelda, por enquanto, é um mistério mais protegido que o último calabouço do jogo — e do jeito que as coisas andam, é capaz do anúncio vir junto com o próximo console da Nintendo.
As incertezas do reino de Hyrule
Não há roteiro divulgado, nem confirmação de qual linha temporal caótica da franquia o filme seguirá. Os fãs, no entanto, já começaram a especular — ou seja, a brigar em fóruns online — se veremos uma adaptação de Ocarina of Time, Breath of the Wild ou um amálgama místico onde Zelda vira protagonista, Ganon é um CEO da Amazon e Link finalmente fala. Mas calma, é só teoria (por enquanto).
Miyamoto, com aquele jeitinho simpático de quem já criou mais personagens icônicos do que você criou plantas no The Sims, disse o seguinte:
“Tenho trabalhado no filme de Legend of Zelda há muitos anos com Avi Arad-san […] Começamos oficialmente o desenvolvimento com a Nintendo fortemente envolvida na produção. Vai levar tempo até ficar pronto, mas espero que estejam ansiosos para ver.”
A tradução livre é: não temos nada pronto, mas se a internet explodiu só com o anúncio, imagina quando tiver um teaser com fundo preto e música triste?
Enquanto 2027 não chega, o mundo gamer vai se dividir entre a ansiedade coletiva e a tradicional maldição dos filmes baseados em jogos. Legend of Zelda pode ser o novo Senhor dos Anéis… ou mais um Death Note da Netflix. Por enquanto, tudo o que temos é uma data, uma equipe de peso e a esperança de que Link não acabe interpretado por Timothée Chalamet com franjinha loira e zero expressão facial.
Fique de olho, porque a qualquer momento pode sair o primeiro frame, o primeiro teaser e — com sorte — a primeira polêmica. Afinal, nada grita “sucesso iminente” como fãs furiosos no Twitter.