PARECE ATÉ QUE MARÇO FOI UM MÊS EM QUE EXISTIU APENAS UM GRANDE LANÇAMENTO NOS CINEMAS, mas a verdade é que tivemos muita coisa boa nas telonas. Com as tradicionais quatro participações, conseguimos chegar a um total de 10 filmes diferentes para fechar esse ranking com os melhores lançamentos de março.
Participaram da votação: Alex Gonçalves, Daniela Pacheco, Felipe Borba e Tullio Dias. Clique nos nomes para seguir no Twitter.
Apreciem sem moderação!
5- Batman vs Superman: A Origem da Justiça
“Batman vs Superman: A Origem da Justiça não é o melhor longa-metragem do mundo, mas não faltou com as expectativas criadas pelos fãs. Pecando pela quantidade de informações (e a velocidade como tudo acontece prejudica momentos mais dramáticos ou filosóficos, como a cena em que Wayne caminha até onde os pais estão enterrados), mas compensando por entregar o prometido, Zack Snyder demonstra maturidade e competência nessa difícil missão de estabelecer todo um universo e nos deixa ansiosos pelos próximos filmes – e claro, o retorno do Superman.” (Tullio Dias)
4- A Juventude
“Mesmo vencendo o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino não foi uma unanimidade de crítica, especialmente a brasileira. A razão é a mesma pela qual A Juventude será diminuído: a visão por vezes superficial dos privilegiados sobre a real singularidade da existência humana, esta além do prestígio artístico, do repouso em redomas de luxo e das taças de Martini. Por dentro da bela roupagem, no entanto, há um coração extasiado em A Juventude, especialmente quando Michael Caine e Harvey Keitel, vivendo respectivamente o compositor musical Fred Ballinger e o cineasta Mick Boyle, assumem o protagonismo de grandes momentos, como a condução de uma música a partir dos sons em um bosque e a ingratidão de uma musa ao declinar o convite para mais um filme.” (Alex Gonçalves, do Cine Resenhas)
3- A Bruxa
“De vez em quando acontece dos fãs de terror serem presenteados com verdadeiras obras-primas, como é o caso de A Bruxa, de Robert Eggers. Na maioria das vezes somos bombardeados por filmes ruins e sem graça, que apostam em tramas rasas e em cenas de sustos previsíveis.
A narrativa não se entrega aos caminhos sedutores do gênero e investe numa pesada construção do ambiente para nos deixar de queixo caído nos últimos 20 minutos de projeção. Até lá, o que acompanhamos é uma trama lenta que trabalha com metáforas e se apoia muito na eficiência de seu elenco. Assim como acontece em O Bebê de Rosemary, o suspense se sobressai aos sustos e aos poucos vamos mergulhando na mais profunda escuridão.
A consequência é provavelmente o melhor filme de terror da década.” (Tullio Dias)
2- Boa Noite, Mamãe
“Você é daquele tipo de pessoa que fica arrepiada assistindo histórias com crianças meio demoníacas? Pois é. Goodnight Mommy pode ser o filme de terror que você estava esperando. Imagine esses dois irmãos que começam a desconfiar que a mãe deles foi substituída por uma outra pessoa e criam o maior inferno para descobrir a verdade. Assim como em Creep e Musarañas, produções do gênero que se destacaram em 2015, o mote principal aqui é a questão da paranoia, o que resulta em muitos momentos capazes de deixar o espectador bem desconfortável no sofá. No entanto, verdade seja dita, nada nos prepara para o encerramento da narrativa. Pesado.” (Tullio Dias)
1- Mundo Cão
“Vivemos em um mundo cão literalmente. Temos alegrias, é claro, mas a realidade em que estamos não é perfeita; está longe disso. O brasileiro Marcos Jorge mostra um pouco disso em seu novo filme, que conta a história de uma família boa que é vítima da violência e quase perde tudo em uma história intensa de vingança.
A trama envolve Santana (Babu Santana), funcionário do Departamento de Combate às Zoonoses, o qual prende um cachorro perigoso e o sacrifica três dias depois, conforme a lei na época. Quando o perigoso dono desse animal aparece, Nenê (Lázaro Ramos), as coisas se complicam para ele e sua família é quem sofre com isso. Assim como Santana o machucou ao tirar o seu rottweiler, ele tira do homem o seu filho, João (Vini Carvalho). A partir daí, uma série de acontecimentos se passam na tela, não só relatando o enredo em si, mas fazendo certas críticas à nossa sociedade.” (Dani Pacheco)