Mais algumas sugestões de filmes engraçados lançados em 2015
Um Senhor Estagiário
O novo filme de Nancy Meyers surpreendeu todos no mundo todo. As críticas medianas da imprensa e o orçamento de 35 milhões de dólares não foram empolgadores, mas, depois que Um Senhor Estagiário entrou em cartaz, tudo foi diferente. Quase 200 milhões nas bilheterias e um público extremamente apaixonado. Eu mesma vi a comédia duas vezes no cinema; a segunda várias semanas após a estreia e com a sala ainda lotada. Por quê tanto carinho do espectador? Anne Hathaway e Robert de Niro têm uma química adorável e o roteiro leve e, ao mesmo tempo, comovente, são fatores que funcionaram perfeitamente na hora de atrair as pessoas. Até os coadjuvantes são uma gracinha! (Dani Pacheco, do O Que Rola no Cinema?)
A Entrevista
Quando um filme faz barulho devido à polêmica que o envolve, mas o conteúdo propriamente dito passa batido, nota-se que há algo errado. A nova comédia de Seth Rogen, Evan Goldberg e turma, A Entrevista (The Interview, 2014), se encaixa nessa categoria. Apesar das figuras simpáticas em cena, o grande defeito desse filme é a quase total falta de graça. Rimos muito esporadicamente e não há críticas de fato interessantes ou inteligentes sendo feitas. Mas as piadas de banheiro, ah, essas não faltam! Eles chegam ao ponto de improvisarem um supositório, tamanha é a apelação, e isso passa longe de ser engraçado. Os roteiristas estão mais preocupados em tentar fazer graça com situações mais óbvias, perdendo a oportunidade de desenvolver melhor as sutilezas. (Marcelo Seabra, do Pipoqueiro)
Cala a Boca, Philip
Cala a Boca, Philip é interessante por ser um retrato perfeitamente possível de um escritor bem sucedido e do que o êxito pode fazer com ele. A estrutura também é curiosa, mesmo que tenha diálogos em excesso e canse um pouco. O diretor e roteirista Alex Ross Perry não se prende a Philip ao contar a história. Outros personagens revezam com ele a posição de protagonista, e sobra oportunidade também para Yvette (Joséphine de La Baume, de Rush, 2013), a antagonista francesa de Philip. É engraçado como esse gênio ruim faz com que a pessoa conquiste desafetos. Philip passa a criar atritos com diversas pessoas e as classifica como inimigos em potencial, sendo Yvette uma delas. É sim possível fazer um filme agradável com um protagonista antipático. (Marcelo Seabra, do Pipoqueiro)
Descompensada
Sabe aquele tanto de filme que você já assistiu sobre um homem galinha que sai comendo todas as garotas que aparecem em sua frente e encontra um grande amor que o faz questionar todo o seu comportamento e a falta de sentido da vida? Substitua o cara por uma garota (Amy Schumer) e se delicie com uma das melhores comédias românticas da temporada. Descompensada acerta em tudo que se propõe, graças ao carisma e humor de sua protagonista. (Tullio Dias)
No Auge da Fama
Chris Rock tem história aqui no Cinema de Buteco, afinal a crítica de Acho que eu Amo a Minha Mulher foi uma das primeiras a serem publicadas. Em No Auge da Fama, Rock dirige, escreve e estrela a história de um comediante decidido a tentar uma carreira séria e que precisa lidar com o assédio da imprensa, já que a sua noiva quer transformar o casamento dos dois em um reality show. Engraçado, com atuações inspiradas e uma bela mensagem de amor, No Auge da Fama é uma das principais comédias do ano e um dos grandes filmes que não passaram nos cinemas. (Tullio Dias)
A Ressaca 2
Continuações geralmente cumprem o papel de serem piores que o original, ainda mais quando o lançamento acontece de maneira discreta e sem muitos veículos falando sobre. Felizmente, A Ressaca 2 é tão ou mais engraçado quanto o primeiro e nem mesmo a ausência de John Cusack diminui a graça da nova aventura sci-fi que desta vez se passa num futuro em que as coisas deram muito errado. E a química entre esse elenco é outro show a parte que garante a recomendação: é sempre bom assistir a reencontros de grandes amigos que parecem se divertir muito em cena. (Tullio Dias)
Homem Irracional
“Em mais uma releitura de Crime e Castigo, de Fyodor Dostoievski, sendo que a última foi há 10 anos no sensual Match Point, Woody Allen apresenta um professor de filosofia melancólico e frustrado com a sua própria vida. Incapaz de encontrar sentido em sua vida, Abe Lucas (Joaquin Phoenix) evita se relacionar com as pessoas, especialmente a sua aluna Jill (Emma Stone). Até que num belo dia, Abe descobre o precisa fazer para ser feliz com a sua vida. E bem, aí entra o nome do filme, já que a ideia de Abe não é nada lógica e escancara para o espectador que por trás das aparências de alguém comum existe um verdadeiro maluco psicopata capaz de qualquer coisa.” (Tullio Dias)