ANO PASSADO FIZEMOS UMA LISTA DE MELHORES SCI-FI com apenas seis títulos. A situação mudou totalmente nessa temporada, já que foram lançadas diversas opções atraentes para os admiradores do gênero. A seguir você confere o nosso guia de consumo com os melhores filmes sci-fi de 2014:
10 – Lucy
Lucy está bem longe de ser um daqueles filmes obrigatórios e indispensáveis lançados em 2014, mas ainda assim merece um destaque justamente pela sua protagonista. A ficção-científica é um campo que o cineasta Luc Besson domina bem, como o caso de O Quinto Elemento, porém não com a capacidade de tornar uma obra agradável para todos os olhos e ouvidos. O importante aqui é aceitar que tudo será extremamente sem noção, com uma premissa que tenta ser séria, mas na verdade é apenas uma desculpa para uma verdadeira sessão de pancadaria. É quase um guilty pleasure. Quase.
Tullio Dias
9 – O Expresso do Amanhã
Após 18 anos vivendo a bordo de um trem num futuro distópico, Chris Evans lidera um grupo marginalizado para criar uma verdadeira revolução e garantir direitos iguais para todos. Com direção de Bong Joon Ho (O Hospedeiro), o longa-metragem surpreende pela combinação belas imagens e efeitos visuais com uma feroz crítica social. Destaque para a atuação de Tilda Swinton.
Tullio Dias
8 – The Signal
The Signal é uma das grandes surpresas do ano. Tudo começa quando esse trio de adolescentes persegue um sinal enviado por um talentoso hacker. O que eles não esperavam era cruzar o caminho de extraterrestres que transformariam as suas vidas para sempre. Laurence Fishburne está no elenco, e como não podia deixar de ser, é impossível deixar de notar certas referências ao clássico moderno Matrix. Reparem na versão brostep de “Ave Maria” que toca em diversas cenas da produção.
Tullio Dias
7 – X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido
O mais recente filme da franquia X-Men recorreu a viagem no tempo como recurso sci-fi para corrigir alguns desvios de percurso que a série havia seguindo. O resultado é uma produção eletrizante combinando os já conhecidos poderes mutantes com o senso de urgência dos paradoxos temporais.
Leonardo Lopes Carnelos
6 – Ela
Ela é um romance moderno que discute a vontade crescente que temos de suprir nossas necessidades de afeto através da tecnologia sem as complicações das relações humanas. O filme conta com a sensibilidade de Spike Jonze na direção e com as atuações de Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson, mas ao mesmo tempo é assustador por retratar um futuro não muito distante da atualidade, onde vemos pessoas altamente conectadas ao mundo virtual e ao mesmo tempo vivendo de forma cada vez mais isoladas.
Leonardo Lopes Carnelos
5 – O Predestinado
Ethan Hawke estrela esse longa-metragem com cara daquelas bombas que o povo da locadora tentava nos empurrar goela abaixo. Felizmente, se trata de um autêntico representante sci-fi com temática de viagem no tempo e um roteiro recheado de reviravoltas, que apesar de poder soar como previsível, não deixa de acertar positivamente e agradar em cheio quem aprecia esse tipo de história.
Tullio Dias
4 – Earth to Echo
O subgênero “found footage” costuma ser mais tradicional nas produções de horror, mas de vez em quando costuma abrir exceções. Earth to Echo é uma autêntica homenagem a clássicos dos anos 1980, como E.T. – O Extraterrestre, Conta Comigo e Os Goonies. Mais que uma aventura sci-fi cativante (não sei qual é a magia desses filmes estrelados por crianças, mas todos costumam nos deixar leves e felizes quando começam a subir os créditos. Nostalgia, será?), a produção é uma verdadeira história de amizade e amor.
Tullio Dias
3 – Sob a Pele
Scarlett Johansson protagoniza em Sob a Pele uma alienígena que atrai suas vítimas através de um ritual de sensualidade, capturando homens como verdadeiras presas indefesas que por descuido se agarram a uma espécie de teia de aranha. Apesar do roteiro simples, o filme surpreende pela implementação audiovisual e por mostrar que medo e remorso não são sentimentos exclusivos da raça humana.
Leonardo Lopes Carnelos
2 – No Limite do Amanhã
Como esperado, Tom Cruise faz um excelente trabalho: deixando de lado (pelo menos em um primeiro momento) os tipos durões e implacáveis que costuma encarnar (desde o famoso agente Ethan Hunt da franquia Missão: Impossível até seus papéis em filmes com Oblivion, Encontro Explosivoou Minority Report – A Nova Lei), o astro quinquagenário evolui da insegurança e inabilidade à destreza e dureza com energia e competência, transformando seu personagem em um sujeito amargurado pela dimensão da responsabilidade que tem em mãos e pelas constantes e repetidas tragédias que é obrigado a vivenciar e testemunhar, mesmo que posteriormente revertidas. Dividindo boa parte das cenas com o ator, Emily Blunt surge pouco empática em um primeiro momento, mas logo abre espaço para que o público decifre a casca grossa da habilidosa e venerada Rita Vrataski, única personagem que já esteve na mesma situação que o protagonista e o melhor braço direito que este poderia encontrar.
Eduardo Monteiro
1 – Interestelar
Mais do que criar uma das principais obras cinematográficas de 2014, Christopher Nolan criou um daqueles filmes básicos para se conhecer um gênero. Sem querer entrar na inevitável zona de comparações e cometer equívocos imperdoáveis classificando em ordem de importância, Interestelar garantiu o seu lugar num hall de obras como 2001, Solaris, Contato, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, dentre outros clássicos indispensáveis da história da ficção-científica. Ao invés de perdermos tempo erguendo bandeiras e/ou revelando nossos fetiches por determinado diretor, é preferível somar todas essas referências e observar cada uma delas com outro olhar para compreender melhor as homenagens prestadas em Interestelar. Recomendo que todos vejam o filme com os olhos de quem está apenas prestes a embarcar numa jornada espacial, e que ao chegar em casa depois dessa viagem, você certamente terá muito o que refletir sobre sua própria vida, suas escolhas e sua família.
Tullio Dias