O Cinema de Buteco orgulhosamente apresenta a sua lista com os melhores filmes de drama de 2016. Apreciem sem moderação.
ATUALIZADO: Lista de melhores filmes de drama de 2017
Menções honrosas:
Anesthesia (Tim Blake Nelson, 2015) A velha fórmula de trabalhar um monte de histórias de uma vez é o que move esse drama dirigido por Tim Blake Nelson. Mais parecido com Tempestade de Gelo do que com Magnólia, Anesthesia apresenta várias pessoas conectadas através de um assalto quase fatal contra a vida de um professor de filosofia. Nelson cria uma obra pesada, cuja principal lição é ensinar que cumprir tradições é importante.
Recomendado para quem gosta de: Magnólia, Tempestade de Gelo, relacionamentos, superação
The Sea of Trees (Gus Van Sant, 2015) Apesar da trilha sonora ser um problema com temas fantasiosos e uma dificuldade imensa entre escolher ser pessimista ou otimista, a obra é mais uma demonstração do talento do cineasta Gus Van Sant em ter boas ideias para tentar emocionar seu público.
Estrelado por Matthew McConaughey, Ken Watanabe e Naomi Watts, o longa-metragem conta a história de um norte-americano que viaja até o Japão com o intuito de se suicidar na floresta de Aokigahara, local conhecido justamente por ser conta do alto índice de pessoas que vão até lá com essa decisão. É uma obra triste, delicada e que mesmo sem atingir todo o seu potencial dramático consegue atingir aquelas pessoas que se identificam com o tema.
Recomendado para quem gosta de: Gus Van Sant, filmes sobre depressão, luto, suicídio.
Mãe Só há Uma (Anna Muylaert, 2016) Para o roteiro de Mãe Só Há Uma, Muylaert se inspirou no famoso Caso Pedrinho, no qual Pedro Rosalino Braule Pinto descobriu na adolescência ter sido tirado de seus pais biológicos já no berçário do hospital em que foi concebido. Bem como Pedro, Pierre (Naomi Nero) é notificado quando jovem sobre o fato de ter sido afastado de sua mãe verdadeira ainda recém-nascido. As consequências do crime surgem de imediato, com a mulher que a roubou, Aracy (Daniela Nefussi), sendo presa ao mesmo tempo em que os seus verdadeiros pais se preparam para acolhê-lo. (Alex Gonçalves, do blog Cine Resenhas)
Recomendado para quem gosta de: cinema nacional, Que Horas ela Volta?, relações maternas
Horizonte Profundo (Deepwater Horizon, Peter Berg, 2016) O longa que reconstrói um acidente de enormes proporções em uma plataforma de petróleo no Golfo do México. O diretor Peter Berg novamente recrutou Mark Wahlberg, que lidera um bom elenco para contar como foi o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, ocorrido em 2010. O fato de sabermos que tudo aquilo realmente aconteceu torna as coisas ainda mais tensas. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
Recomendado para quem gosta de: história real, heróis da vida real, acidentes
Boi Neon (Gabriel Mascaro, 2015) Inesquecível também por suas locações únicas, que ajudam a construir um universo particular e que reflete a natureza bruta e os desejos carnais que movem seus personagens, Boi Neon é mais uma prova de que o Cinema feito em Pernambuco é quase infalível, extraindo beleza e poesia de personagens que, nem se quisessem, jamais conseguiriam negar sua origem.
Recomendado para quem gosta de: cinema nacional, nordeste, preconceitos
#10
Sully – O Herói do Rio Hudson (Sully, Clint Eastwood, 2016) Baseado numa história real que aconteceu em 2009 nos Estados Unidos, Sully é mais um exemplo da qualidade de Clint Eastwood. Desta vez comandando o sempre eficiente Tom Hanks, o diretor deita e rola com um tema que adora tanto: trabalhar com biografias de verdadeiros heróis norte-americanos.
Dotado de muita sensibilidade e narrado de uma maneira não linear, a obra resiste à curiosidade do público em querer ver principalmente a sequência do pouso milagroso do avião no rio Hudson. Aos poucos, Eastwood envolve seu público e mostra que a história do seu protagonista é tão ou mais interessante do que os seus feitos que salvaram a vida de todos os passageiros a bordo do avião. Filmaço.
Recomendado para quem gosta de: Clint Eastwood, Tom Hanks, história real, filmes sobre acidentes com avião
#9
Creed – Nascido para Lutar (Creed, Ryan Coogler, 2015) ) Ryan Coogler só tinha um filme na carreira e bastante pequeno: Fruitvale Station (2013). Em seguida, decidiu fazer um spinoff de uma das franquias mais famosas do cinema, Rocky. Parecia ousado demais para um jovem cineasta, mas ele assumiu o projeto, escreveu e dirigiu, e o resultado em Creed – Nascido Para Lutar é sensacional.
Uma nova imersão na vida de Rocky Balboa, só que, agora, por meio do filho de Apollo Creed. Um filme recheado de lutas emocionantes e cenas dramáticas calibradas, as quais nos permitem conferir um outro lado de Sylvester Stallone, um lado mais comovente, algo raro de se ver.
Recomendado para quem gosta de: Rocky, Sylvester Stallone, filmes de luta, motivação
#8
A Rainha de Katwe (Queen of Katwe, Mira Nair, 2016) É comum do ser humano, ao perceber que vive em uma situação extrema, desistir de sonhar, de acreditar ou, até mesmo de estabelecer como meta de vida a melhora das condições em que vive. Em alguns casos, os mais jovens conseguem enxergar uma luz no fim do túnel porque podem contar com algo precioso: a ingenuidade.
A jovem Phiona parecia ter um destino parecido com o da maior parte da populacão de Katwe, região da Uganda. Ela largou a escola cedo para vender milho com a mãe nas ruas e ajudar no sustento dos irmãos mais novos. A mãe, Nakku (Lupita Nyong’o, de 12 Anos de Escravidão), é viúva e aprendeu com a vida que para conseguir o básico para a sobrevivência é necessário ter muita perseverança. É uma mulher realista e prática que não consegue ver uma possível melhora de vida.
Recomendado para quem gosta de: Disney, história real, cinebiografia, jogos
#7
Sleeping Giant (Andrew Cividino, 2015) O longa-metragem apresenta a história de três adolescentes entediados tentando aproveitar o verão. Sem medir esforços para encontrar seus limites, o trio comete atos de vandalismos para provar o valor de sua amizade e coragem.
O grande lance desse filme é como ele acerta em cheio na tentativa de capturar a essência do que é ser um adolescente perdido. São três jovens atores talentosos que vivem personagens completamente diferentes, mas que compartilham o valor de amizade.
Recomendado para quem gosta de: King Jack, adolescentes, bullying, vandalismo, rebeldia
#6
Spotlight – Segredos Revelados (Spotlight, Tom McCarthy, 2015) Por que venceu o Oscar de melhor filme? Sim, temos um elenco espetacular e um tema relevante, mas o que faz de Spotlight uma produção aclamada é a maneira com que o drama nos toca com a longa batalha dos jornalistas de Boston contra a Igreja Católica e advogados; um roteiro fiel e com personagens cativantes. Acompanhar a produção jornalística também não deixa der ser uma aula para atuais e futuros profissionais da área. Esse é daqueles filmes que docentes vão adorar passar aos seus alunos na hora de ensinar sobre Jornalismo.
Inclusive, o Cinema de Buteco faz questão de recomendar uma lista que produzimos com alguns dos melhores filmes sobre jornalismo já produzidos. Leia aqui!
Recomendado para quem gosta de: História real, jornalismo, filmes de investigação, trabalho em equipe