O Cinema de Buteco apresenta a lista de melhores filmes baseados em livros em 2017. Apreciem sem moderação!
ESTÁ NO AR A LISTA DE MELHORES ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS DE 2017. Retomando a seleção de livros que ganharam releituras no cinema, apresentamos 10 filmes que podem ou não ter passado em branco. Acompanhe agora a lista completa!
Melhores filmes de 2017 baseados em livros
#10 – Sete Minutos Depois da Meia-noite
(A Monster Calls, J.A. Bayona, 2016) Como seres humanos, às vezes gostamos de pensar que somos de algum jeito especiais: o povo escolhido, a nação abençoada por Deus, os melhores do mundo. Essas são, no entanto, fugas da falibilidade da vida. Buscamos nos esconder em coisas como a arte de coisas que não há escapatória, até das mais naturais como a morte.
Sete Minutos Depois da Meia Noite coloca essa fuga em termos simbólicos, representado por um gigante que a passos largos se aproxima de você cada vez mais, algo tão grande que eventualmente não poderemos sequer desviar os olhos, numa trama profunda e melancólica que é tão forte quanto os braços do personagem que sai da terra para fazer que encaremos a nossa própria complexidade de frente. (Tiago Paes Lira)
https://www.youtube.com/watch?v=7oceCE4VjqI
#9 – Assassinato no Expresso Oriente
(Murder on the Orient Express, Kenneth Branagh, 2017) Experiente em adaptações de William Shakespeare, o realizador Kenneth Branagh decidiu recorrer a outra escritora icônica, Agatha Christie, e adaptar seu histórico romance O Assassinato no Expresso Oriente. E o resultado, certamente, não desapontou a nenhum dos fãs envolvidos.
A narrativa, quase inteiramente locada dentro do trem que intitula a obra, cobre o espectador de tensão com o isolamento naturalmente existente e, especialmente, pela qualidade e sintonia do elenco que, recheado de grandes nomes – Michelle Pfeiffer, Josh Gad, Willem Dafoe e o próprio Branagh são os destaques -, transmite-nos as distintas angústias experimentadas por cada um dos envolvidos no enigmático homicídio. O conflito entre a aplicação ética da justiça e a crueza da realidade que afronta o detetive Hercules Poirot (Branagh), entretanto, engrandece um longa-metragem que o retrata com a complexidade e a humanidade necessárias. (Leonardo Lopes)
#8 – Entre Irmãs
(Breno Silveira, 2017) A adaptação do livro A Costureira e o Cangaço, da escritora Frances de Pontes Peebles, se passa entre as décadas de 1920 e 1930, e apresenta duas costureiras que trabalham e moram na pequena Taguaritinga do Norte com a tia que as criou. Enquanto Emília sonha em conhecer a cidade grande, o mar e um príncipe encantado, Luzia vive se menosprezando por ter um braço atrofiado. A notícia de que a região está cercada por cangaceiros mexe com a rotina dessas mulheres e provoca uma grande mudança em suas vidas.
Entre Irmãs é daquelas histórias que parecem simples e limitadas, mas que abrangem diversos assuntos enquanto o espectador acompanha a evolução dos protagonistas. A história de Luzia e Emília aborda questões pertinentes ainda nos dias de hoje, incluindo o tratamento do homossexualismo como doença e diferenças políticas dentro de um relacionamento. Tudo isso nos traz questionamentos sobre o caminho que a sociedade está percorrendo, afinal a história se passa há quase 100 anos. Isso é realmente preocupante.
#7 – Depois Daquela Montanha
(Mountain Between Us, Hany Abu-Assad, 2017) Kate Winslet e Idris Elba interpretam os sobreviventes de um acidente de avião numa área congelada e deserta. Para se manterem vivos, a dupla, que não se conhecia, precisa aceitar que não existe ajuda chegando e que eles precisam percorrer um caminho duro para superar o frio. Poderia ser uma bela porcaria, mas existe um lampejo de sinceridade na produção, que conquista o espectador aos poucos.
# 6 – A Lei da Noite
(Live by Night, Ben Affleck, 2016) Podemos dizer que Ben Affleck conheceu seu primeiro fiasco na carreira do diretor com o pouco badalado A Lei da Noite. Verdade seja dita, se trata de mais um belo trabalho do cineasta e fica difícil entender as razões que levaram a crítica a praticamente ignorar a produção.
A trama conta a história de um grupo de gângsters de Boston que passam a realizar operações na Flórida durante a Lei Seca e encaram os desafios de superar outros concorrentes, além de lidar com as agressões da organização criminosa Ku Klux Klan.
#5 – O Zoológico da Varsóvia
Estrelado por Jessica Chastain, O Zoológico da Varsóvia é uma produção sensível e emocionante que prende a nossa atenção do começo ao fim. É aquela história, né? Conhecer a vida de verdadeiros heróis de Guerra mexe com a gente sempre.
#4 – Extraordinário
(Wonder, Stephen Chbosky, 2017) A adaptação do romance de R.J. Palácio chegou aos cinemas em 2017. Com Jacob Tremblay no papel principal do pequeno Auggie, a produção é uma bela mensagem contra o bullying. Extraordinário apresenta a história de um menininho que nasceu com uma deformidade facial e precisa encarar os novos coleguinhas quando começa a frequentar uma escola.
Ainda no elenco temos Julia Roberts e Owen Wilson em atuações contidas e eficientes: o grande foco está nas crianças, que fazem um grande trabalho.
https://www.youtube.com/watch?v=GdPrJCn428A
#3 – Jogo Perigoso
(Gerald`s Game, Mike Flanagan, 2017) Stephen King teve um 2017 atípico. Não apenas virou “sócio” da indústria com número recorde de adaptações de sua obra para TV e cinema, como a maioria dessas adaptações receberam elogios rasgados de público e crítica. Mike Flanagan, um talentoso diretor de suspense e terror, por exemplo, transformou um livro difícil numa angustiante produção original da Neflitx, que está aqui em 3º lugar na nossa lista de melhores filmes de suspense. Merecido, não?
A trama apresenta a história de um casal que decide apimentar a relação com uma transa envolvendo algemas, mas as coisas dão muito errado e a pobre coitada da esposa precisa dar um jeito de escapar daquele que deveria ser o ninho do amor num final de semana regado a sacanagem, mas que vira um verdadeiro pesadelo.
https://www.youtube.com/watch?v=N1be77YZWKI
#2 – 1922
(Zak Hilditch, 2017) Com a nova produção original Netflix, Stephen King vê sua quinta obra sendo adaptada esse ano. E, felizmente, com um ótimo resultado.
1922 (2017) vai assombrar os pesadelos de muita gente, com seus inúmeros ratos surgindo não se sabe de onde. O longa segue pelo terror psicológico, pelos fantasmas que só um homem culpado vê. Mérito do diretor Zak Hilditch, que adaptou ele mesmo a história e soube aproveitar os pontos mais importantes, sem esticar nada. Nada mirabolante, daquele tipo que dá a falsa impressão de ter sido feito muito facilmente. Thomas Jane mais uma vez mostra ser um ator subaproveitado pela indústria. A mudança física, para um sujeito que já foi galã e (anti)herói de quadrinhos, é impressionante. Ele vive um perfeito fazendeiro de poucas posses, acostumado a muito trabalho naquele longínquo ano de 1922 e propenso a matar a esposa para ficar com as terras dela. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
#1 – IT – A coisa
(Andy Muschietti, 2017) As adaptações das histórias de Stephen King chegam ao Cinema e à TV num volume tão grande que é preciso peneirar bem para chegar às de qualidade. A boa notícia é que, It – A Coisa, é uma das melhores. E é talvez aquela que melhor leva às telas o clima criado pelo autor, com todos os sentimentos que vêm à tona quando lemos seus livros. A trama nos apresenta a quatro garotos em vias de entrarem nas férias de verão e que, mesmo assim, não ficam livres das ameaças dos valentões da escola. Por esse interesse em comum, digamos assim, eles acabam se aliando a outros três e formam o “Grupo dos Perdedores”.
E há outra coisa que os une: visões macabras trazendo à vida os piores pesadelos deles, geralmente personificados por um palhaço. Eles logo fazem a associação às crianças desaparecidas da cidade e entendem que são aqueles que devem parar essa ameaça. Como de costume na obra do mestre do terror, não faltam sustos e situações de tensão, muito bem entrecortados por momentos de humor. Mas isso não é o principal: há vários temas sendo desenvolvidos e o roteiro o faz lindamente. O amadurecimento, as dúvidas da juventude, o primeiro amor, a importância da amizade e a superação de traumas e dificuldades são alguns deles. (Marcelo Seabra)
Leia também:
– Melhores adaptações de 2016
– Melhores adaptações de 2015
– Melhores adaptações de 2014