Resident Evil: A Retribuição pelo Apocalipse do Hóspede Maldito – O Recomeço da Extinção

Quando ouvi falar sobre a adaptação de Resident Evil, admito, como fanboy, mal pude contar minha euforia. Sei que muitos também ficaram alucinados com essa possibilidade. Afinal, é difícil achar uma adaptação boa de algum jogo hoje em dia e um pedaço de todo mundo sempre morre quando vê seu jogo favorito ser destruído por uma porca adaptação de cinema. Com Resident Evil foi tipo isso. Assim, mais ou menos sabe? Pra entender melhor, esqueça um pouco que existe o jogo e tente ver os filmes por fora, como se nunca existisse o jogo! Vamos lá, não é impossível =P

Quando lançaram Resident Evil: o Hóspede Maldito em 2002, eu era um misto de ansiedade e nervosismo! Afinal, depois de chorar sangue com Super Mario Bros., Mortal Kombat, Street Fighter e Double Dragon, tudo de pior podia acontecer. Minha primeira impressão foi uma grata surpresa. Paul W. S. Anderson fez a coisa mais sensata possível: criou um tipo de história paralela baseando-se no cenário do jogo. Ok, todo mundo queria ver o filme perfeitamente copiado, mas foi muito bom ver a mansão, mesmo que só um pouco, além dos cachorros, um licker meio diferente, além é claro, dos zumbis! A história é bem aleatória, comparando com o primeiro jogo da franquia RE, mas pra mim o filme foi muito bem elaborado, apesar de usar mais detalhes do 2º e 3º jogos da franquia. Obviamente, todo mundo sentiu estranheza ao ver um novo personagem (Alice estrelado por Milla Jovovich) que mais parecia estar lá pra cumprir a cota de corpos bonitos. Enfim, apesar de todos os pesares, o primeiro filme me agradou e me faz querer rever sempre que possível, principalmente com um final descaradamente dando espaço pra uma continuação!

E em 2004, sai Resident Evil: Apocalipse. Ok, aqui rolou uma “despirocância”. Primeiro, a ideia da Alice ser super poderosa ficou medonha e o que era aquele Nemesis? Parecia um bonecão de borracha! A tentativa forçada de inserir personagens do jogo no filme é totalmente nula. Parece que tentaram agradar aos fãs do jogo, mas foi só fracasso. Arrisco a dizer que foi o pior filme da franquia. Péssimos personagens, história totalmente sem sentido, além de terem forçado na representação da Jill ( Sienna Guillory com a roupa idêntica ao Resident Evil 3 – Nemesis). Totalmente dispensável. Além de não acrescentar lá muita coisa a franquia. Pode até pular ele! Ah não ser que você queira rir e ver umas cenas de ação, encare essa por sua conta e risco.

Três anos mais tarde, lançam Resident Evil: Extinção. Pra mim, um dos melhores filmes da franquia. Mais uma vez forçaram a aparição de outros personagens do jogo. Claire, vivida por Ali “LINDA” Larter e Wesker por Jason O’Mara. O elenco do filme (boa parte remanescente do filme anterior) cumpriu bem o seu papel. A história do filme desviou mais do jogo, mas ficou algo original. Iam trazer a Jill de volta, mas desistiram de última hora. Convenhamos, depois do papelão do filme anterior, era melhor mesmo deixar ela de lado (por enquanto). O 3º filme viaja nos super-poderes de Alice e mostra o mundo pós apocalipse. Descaradamente, aqui começa a centralização do personagem de Jovovich na trama e todo mundo passa a ser coadjuvante.

Mais 3 anos e Paul W.S. Anderson assume de vez a frente da franquia, embarca no mundo 3D e lança o mediano Resident Evil: Recomeço. A partir daí, a série deu uma degringolada. A velha história de forçar personagens do jogo está de volta tendo Chris (interpretado pelo Wentworth Miller) na história contracenando estranhamente com sua irmã Claire (Larter). O filme passa. Ainda consegue ser melhor que o Apocalipse, mas mesmo assim, o roteiro é muito nonsense e furado. Fora que o começo do filme é totalmente sem sentido e o filme começa a dar o ar de que vai parar com a franquia em breve. Acreditem ou não, o filme foi um sucesso. Mas fez TANTO sucesso (quase o mesmo que os três anteriores JUNTOS – parte disso pelo 3D utilizado pelo diretor) que resolveram fazer mais!

E esse ano saiu Resident Evil: Retribuição. Ainda não tive coragem de assistir. Com a Jill de volta, realmente não sei quando criarei forças pra ver esse filme. Se eles tivessem seguido a linha de uma história a parte desde o começo, quem sabe se não teria agradado a mais fãs? Até hoje não aceito o fato de quererem empurrar mais e mais personagens do jogo nessa história totalmente desconexa e centrada única e exclusivamente em Alice. Pelo que eu li sobre, abusaram dos personagens do jogo nesse último filme e aparentemente não vão parar por aí. E Se preparem porque, do jeito que está “dando certo” pra eles, ainda tem muito Resident Evil por vir…

Ah! Uma coisa que vale ressaltar e elogiar na franquia são as trilhas sonoras. TODAS são excelentes! Pra quem curte rock com aquela pegada mais new metal e industrial, vai sem medo que você não vai se decepcionar! E lembre-se, a Umbrella ainda vai dominar o mundo!