Dos oito filmes indicados ao Oscar 2016 de Melhor Filme, quais são os melhores de verdade? O Cinema de Buteco tenta encontrar uma resposta com a ajuda da equipe e convidados:
A redação do Cinema de Buteco se reuniu para tentar escolher quais são os grandes destaques na categoria mais badalada do Oscar: Melhor Filme. Para chegar ao resultado, e levando em consideração que o prêmio não é lá um grande parâmetro do que é realmente bom, convidamos alguns amigos que amam o cinema e chegamos ao resultado que você pode conferir logo abaixo.
Na página 2 conheça as pessoas responsáveis pela elaboração dessa lista e os seus votos individuais!
Lembrando que o fato de ficar em último lugar entre os oito indicados, não faz de Ponte dos Espiões uma obra “ruim” ou “medíocre”. Se você ainda não o assistiu, faça isso e se delicie com um ótimo filme de Steven Spielberg!
8- Ponte dos Espiões
“Ponte dos Espiões é um grande acerto da filmografia de Spielberg e funciona bem em tudo que se propõe: elenco, trilha sonora, roteiro, fotografia, e, claro, a direção magistral do Midas da indústria. É Spielberg sendo Spielberg.”
“Ponte dos Espiões nos mantém envolvidos do início ao fim, mesmo que, aqui e ali, reconheçamos suas falhas, como a de enfiar um epílogo pavoroso após uma cena belíssima que, ambientada na ponte do título, praticamente implorava para representar o desfecho da narrativa.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Tullio Dias; Texto 2, de João Marcos Flores;
7- Brooklyn
“Brooklyn é um belo conto romântico sobre o peso das nossas escolhas e nosso caráter para resistir às tentações que surgem ao longo do caminho que percorremos.”
“No fundo, Brooklyn nada mais é que uma história de amor ambientada nos anos 50, a qual deixa uma jovem imigrante em dúvidas sobre qual é o seu verdadeiro lugar: a Irlanda, onde sua família está, ou os Estados Unidos, com uma nova vida e círculo social. A premissa pode ser comum, mas é em sua simplicidade e performances doces que o filme de John Crowley nos conquista.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Tullio Dias; Texto 2, de Dani Pacheco;
6- Perdido em Marte
“O grande trunfo do filme, como também aconteceu com Gravidade deAlfonso Cuarón, é ir além da mera história de sobrevivência como Mar Aberto, 127 Horas, Náufrago e tantos outros. A partir da situação hostil inicial que o astronauta se encontra, uma sequência de acontecimentos se desenrola em ótimas cenas de ação, suspense, drama e até comédia sarcástica com as inúmeras referências à cultura popular de nosso tempo e ao atual estágio de exploração de Marte.”
“Perdido em Marte é um verdadeiro parque espacial de diversões cinéfilo em que duas horas e meia passam num piscar de olhos e nos deixam com a sensação de que foi pouco.”
“Filhote de Náufrago, Apollo 13 e Gravidade, a narrativa reparte-se, com equilíbrio e excelência, entre o esforço diário da sobrevivência e a elaboração de um plano de resgate, sem abdicar de ser cientificamente verossímil, ao menos aos olhos de um leigo que não gazeou as aulas de física.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Leonardo Lopes Carnelos; Texto 2, de Tullio Dias; Texto 3, de Marcio Sallem;
5- O Regresso
“É possível de fato perceber o empenho de Leonardo DiCaprio ao papel, especialmente com a dificuldade em encarar uma temperatura fria extrema e o diálogo em uma língua indígena na maior parte do tempo.”
“O que faz de O Regresso um ótimo filme é sua narrativa realística e envolvente de uma história de total superação e sobrevivência.”
“Inárritu conseguiu mais uma vez colocar em prática o seu dom para conduzir narrativas épicas e o trabalho de seus atores, especialmente Leonardo DiCaprio e Tom Hardy.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Tullio Dias; Texto 2, de Alex Gonçalves; Texto 3, de Dani Pacheco;
4- A Grande Aposta
“Com uma montagem ágil que dá um ritmo quase que de vídeo-clipe para o longa-metragem, A Grande Aposta se destaca como um tapa na cara da hipocrisia disfarçado de comédia.”
“Economia é complicado. Porém, por mais difícil que seja para pessoas leigas entenderem um filme sobre a crise financeira de 2008, a análise divertida e humana de A Grande Aposta é uma maneira bem interessante de ver o fato que surpreendeu o mundo há oito anos.”
“Misturando humor e drama de forma equilibrada, o longa diverte, informa e indica que tudo pode estar perto de se repetir. Aparentemente, não se aprendeu nada com o episódio.”
“O filme de Adam McKay pode ser imperfeito, mas é certeiro em nos lembrar de quem nós insistimos em ser como sociedade.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Tullio Dias; Texto 2, de Dani Pacheco; Texto 3, de Marcelo Seabra; Texto 4, de João Marcos Flores;
3- Spotlight – Segredos Revelados
“O senso pleno de percepção da sua realidade atingido pelo diretor Tom McCarthy na obra, porém, coroa sua excelência. A contextualização da força assustadora da instituição católica em Boston na narrativa se dá da maneira mais sutil e inteligente possível.”
“Mantendo uma abordagem inteligente que reserva os ocasionais closes para as vítimas e mantém os planos da redação (onde o processo é mais importante que os personagens individualmente) entre o geral e o americano, Spotlight evita o dramalhão […] e se estabelece como um longa maduro que, mesmo sem atingir o patamar de Rede de Intrigas e Todos os Homens do Presidente, remete, tanto temática quanto narrativa e esteticamente, ao Cinema político norte-americano da década de 70.”
“Recomendado principalmente para profissionais da comunicação,Spotlight é uma obra cheia de qualidades individuais e que também funciona perfeitamente para um público interessado apenas em apreciar uma boa narrativa.”
“O longa brilha por ser uma adaptação fiel e emocionante sobre um dos casos jornalísticos mais marcantes da história (premiado com o Pulitzer em 2003) e por promover uma discussão não só sobre o tema abordado na tela, mas sobre nossa sociedade em geral: quantas coisas erradas nós vemos acontecerem, até mesmo conosco, e não fazemos nada sobre isso?”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de João Marcos Flores; Texto 2, de Tullio Dias; Texto 3, de Dani Pacheco;
2- O Quarto de Jack
“Abrahamson consegue criar em O Quarto de Jack dois momentos que se correspondem a partir de divergências. Um universo de possibilidades foi criado na convivência solitária no “quarto” enquanto o “mundo lá fora” sufoca, gera grandes proporções a explosões emocionais que surgem com o trauma e a dificuldade de readaptação.”
“O mais emocionante e tocante concorrente ao Oscar de Melhor Filme desse ano, O Quarto de Jack se destaca como uma bela e sincera história de sobrevivência, cumplicidade e amor maternal.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Alex Gonçalves; Texto 2, de Lucas Victor;
1- Mad Max: Estrada da Fúria
“Estrada da Fúria combina momentos de calmaria para desenvolver os dramas internos de seus personagens com sequências de ação que devem ter deixado Michael Bay envergonhado por todas as vezes que tentou “homenagear” (para não dizer copiar) o estilo de George Miller, que já está na casa dos 70 anos de idade.”
“Vibrante. Mad Max: Estrada da Fúria é a ópera selvagem da brutalidade.”
“Como raramente (nunca?) se vê em uma sequência, Estrada da Fúria não tem tempo para conversa fiada. O seu prólogo já engata a última marcha, sem nunca vacilar neste frenesi que rege o filme.”
“Um roteiro igual a este é a desculpa perfeita para uma superprodução irrefreável em seu ímpeto de superar-se a cada novo e surpreendente set-piece – aquelas grandes sequências que deixam o espectador de queixo-caído enquanto perguntam-se “como isto foi produzido?”. Mas se Estrada da Fúria é um tremendo filme de ação, também é uma obra de arte inquieta diante de tantas possibilidades.”
Leia as críticas publicadas no site: Texto 1, de Tullio Dias; Texto 2, de Leonardo Lopes; Texto 3, de Alex Gonçalves; Texto 4, de Marcio Sallem;