2017 foi um bom ano para a indústria dos joguinhos. Títulos que infelizmente (e por falta do console e dinheiro para comprar todos os jogos que gostaria) não pude conferir como o Zelda e o Mario lançados para o Nintendo Switch, mas outros que por ter um PS4 me dei de presente ou aluguei. Contudo, não consegui finalizar ou jogar todos os jogos que gostaria e numero aqui os meus 7 melhores jogos de 2017. E dois deles terminam em 7. Por que 2017 já deu né… bora ano novo e que venha o tão esperado Red Dead Redemption II. E aposto minhas fichas que esse será o melhor jogo de 2018.
Nex Machina
Um jogo arcade shoot’em up, que é quase um remake do clássico Robotron 2084. Aliás, Nex Machina contou em seu desenvolvimento com a consultoria do próprio criador de Robotron, Eugene Jarvis. No jogo, você controla um motoqueiro com armas lasers que precisa destruir uma horda de robôs e neste processo, salvar humanos. Não que salvar pessoas seja algo obrigatório, mas como se trata de um jogo arcade, ajuda na pontuação. Nex Machina é um bom jogo bullet hell; ou seja, tiros para todo o lado, todos os cantos e você precisa ter agilidade e ser bom no gatilho caso queira sobreviver. Nex Machina conta com 6 fases, cada uma delas dividida por cerca de 10 subfases. Cada parte é uma arena e seu objetivo é eliminar todos os inimigos da área para prosseguir. E preparem-se, apesar de não ser um jogo difícil (pelo menos na dificuldade mediana), o último boss vai dar muita dor de cabeça.
Disponível para PS4 e PC. Lançado em Junho de 2017.
Horizon: Zero Dawn
https://www.youtube.com/watch?v=RRQDqurZJNk
Um jogo de mundo aberto pós-apocalíptico com uma protagonista mulher relevante. Algo em falta nos joguinhos eletrônicos, mas que felizmente está ganhando certo destaque atualmente. Horizon Zero Dawn nos mostra um mundo de aspecto tribal dominado por animais robóticos. Você joga com uma exilada, chamada Aloy, que tem a chance de fazer parte da sua tribo novamente. Aloy foi banida quando nasceu e você foi criada por um “pai adotivo”, também exilado, chamado Rost. Os motivos desse banimento são explicados no decorrer do jogo (ou não, preparem-se para alguns plot twists). O título nos mostra uma linda abertura com a protagonista sendo batizada; o seu treinamento desde criança para entrar na competição (algo como um rito de passagem de criança para adulto) que a fará voltar à sua tribo de origem. Logo nas primeiras horas de jogo, durante a competição, há uma massacre dos alunos ali presentes. Aloy consegue salvar algumas pessoas e a partir daí passa a investigar o ocorrido. E temos uma jornada do herói (heroína, no caso) bem servida. Aloy viaje pelo continente tentando descobrir quem foram as pessoas que realizaram o ataque e o porquê disso. Descobre segredos sobre seu passado , conhece personagens interessantes e outras tribos. Horizon Zero Dawn é um jogo que, apesar de soar clichê , nos mostra um mundo interessante e uma personagem que desafia os costumes locais. Algo que, diante de tanto conservadorismo atualmente, pode fazer as pessoas a pensarem um pouco fora da bolha e saírem da sua zona de conforto.
Disponível para PS4. Lançado em Fevereiro de 2017
Tekken 7
A minha segunda franquia favorita de jogos de luta (só perde para Street Fighter, claro) teve o sétimo título numerado lançado para consoles esse ano. E com um atraso considerável, visto que os arcades deram as caras lá fora há 2 anos. Tekken 7 continua a mesma coisa dos antecessores, com algumas diferenças pequenas. O jogo , ao meu ver, ficou mais fluido. Há agora a possibilidade de dar um golpe especial e pasmem, você solta um “super” em Tekken. Escola Street Fighter na área, galera. O modo online melhorou bastante; pelo menos na época que eu jogava (dei uma parada agora, mas platinei o jogo no PS4) não tinha dificuldade em encontrar oponentes. Tekken 7 é recomendado para aqueles que gostam da franquia ou novatos que buscam um jogo mais técnico, digamos. Algo que fuja dos clássicos 3 botões de soco e 3 botões de chute e que seja realmente um jogo com cenários e jogabilidade em 3D.
Disponível para PS4, Xbox One e PC. Lançado em Junho de 2017
Resident Evil 7
Após o fracasso de Resident Evil 6; confesso que não tinha muita esperança sobre o que esperar dessa franquia de jogos de … terror? Bem, Resident Evil tornou-se um título genérico de ação, infelizmente. Mas, o novo título veio para trazer o jogo mais bem sucedido de survival horror de volta às raízes. Resident Evil 7 é um jogo de sobrevivência em primeira pessoa; não chega a ser um shooter o tempo todo. Boa parte do jogo você passa solucionando puzzles, desvendando os segredos da mansão (novamente, a boa e velha mansão) e tomando sustos. No jogo, você controla Ethan, que após receber uma mensagem da namorada dita como morta, resolve investigar sobre o seu paradeiro. E o destino é um sítio em Louisiana, onde algo estranho está acontecendo. Se você gosta de filmes de terror, aprecia boas referências e sente saudades do gênero, esse é o seu jogo.
Disponível para PS4, Xbox One e PC. Lançado em Janeiro de 2017
Nioh
Uma mistura de Dark Souls com Onimusha, Nioh é um jogo difícil… mas divertido e recompensador. Para os órfãos da série Souls é um prato cheio. O título se passa no século XVI, no qual você controla um samurai inglês chamado William. Você se encontra em um Japão mítico, repleto de demônios, deuses e criaturas misteriosas. Um Japão em guerra, no qual há uma disputa acirrada por uma jóia com poderes mágicos, chamado amrita e o acumulo desse precioso mineral pode decidir qual lado será o vencedor. A jogabilidade se assemelha aos títulos Souls; mas com algumas peculiaridades. Uma delas é a possibilidade de ter espíritos que te auxiliam em sua jornada, cada um deles com atributos diferentes e a possibilidade de soltar um “super” quando uma certa barra enche. Além disso, Nioh infelizmente conta com poucas variedades de armas; mas cada uma possui status bastante diversificado. Ou seja, uma espada é totalmente diferente da outra em seus atributos, apesar de ambas serem espadas. O seu personagem possui três posturas básicas, cada uma alterna o tipo de golpe que será desferido: uma postura é baixa, com ataques rápidos; postura média com ataques de força mediana e postura alta com ataques fortes e lentos. Nioh é um jogo difícil, mas não impossível. Arrisco a dizer que ele é até mais acessível que qualquer título Souls (incluso aí Bloodborne). Se você procura desafio e gosta de mitologia japonesa, Nioh é um prato cheio. E ah, a versão para PC foi lançada recentemente e conta com todas as expansões inclusas. E o preço dela está bem convidativo. Vale mais que a pena conferir.
Disponível para PS4 e PC. Lançado em Fevereiro de 2017
Cuphead
Um jogo muito aguardado há anos e que foi adiado algumas vezes. Cuphead foi um título todo desenhado a mão, com um estilo de arte baseado nas animações da década de 30. É um shooter que você enfrenta basicamente bosses e com algumas fases abertas no estilo metal slug. Você controla Cuphead e Mugman, dois irmãos que resolvem entrar em um cassino (nunca façam isso , crianças) de apostas. Eles começam ganhando, mas o dono do cassino, o próprio diabo, faz uma proposta indecorosa: uma única partidal e se eles venceram, terão o cassino como recompensa. Caso contrário, o diabo terá suas almas. Cuphead aceita… e perde. Os irmãos imploram por suas almas e o diabo aceita não pega-las com uma condição: que eles sejam o credores das almas que o diabo ainda não conseguiu resgatar. E essa é a premissa do jogo. Cuphead possui uma animação fantástica. Para se ter uma ideia, cada chefe possui cerca de 1300 a 1500 desenhos. Isso sem contar os desenhos utilizados para as animações do cenários e outros inimigos que auxiliam cada chefe. Haja desenho (e munheca) e por isso tá mais que explicado o quanto esse jogo foi adiado. É um título mais que obrigatório para quem aprecia cartoons da época e caso você goste de jazz (e queira fazer o diabo verter em lágrimas), esse é o seu jogo.
Disponível para Xbox One e PC. Lançado em Setembro de 2017
Hellblade: Senua’s Sacrifice
Hellblade foi o jogo mais relevante que joguei em 2017. Um título de ação/puzzle com fortes elementos psicológicos. Você controla Senua, uma guerreira nórdica que teve sua aldeia e marido mortos por bárbaros. Após tais incidentes, você parte em busca de uma jornada para levar a cabeça do seu amado, pendurada em sua cintura, até os portões do Inferno para assim trazê-lo novamente à vida. Nesse jogo não há árvores de habilidades, não há uma tela explicando detalhadamente o que deve ser feito e você inicia o jogo com as habilidades que termina. É aquilo e pronto. A protagonista é uma personagem atormentada, esquizofrênica, que ouve vozes o tempo todo. E você compartilha desse sofrimento com ela; as vozes o acompanham, ora criticando e zombando das suas escolhas, ora elogiando seus feitios. A narrativa do jogo é fantástica (nos 2 sentidos até); você pode encarar o que Senua vê com realidade ou como delírios de uma pessoa depressiva e paranóica. Mas, aquela é a realidade da protagonista. O seu passado nos é mostrado no decorrer do jogo através de lembranças. A personagem era vista na aldeia como amaldiçoada e por isso vivia isolada… até que por acaso o amor bate à sua porta, mas este dura pouco. Não quero falar muito sobre esse título e aconselho a todos a conferí-lo. Hellblade é um jogo que usa metáforas para explicar um pouco sobre transtornos mentais e eu nunca vi algo tão bem representado assim em um videogame. Mais que obrigatório a jogatina. E preparem os lenços, pois a carga emocional proporcionada é forte.
Disponível para PS4 e PC. Lançado em Agosto de 2017
E esses foram os meus jogos de 2017. Que tenho 2018 tenha títulos melhores e que não haja mais atrasos (especialmente Red Red Redemption II e God Of War). Boa festa a todos e bons jogos.