O Cinema de Buteco orgulhosamente apresenta os melhores filmes de faroeste de 2017. Apreciem sem moderação!
INFELIZMENTE 2017 NÃO FOI UM ANO TÃO BOM PARA FÃS DE FAROESTE. A dificuldade imensa de encontrar os títulos, dificultaram a construção dessa lista, que quase foi cancelada, mas para homenagear os fãs do gênero que acessam o Cinema de Buteco em busca de dicas foi mantida.
Quero fazer um convite a todos os leitores para que a gente consiga melhorar o resultado desse ranking ao longo do próximo ano. Se você tiver alguma sugestão de título que faltou aqui, por favor, deixe nos comentários! Combinado?
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5 – Hickok
Quando eu falei que fazer essa lista de melhores filmes de faroeste de 2017 foi uma missão quase impossível, não era brincadeira.
Hickok não é ruim, mas estaria bem longe do ranking, caso eu tivesse a sorte de ter encontrado todos os títulos que pesquisei. Na falta de aliança de ouro, a gente presenteia a namorada com anel de cebolitos, não é mesmo?
A trama apresenta o lendário Wild Bill Hickok, que é designado para ser o novo manda-chuva numa cidade do velho-oeste. Mas enquanto tenta garantir a paz e justiça, ele começa a enfrentar diversos fora-da-lei dispostos a descobrir se Wild Bill é realmente um dos homens mais rápidos no gatilho do velho-oeste.
4 – The Hollow Point
Patrick Wilson estrela essa produção que possui elementos de ação e suspense, mas que apresenta a vida do novo xerife dos EUA numa pequena cidade na fronteira com o México. Durante suas investigações, ele acaba cruzando o caminho de um cartel perigoso que começa a colocar em risco a sobrevivência do xerife e qualquer pessoa envolvida na investigação.
O que me surpreendeu mais em The Hollow Point é a presença de John Leguizano na pele de um assassino frio e violento. Papel que em nada se parece com os personagens mais famosos de sua carreira. Os cinéfilos fãs de faroeste poderão se surpreender positivamente também!
3 – O Estranho Nós Que Amamos
“Quem viu a primeira versão, de 1971, de Don Siegel, pode estranhar “O Estranho que Nós Amamos” (“The Beguiled”), agora sob direção de Sofia Coppola. Mais delicada e sutil, a montagem atual é feminina, talvez até politicamente mais correta, embora mantenha com convicção o clima de tensão e, claro, de desejo, que faz da história um filme de drama e suspense. Tudo emoldurado por uma fotografia e figurinos impecáveis.
Em 1864, em algum lugar da Virgínia, sul dos Estados unidos, uma das alunas da escola feminina da Sra. Martha encontra por acaso, no bosque onde colhia cogumelos, um homem ferido. Em plena guerra civil, esse soldado inimigo que fazia parte dos confederados, foi acolhido naquela espécie de pensionato onde viviam duas professoras e cinco alunas. Atraídas e carentes, elas não hesitam em construir desculpas para manter o ferido na casa enquanto ele se recupera. E é essa presença masculina que gera os conflitos e fortalece a tensão, brilhantemente criados com poucos diálogos e muitos olhares.” – Maristela Bretas, do blog Cinema no Escurinho
2 – Terra Selvagem
O longa-metragem apresenta Cory Lambert (Jeremy Renner em uma das suas melhores atuações em toda a carreira) como um caçador numa reserva ambiental. Após perder a filha numa tragédia tempos atrás, ele vive sozinho e num dia encontra o corpo de uma garota. Ao notar que se tratava de uma amiga da filha, Cory começa a tentar encontrar os culpados e recebe a ajuda de uma impulsiva agente do FBI vivida por Elizabeth Olsen.
Terra Selvagem pode não ser a recriação perfeita de como é ser um nativo americano, mas é a opção do momento para esse tema delicado. Sheridan é um roteirista talentoso e diretor sensível, que demonstra ter aprendido bastante com a técnica e estilos de Villeneuve e Mackenzie, em Sicario e A Qualquer Custo, respectivamente. Toda frieza dos acontecimentos, o fato de nunca conseguirmos decifrar completamente os personagens, são amparadas pela neve e o inverno cruel que castiga a narrativa.
https://www.youtube.com/watch?v=CVElCdD4rtw
1 – A Qualquer Custo
Toby e Tanner Howard (Chris Pine e Ben Foster, respectivamente) precisam juntar uma determinada quantia de dinheiro para impedir que o banco tome a casa em que viveram. Para isso ser possível, a dupla se organiza para assaltar as agências desse mesmo banco espalhadas pelas redondezas.
Fácil se lembrar de Onde os Fracos Não Têm Vez, que segue o mesmo estilo de “faroeste moderno” apresentado por David Mackenzie em A Qualquer Custo. Ambas produções incluem boas doses de humor natural e motivações financeiras para as ações de seus protagonistas, mas a comparação mais curiosa é com os personagens de Bridges e Tommy Lee Jones, que vive o xerife no filme dos irmãos Coen. A única coisa que não existe em A Qualquer Custo é um vilão psicopata, como o Anton Chigurh vivido por Javier Bardem. O vilão aqui está representado na ganância e sacanagem dos bancos com as pessoas pobres.