#5 Detroit em Rebelião
Kathryn Bigelow comandou um dos principais longas da temporada – e infelizmente não existiu campanha de divulgação para o seu trabalho mais recente, especialmente no Brasil. Em Detroit em Rebelião, a cineasta apresenta uma feroz crítica ao racismo ao retratar uma ação policial desastrada que resultou numa série de abusos de oficiais da lei diante um grupo de jovens negros.
Com atuações fenomenais conduzidas pela habilidade cinematográfica de uma das mulheres mais talentosas da indústria, a produção deixa uma sensação horrível no estômago do seu público, que é obrigado a ser testemunha de uma série de injustiças que acabam transformando para sempre a vida dos envolvidos.
Recomendado para quem gosta de: “Guerra ao Terror”, “A Hora Mais Escura”, “Conspiração Policial”
#4 John Wick: Um Novo Dia para Matar
Chad Stahelski e Derek Kolstad, respectivamente diretor e roteirista, têm concentrado todos os seus trabalhos para continuar a jornada de um personagem que, rapidamente, transformou-se num ícone do cinema de ação contemporâneo – superando, provavelmente, as expectativas dos criadores. Para esta sequência, uma trama tradicional e os elementos western do texto são ilustrados por sequências de ação conduzidas de maneira moderna, revigorada e vibrante, consolidando John Wick: Um Novo Dia para Matar como um exemplo de cinema de ação puro e em seu máximo. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “De Volta ao Jogo”, “Drive”, “Duro de Matar”
Candidato a futuro cult, o mais recente esforço de Edgar Wright utiliza a música como poucas narrativas já fizeram – graças a um protagonista, o jovem Baby (Ansel Elgort), que a tem como o coração de suas ações. A velocidade e a intensidade de cada uma das fugas criminosas arquitetadas pelo piloto são invariavelmente determinadas pela trilha sonora que as embala passionalmente; a partir daí, algumas sequências memoráveis e o frescor narrativo garantem o ritmo envolvente de um “filme de corrida” que faz qualquer “Velozes e Furiosos” comer poeira. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “Chumbo Grosso”, “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, “Pulp Fiction”, “60 Segundos”
#2 A Vilã
Desde a sensacional sequência inicial, filmada em primeira pessoa, A Vilã é admiravelmente fiel àquela que é a essência de sua protagonista, tomando para si a inevitável máxima que persegue sua existência, na qual a eterna promessa de uma “vida normal” fatalmente seria frustrada: de uma infância traumática – e, diga-se, acertadamente exposta de maneira não-linear, levando-nos a experimentar parte da perturbação que as desordenadas recordações brutais provocam na personagem – a um presente desolador de esperanças, a violência é a única que jamais abandonou Sook-hee; ela esteve intrínseca e insistentemente acompanhando cada passo de sua jornada, independentemente de sua vontade. Sook-hee (Ok-bin Kim) está matrimonialmente ligada à brutalidade. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “Oldboy” (2003), “Lady Vingança”
#1 Logan
A crueldade do universo de Logan, despedida do Wolverine de Hugh Jackman das telonas, não poupa sequer a figura infantil de Laura (Dafne Keen), ciente da necessidade de equiparar-se à violência desta realidade. Portanto, pouco surpreende quando, na primeira – e absolutamente empolgante – oportunidade em que Wolverine e Laura lutam conjuntamente contra a gangue que os persegue, esta não deixa nada a dever àquele em termos de brutalidade contra seus opositores – oferecendo-nos, é necessário ressaltar, uma das sequências de ação mais brilhantes da franquia.
O longa-metragem, no entanto, caminha passos além de uma mera trama mutante, efetivando-se enquanto um esforço original, ousado e louvável ao abordar sensivelmente questões como a noção da morte e o suicídio, dando andamento às relevantes discussões sociais alegóricas da série acerca das minorias e grupos oprimidos ao empregá-las neste contexto. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “X-Men: O Filme”, “X-Men: Primeira Classe”, “Os Indomáveis”, “Bravura Indômita”, “Leon: O Profissional”