O Cinema de Buteco orgulhosamente apresenta os melhores filmes de ação de 2017. Apreciem sem moderação:
Embora um dos mais importantes gêneros da sétima arte se perceba cada vez mais contaminado pela padronização das grandes produções – vide o domínio dos filmes de super-herói -, são significativos os esforços de alguns realizadores dedicados à ação para impor sua autoria, construir sequências memoráveis e renovar-se dentro das próprias limitações. Estas são as principais virtudes das principais obras de ação de 2017. Saiba quais são eles:
Os melhores filmes de ação de 2017
Menções honrosas
Kingsman: O Círculo Dourado
Ainda que seja notadamente inferior ao seu antecessor, ao trocar a substância de comentário social que conferia inteligência ao seu texto por uma narrativa mais “frenética”, o retorno do agente Eggsy (Taron Egerton) e seus colegas da agência Kingsman não deixa de nos proporcionar boas doses de uma ação propositalmente megalomaníaca e ilustrativa – sempre satírica aos pioneiros títulos da franquia 007 -, com espertos toques de ironia. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “Kingsman: Serviço Secreto”, “Kick-Ass: Quebrando Tudo”
Feito na América
Adler Berriman Seal, o Barry, teve o jogo de cintura necessário para conseguir trabalhar para a CIA e para o Cartel de Medellín ao mesmo tempo. Na ida, cumpria missão para um, e aproveitava a volta para resolver o outro lado. Assim, otimizava seus custos e ainda ganhava um trocadinho extra. Esse dinheiro chegou a um montante tal que ele não conseguia mais esconder em sua propriedade, e precisava enterrar no quintal. Essa é uma história tão absurda que só podia ser real. E Tom Cruise resolveu levá-la ao Cinema. Feito na América (American Made, 2017) é mais um fruto da feliz parceria de Cruise com o diretor Doug Liman, que já nos havia dado No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, 2014). O estilo de Liman é bem interessante para dar ritmo ao longa, com uma montagem ágil e um bem-vindo humor nas horas certas. Essa é uma das razões de Feito na América ser tão divertido. Há indicações de que os fatos narrados não são exatamente como aconteceram, o que invalidaria a obra como fonte histórica. Ainda bem que ela não se propõe a isso. Feito na América escancara alguns problemas inerentes aos Estados Unidos, país notório por meter o dedo nos conflitos dos outros. E, invariavelmente, essa intrusão causa mais problemas do que ajuda, além de gerar aberrações como Barry Seal. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
Recomendado para quem gosta de: “Jack Reacher: O Último Tiro“, “Tango&Cash – Os Vingadores”
Imagine só o Jackie Chan num filme sério dirigido por ninguém menos que Martin Campbell, de 007 – Cassino Royale. Para os pessimistas, o resultado poderia ser improvável. Para os admiradores da dupla, uma baita surpresa e certeza de um dos principais filmes de ação de 2017.
O Estrangeiro apresenta a trama de um homem que busca vingança depois que a filha é assassinada durante um ato terrorista. Para descobrir a identidade dos responsáveis pelo atentado, o protagonista vivido por Chan não vai medir esforços, mesmo que isso signifique desafiar as autoridades.
Recomendado para quem gosta de: Busca Implacável; pais heróis dispostos a tocar o terror para vingar os filhos; Cassino Royale
Sem Perdão
O Acordo, de 2013, era a credencial mais popular que Ric Roman Waugh deixou para os cinéfilos. Pessoas menos corajosas dispensariam se aventurar em Sem Perdão, mas sou guerreiro. Sou brasileiro. Dei a chance e descobri um dos principais longas de ação policial de 2017.
Com uma premissa que até lembra Confronto no Pavilhão 99, Sem Perdão apresenta Nikolaj Coster-Waldau como um ex-condenado que é forçado pelos líderes de uma gangue a organizar uma ação criminosa contra um grupo rival. Se prepare para muito sangue, traições e violência.
Recomendado para quem gosta de: Confronto no Pavilhão 99; Pequenos Delitos;
Killing Gunther
Arnold Schwarzenegger recebe uma bela homenagem na comédia de ação desprovida de qualquer noção Killing Gunther. O astro gigante interpreta um dos maiores assassinos do mundo e é perseguido por um grupo de jovens matadores decididos a exterminar o número 1 do mundo.
Primeiro longa dirigido por Taran Killam, Killing Gunther é recheado de cenas malucas com um senso de humor insano em que qualquer coisa parece ser possível.
Recomendado para quem gosta de: Arnold Schwarzenegger; filmes de ação; Falta de noção; comédia absurda com roteiro maluco e cenas de ação sem muito orçamento; ver filmes ao lado de amigos
#10 Atômica
Entre algumas sequências de ação muito boas e alguns problemas de ritmo no terceiro ato, Atômica garante o divertimento até que seja esquecido. O que pode distingui-lo na multidão, entretanto, é a dimensão oferecida por Charlize Theron: sua composição para a personagem principal a expõe enquanto uma mulher brutalmente marcada pela inexistência da possibilidade de construir relações honestas, legítimas, num universo onde todos são descartáveis e as traições são cotidianas – fatores responsáveis pela constância de sua violência. (Leonardo Lopes)
Recomendado para quem gosta de: “Mad Max: Estrada da Fúria”, “John Wick: Um Novo Dia Para Morrer”, “Salt”, “Jason Bourne”, “Drive”
#9 Confronto no Pavilhão 99
Existem momentos felizes e inesperados em que os cinéfilos são presenteados com surpresas cinematográficas daquelas que mexem com a nossa cabeça. S. Craig Zahler ganhou nossos corações com o mix de western e horror Rastro de Maldade, mas agora ele mostra que não foi um acidente que deu certo.
Confronto no Pavilhão 99 apresenta um ex-boxeador que acaba se envolvendo no mundo do crime e é preso depois de uma ação que deu errado. Encarcerado, ele precisa aprender a lidar com suas escolhas e o perigo de ser assassinado por pessoas em busca de vingança.
Recomendado para quem gosta de: “Rastro de Maldade”, “Marcados Para Morrer”
O filme de Zack Snyder é, de longe, melhor que a bagunça de Esquadrão Suicida e menos pesado e cansativo que Batman v Superman. Temos aqui um roteiro mais enxuto, humor e cenas divertidas. Ou seja, fica bem claro que os estúdios ouviram os fãs e leram as críticas: o tom sombrio no roteiro e na linguagem visual seguem presentes, mas a comédia entrou em cena e com os personagens certos. Agora, o filme flui bem melhor. (Daniela Pacheco)
Recomendado para quem gosta de: “O Homem de Aço”, “Batman vs. Superman – A Origem da Justiça”, “Os Vingadores”
No longa, a influência do trabalho genial de Zack Snyder se faz presente nas várias sequências de ação. A tela congela por alguns segundos e nos remete imediatamente ao estilo único de Snyder. Aliás, esse estilo e personalidade é o que transforma as tentativas da DC no cinema muito mais frutíferas que as da Marvel, que independente de contar histórias com uma qualidade muito superior, torna impossível identificar estilo dos seus diretores.
Mulher-Maravilha é imperdível e disputa de perto o título de melhor filme de super-herói do ano com Logan. Se a gente considerar apenas o lado emocional, não temos a menor dúvida de que esse é forte candidato para aparecer no topo das listas de melhores do ano, fugindo das restrições de “heróis”, esse terreno que a partir de agora deixou de ser exclusivamente dos caras. (Tullio Dias)
Recomendado para quem gosta de: “Os Vingadores”, “Batman vs. Superman – A Origem da Justiça”, “Liga da Justiça”, “Mad Max: Estrada da Fúria”
#6 Planeta dos Macacos: A Guerra
Com o término da trilogia, é legal fazer uma linha do tempo dos acontecimentos e como todos eles levam ao resultado que vemos como que o medo, raiva, desejo de vingança e ódio levam à interminável guerra entre humanos e macacos. Difícil não relacionar isso a nossa realidade, que pode não ter uma raça de macacos altamente inteligentes, mas tem pessoas do mundo todo propagando o ódio entre si e nos aproximando cada vez mais de um outro grande conflito global. (Daniela Pacheco)
Recomendado para quem gosta de: “Planeta dos Macacos: A Origem”, “Planeta dos Macacos: O Confronto”, “Planeta dos Macacos”, “Cloverfield: Monstro”