PARA ENCERRAR O NOSSO MÊS DE ANIVERSÁRIO CELEBRANDO OS NOSSOS OITO ANOS, o Cinema de Buteco divulga agora uma lista final com as 51 melhores obras lançadas entre 2000 a 2009. Apenas o néctar etílico dos deuses cinematográficos.
Para chegarmos ao resultado final, fizemos um cruzamento com os votos que cada longa-metragem recebeu em suas listas individuais.
Apreciem sem moderação!
51 Melhores Filmes dos Anos 2000
51- O Invasor (Beto Brant, 2002)
“Baseado no livro homônimo de Marçal Aquino, O Invasor é “apenas” um dos melhores filmes nacionais já produzidos. A produção marcou a estreia do cantor Paulo Miklos (Titãs) e da atriz Mariana Ximenes no cinema.”
50- Controle – A História de Ian Curtis (Control, Anton Corbijn, 2008)
“Contando com uma bela fotografia em preto e branco, provavelmente adotada para mostrar a constante tristeza que acompanhava o cantor, Control talvez seja a biografia menos biográfica dos últimos tempos, já que não se concentra em contar toda a vida do artista, mas apenas os conflitos que permearam o seu processo criativo, e que fizeram de Ian Curtis, tão excepcional. As questões continuam em aberto. Mas isso se deve pelo simples fato de que elas não se resolveram nem para ele mesmo.”
49- Réquiem Para Um Sonho (Requiem for a Dream, 2000, Darren Aronofsky)
“Já nos primeiros minutos do longa-metragem sentimos a pretensão artística de Aronofsky em criar uma obra definitiva sobre o consumo de drogas. Réquiem Para um Sonho pode ser moralista e ter seus defeitos, mas seria um grande erro afirmar que o cineasta não conseguiu produzir um filme forte e que realmente marcou época.”
48- Match Point (Woody Allen, 2005)
“As pessoas só seguem uma regra em duas condições: caso elas acreditem no sistema, ou caso elas tenham medo de ser punidas. Este é o mote principal de Crime e Castigo, clássico romance de Fyodor Dostoiévski, livro o qual Woody Allen resolveu referenciar em Match Point.
O grande dilema do protagonista está em seguir sua verdadeira paixão (no caso a personagem de Scarlett Johansson) ou a estabilidade financeira. E o desenrolar do roteiro vai aos poucos revelando ao telespectador o paralelo entre as histórias ja mencionadas. Destaque ainda para o uso da parábola da bola na rede de tênis, e sua rima com o momento crucial da trama.”
47- As Horas (The Hours, 2002, Stephen Daldry)
“É um filme extremamente delicado, feminino (daí também vem muito da sua beleza), emocionante, desde a primeira cena pela tristeza, até a sequência seguinte pelo virtuosismo, falas lindas e doloridas. As Horas é triste no fim das contas, mas isso só se deve pelo fato de que, ao vê-lo nos vemos também. Aí nunca é fácil mesmo.”
46- Os Dois Filhos de Francisco (Breno Silveira, 2005)
“Breno Silveira conseguiu realizar um trabalho coeso ao narrar a história da dupla Zezé de Camargo e Luciano e encaixar as suas músicas de uma maneira muito sensível. Como reconhecimento, a produção foi responsável pela maior bilheteria daquele ano no Brasil e ainda é uma das maiores dos últimos dez anos.”
45- O Operário (The Machinist, Brad Anderson, 2004)
“Esta obra dirigida por Brad Anderson é um daqueles filmes que deixam a gente inquieto, sabe? Trata-se de um operário de uma fábrica que não dorme há um ano. Sim, é isso mesmo. Ele está com uma cara pior do que nós na segunda feira pela manhã. O inquietante é que há um motivo para ele não dormir, e é um motivo bem considerável, coisa séria. Nos faz lembrar um pouco Clube da Luta e o personagem do maravilhoso Bale passa á quem assiste o filme uma espécie de desconforto. Vale a pena!”
44- Zumbilândia (Zombieland, Ruben Fleischer, 2009)
“Se Zumbilândia não tem o humor refinado e por vezes ácido de uma comédia como Fido – O Mascote, ao menos mostra o seu diferencial em várias situações. As principais são aquelas que mostram as regras de sobrevivência criadas por Columbus, todas hilariantes, embora nada chegue ao alcance da participação especial e inesperada de Bill Murray, que interpreta ele mesmo. Pode-se dizer que o efeito de se assistir Zumbilândia é o mesmo que ir para um parque de diversões. De tão divertido, dá vontade de repetir o passeio.”
43- Inimigos Públicos (Public Enemies, Michael Mann, 2009)
“1933. John Dillinger (Johnny Depp) é um famoso criminoso que rouba bancos junto com seus parceiros fora da lei. Até que o fundador do FBI J. Edgar (Billy Crudup) fica chateado da vida com a fama do bandido e, com muita inveja no coração, contrata um agente frígido chamado Purvis (Christian Bale) para iniciar a maior caçada a um criminoso já vista na história dos Estados Unidos até então.
Inimigos Públicos permanece entre as principais obras de Michael Mann, ao lado de Colateral, Miami Vice e o já clássico Fogo Contra Fogo. É uma obra eficiente e que nunca perde o ritmo, nem mesmo quando o roteiro apresenta a queda de Dillinger diante seus oponentes. O confronto de Bale e Depp em nada ficam devendo às duplas de antagonistas vividos por Jamie Foxx e Tom Cruise, em Colateral, ou Robert de Niro e Al Pacino em Fogo Contra Fogo. E é justamente em cima da química entre esses dois atores que Inimigos Públicos se destaca e se garante como obra obrigatória dos anos 2000.”
42- Gladiador (Gladiator, Ridley Scott, 2000)
“Clássico do cinema moderno e uma das principais obras da carreira de Ridley Scott, Gladiadoré um filme indispensável para os cinéfilos e apaixonados por boas histórias.”
41- Up – Altas Aventuras (Up, Pete Docter & Bob Peterson, 2009)
A jornada do herói prega que antes de fazer o retorno para casa com os louros da vitória, o protagonista precisa arder nas sete camadas do inferno. E é pra lá que o espectador vai, junto com o Sr. Frederiksson, logo nos primeiros minutos do filme, nesta que é uma das mais ousadas e bem executadas sequências de abertura de uma animação.