O Felipe Borba reuniu algumas recomendações de filmes e livros para o Halloween. A maioria do material sugerido possui crítica no portal! Confira:
A Bruxa:
É muito difícil um longa de terror ser lembrado tantas vezes numa lista geral de melhores, como é o caso de A Bruxa. A produção conquistou não apenas os fãs do gênero, como todos aqueles que apreciam uma narrativa bem construída e recheada de simbolismos. Um cinema que não se entrega aos clichês de tentar fazer o espectador pular da cadeira com cenas previsíveis. Indicado para pessoas corajosas e que consigam se permitir sentir como parte da história para realmente ficar com o cu na mão durante o desenvolvimento do filme – especialmente os minutos finais. Filmaço! (Tullio Dias)
O Sono da Morte:
Depois da morte trágica de seu filho, um casal (Kate Bosworth e Thomas Jane) adota uma criança educada, mas que insiste em não dormir. O motivo é que os sonhos do pequeno Cody (Tremblay) acabam se tornando realidade e oferecendo um grande risco para a vida das pessoas ao seu redor. (Tullio Dias)
Donnie Darko:
Geralmente as pessoas pensam em filmes de terror ao pensar no Halloween, bem, Donnie Darko até tem terror, mas não é apenas isso, ele é um romance adolescente, um drama familiar, o estudo de um personagem com doenças mentais e um filme de viagem no tempo. E é fantástico em todos esses pontos, além de ter um tom fatalista e melancólico que conduz a narrativa, o longa-metragem também é um confuso de se entender, existem 4 linhas temporais nele, é quase um quebra-cabeças, mas mesmo assim é uma obra prima. (João Golin)
O Corvo:
Se tratando de um filme que se passa justamente na época do dia dos mortos, certamente é impossível deixar de ter uma admiração especial por O Corvo. É muito mórbido lembrar que Brandon Lee perdeu a sua vida durante as filmagens, e que o seu próprio personagem havia sido assassinado no começo da trama. Dirigido por Alex Proyas, o roteiro chega perto de evocar as origens celtas do Halloween e apresenta um morto vivo que volta para conseguir a sua vingança. (Tullio Dias)
Deixa Ela Entrar
Filme sueco seco e realista, no Brasil, foi lançado na mesma semana que Crepúsculo, e também trata de um romance vampiresco adolescente, porém, esse filme é tão maduro, tão adulto e tão cruel, que é certamente um dos melhores filmes de vampiro de todos os tempos, se não o melhor. Ao menos, ele é o meu favorito. No filme, ao contrário da versão norte-americana, as crueldades da história são passadas de forma sutil, deixando-o extremamente fatalista e trágico, e embora o filme americano seja muito bom, não deveria ser comparado à essa obra prima sueca. Uma obra tão sombria não deveria ser esquecida no Halloween. (João Golin)
O Bebê de Rosemary:
O Bebê de Rosemary faz parte da “trilogia do diabo”, ao lado de O Exorcista e A Profecia. Com a direção genial de Roman Polanski, o grande sucesso do filme está na sugestão. Tudo é cheio de classe e muito sutil, o que apenas aumenta a eficiência da produção em assustar seus espectadores. Quando o cinema trabalha ao lado do nosso inconsciente, o sucesso é garantido. O terror mais inteligente é aquele que nos deixa com a missão de imaginar o mal. Cineastas inteligentes como Polanski e StevenSpielberg sabem muito bem que por mais talentosos que sejam, não podem competir com o inconsciente de cada um de seus espectadores. (Tullio Dias)
Invocação do Mal 2
James Wan consegue fazer uma continuação tão boa quanto a original e não se rende aos clichês do gênero. Desta vez temos um foco maior nos protagonistas, que se transformam em “velhos amigos” dos espectadores. Em mais uma situação de possessão demoníaca, sentimos medo, arrepios e ganhamos bons sustos. Ou seja, temos exatamente tudo que esperamos de um bom filme de terror. (Tullio Dias)
Caixa de Pássaros
Caixa de Pássaros narra a dramática vida de Malorie, que descobre estar grávida em um mundo pós-apocalíptico. Alguma coisa estava fazendo as pessoas surtarem e se suicidarem. Alguma coisa que as pessoas viam. O que era, ninguém sabia dizer. Ninguém ainda vivo. Ninguém ainda são. A teoria mais aceita é a de que existiam criaturas à solta causando isso, mas não havia quem pudesse confirmar. Com tantos problemas, o livro foca nos conflitos psicológicos causados pela necessidade da humanidade se isolar do mundo, e ao sair de casa, terem a necessidade de usarem vendas para circularem sem ver “a criatura”
Loney
A história de Loney se passa na década de 70, quando a Sra. Smith, Tonto (apelido do filho mais novo), seu irmão e alguns membros da comunidade resolvem passar alguns dias na costa da Inglaterra, região de um antigo santuário. A mãe, uma religiosa fervorosa e obcecada pelos rituais católicos, acredita que o lugar poderá curar os problemas de Hanny, mas não acredita que o novo padre da cidade seja a pessoa adequada para cuidar do problema. Quarenta anos depois, os restos mortais de uma criança são encontrados na região e Tonto é obrigado a retornar ao local e enfrentar as lembranças do acontecido.
Exorcismo
Enquanto o filme pega pesado nos efeitos visuais, gerando maior parte do medo pela experiência sensorial, o livro consegue nos aterrorizar ainda mais por meio de uma narrativa que mescla uma história de terror supostamente verídica com uma série de depoimentos e relatos, nos convencendo da veracidade dos fatos relatados. Se você já assistiu ao longa, conseguirá ver inúmeras diferenças entre a possessão real em relação ao filme e ao livro de ficção. É preciso entender que esta não é uma história de terror como você está acostumado. O Exorcismo é uma não-ficção construído a partir de inúmeros depoimentos e documentos. Este relato jornalístico pode ser uma leitura tranquila ou pode te deixar bastante impressionado, como aconteceu comigo. A imparcialidade e o profissionalismo de B. Allen conseguiu me amedrontar e dar bastante aflição ao longo da leitura. Se você acredita ou não em demônios e possessão, este livro irá testar sua crença e deixa-lo reflexivo sobre o assunto.
A Colônia
Sua narrativa conecta núcleos de uma forma tão primorosa, que é impossível não se sentir parte do sufoco que deve ser tentar sobreviver ao fim da humanidade. Outro ponto que torna A Colônia incrível, foi ao apresentar personagens femininas fortes e em papel de líderes. Em A Colônia temos personagens na presidência, nos laboratórios e no exército. Elas são independentes, possuem voz ativa e são muito bem construídas!