O Cinema de Buteco apresenta a lista de melhores séries de 2017. Pode preparar a sua maratona! Mas não vai esquecer de tomar banho, comer e dormir, hein?
#10- 13 Reasons Why
Existem obras que mexem com os nossos ânimos. Enquanto algumas pessoas recomendam ignorar o último grande sucesso da Netflix, outras seguem o caminho contrário e indicam a série para seus leitores, amigos e familiares. 13 Reasons Why dividiu opiniões quando foi lançada.
O trunfo maior da adaptação do livro de Jay Asher está mais na sua proposta do que na sua execução. Exceto pelos primeiros episódios, dirigidos por Tom McCarthy (Spotlight), o restante da série carece de uma narrativa envolvente e ganha o telespectador apenas por contar uma história de fácil identificação, seja você vítima ou agressor.
Os primeiros episódios nos apresentam a personagens adolescentes que deixam o público naquela linha tênue da admiração e irritação. Todos, sem exceção, são egoístas, petulantes, meio tapados e acreditam piamente que são especiais. Essa geração Y é foda. O que acontece é a série transformando os seus protagonistas em crianças ingênuas incapazes de perceberem suas próprias limitações intelectuais (Justin, por exemplo, entra em cena como um conquistador sem nada na cabeça. As suas cenas tentando seduzir Hannah são incríveis, pois mostram toda a sua insegurança quando ouve alguma coisa que não tem a menor ideia do que se trata).
13 Reasons Why não é uma obra sobre suicidas ou “glamourização da morte”. Ela é uma obra que pressiona as nossas próprias feridas e responsabilidades ao permitir que alguém decida tirar a sua própria vida. É para conscientizar quem fica. É para tentar chocar agressores.
#9- Stranger Things
Vencer o desafio da segunda temporada costuma ser algo difícil. Stranger Things surgiu em 2016 como uma novidade gigante, entrou na nossa lista de melhores séries e conquistou fãs ao redor do mundo. O sucesso foi tamanho que era apenas questão de tempo até que a Netflix anunciasse a próxima temporada. Para a alegria dos fãs, o anúncio chegou logo em 2017 com episódios inéditos, uma pegada mais sombria, personagens mais desenvolvidos e o retorno daquela sensação gostosa de revisitar o passado, seja através do clima de sessão da tarde ou das músicas escolhidas para a trilha sonora.
#8- Better Call Saul
Quanto mais o tempo passa na série, mais Jimmy aproxima-se de Saul de Breaking Bad. Nesta terceira temporada fica claro que a série não se trata de advocacia, e sim da relação profunda entre os irmãos McGill. Enquanto a condição de saúde de Chuck se agrava, Jimmy precisa usar todas as suas armas para não perder a licença de advogado. E admiração mútua vai se transformando aos poucos em inveja e ódio. (Leonardo Carnelos)
#7- Expanse
Baseado no livro O Despertar de Leviatã de James E. Covery, Tu e Expanse demonstrou um grande potencial na primeira temporada, mas que ficou só na promessa. Mas uma vez que o cenário é principais personagens a segunda temporada foi extremamente rica em desenvolver dos conflitos entre Terra, Marte e “Belters”. É além disso ainda provoca diversos questionamentos acerca de uma ameaça externa. Este é sem duvida o melhor space opera dos ulti os tempos e talvez a melhor série sci-fi do ano. (Leonardo Carnelos)
#6- Mindhunter
A série inspirada no livro de John Douglas e Mark Olshaker e produzida por David Fincher e Charlize Theron mostra o trabalho diário de dois agentes do FBI na tentativa de desvendar os mistérios das mentes mais perversas encontradas nos Estados Unidos. Uma psicológica se junta a eles e a equipe começa a traçar perfis de assassinos em série.
Mas não se engane, Mindhunter não é recheada de grandes sequências de perseguição e tiroteios. O ritmo da série mostra um perfil de investigação que clama mais por esforço mental e dedicação na hora de juntar as peças de um quebra-cabeça. Além disso, tem o relato de como o trabalho dos agentes pode afetar outras pessoas e a eles mesmos, de maneira gradativa.
Quem se identifica como público de documentários sobre crimes bastante conhecidos vai perceber a inclusão de alguns personagens conhecidos pela pela polícia norte-americana. A primeira temporada apresenta muito bem os personagens e prepara o espectador para a sequência, que tem tudo para ser tão boa quanto o início da série. (Graciela Paciência)