Melhores lançamentos de novembro de 2017

Melhores lançamentos de novembro de 2017

DC, um remake de Agatha Christie e a história de um jovem brasileiro que morreu desbravando a África são destaques de novembro de 2017. Será que o seu filme favorito vai aparecer na nossa lista?

Confira o Top 5 a seguir!

5- Assassinato no Expresso Oriente

Após o sucesso mundial de Cinderela (2015), Kenneth Branagh apostou em um novo remake de Agatha Christie e acertou em cheio. Tão em cheio que já tem outro filme baseado em obra da autora sendo desenvolvido!

“O mistério é interessante e prende o espectador até o final. Só vai perder um pouco da emoção quem já conhece a história, pelo livro ou pelas várias versões para o Cinema. Esta, sem dúvida, é das melhores, e deve ser apenas o início de uma franquia de Poirot. Se continuar assim, será bem superior a outras que vemos por aí” (Marcelo Seabra, O Pipoqueiro)

“Lendas memoráveis sempre acham uma maneira de voltar, sendo elas verdadeiras ou não. É o caso do detetive belga de Agatha Christie e o Assassinato no Expresso Oriente, um filme que encontra na megalomania shakespeariana de Kenneth Branagh algo de moderno, mantendo a alma clássica. O diretor se afasta das outras versões do personagem – seja a do filme de Sidney Lummet, a encarnação de Peter Ustinov ou da série britânica com 13 temporadas com David Suchet – mudando trejeitos, alguns traços da personalidade e adicionando um humor que existe de maneira bem mais sutil na obra da escritora britânica, entregando uma obra que chama o interesse exatamente por tais exageros” (Tiago Tigre, Um Tigre no Cinema)

4- Liga da Justiça

Não é foda como Mulher Maravilha, mas superou o desastre Esquadrão Suicida e o cansativo Batman v Superman. É um avanço vai!

“Apesar do filme ser apressado, até bagunçado em muitos momentos, a produção tem momentos para agradar qualquer um que goste de filmes de ação com momentos divertidos, outros tanto sérios, mas que, em geral, mostra o caminho que o universo DC deverá percorrer nos cinemas a partir de agora. Não é um filme perfeito, porém é suficientemente agradável para querermos ver mais desses heróis num futuro próximo” (Tiago Tigre, Um Tigre no Cinema)

“Vamos direto ao ponto? “Liga da Justiça” é satisfatório, apesar de bagunçado visual e narrativamente” (Márcio Sallem, Cinema com Crítica)

“O filme de Zack Snyder é, de longe, melhor que a bagunça de Esquadrão Suicida e menos pesado e cansativo que Batman v Superman. Temos aqui um roteiro mais enxuto, humor e cenas divertidas. Ou seja, fica bem claro que os estúdios ouviram os fãs e leram as críticas: o tom sombrio no roteiro e na linguagem visual seguem presentes, mas a comédia entrou em cena e com os personagens certos. Agora, o filme flui bem melhor” (Dani Pacheco, Cinema de Buteco)

“O entrosamento dos atores é muito bom, a história deixa a escuridão e os becos e ganha cor e espaços abertos, tem ação (muita ação) e todos os heróis fazem bem a lição de casa. E ainda tem piada, coisa comum nos filmes da Marvel que a DC começou a adotar para seus personagens nas produções cinematográficas. E deu certo” (Maristela Bretas, Cinema no Escurinho)

“Liga da Justiça se amarra bem ao que vimos antes e vai mais longe, felizmente. Fabian Wagner, o diretor de fotografia, é novo nesse universo, e traz luz e cores, ao contrário da chuvarada dos anteriores. E um grande acerto é não haver qualquer referência à bomba Esquadrão Suicida (Suicide Squad, 2016), que com sorte será esquecido e sofrerá um reboot em breve” (Marcelo Seabra, O Pipoqueiro)

3- Com Amor, Van Gogh

Agora, chegou a vez de saber mais sobre a vida de Van Gogh por meio de um filme de animação. Este encantou plateias nos últimos meses e é um dos fortes candidatos ao Oscar 2018!

“Das formas de homenagem que mais aprecio, estão aquelas que empregam a arte do biografado para contar sua história. Dito isto, esta animação fabulosa e tecnicamente irrepreensível – o formato de tela, 1.33:1, assemelha-se à dimensão típica do canvas do homenageado – emprega a rotoscopia (adiante explico o que é) e pinturas a óleo produzidas por 100 artistas para contar os últimos dias do perturbado, embora fascinante Van Gogh” (Márcio Sallem, Cinema com Crítica)

2- Terra Selvagem

Taylor Sheridan mostrou ao que veio depois de assinar roteiros como A Qualquer Custo e Sicario. Em seu segundo filme como diretor, ele mostra que ainda promete muito cinema de qualidade pela frente!

“Taylor Sheridan, mais conhecido por seus trabalhos como roteirista, fecha a sua trilogia espiritual das fronteiras do EUA dessa vez dando atenção aos nativos norte-americanos e como os eles foram relegados à uma pequena parte de um território que foi deles. Apesar dos temas universais abordados, é uma carta de posicionamento à toda uma cultura do esquecimento” (Tiago Tigre, Um Tigre no Cinema)

“Terra Selvagem pode não ser a recriação perfeita de como é ser um nativo americano, mas é a opção do momento para esse tema delicado. Sheridan é um roteirista talentoso e diretor sensível, que demonstra ter aprendido bastante com a técnica e estilos de Villeneuve e Mackenzie, em Sicario e A Qualquer Custo, respectivamente” (Tullio Dias, Cinema de Buteco)

“É uma narrativa que permite o desenvolvimento dos personagens, o estabelecimento de diálogos marcantes – cito aquele entre Cory, personagem de Jeremy Renner, e Martin, o indígena / nativo pai da garota morta – e uma percepção maior do espectador da problemática entre norte-americanos e nativo-americanos, em um universo verossímil com especial atenção ao procedimental” (Márcio Sallem, Cinema com Crítica)

1- Gabriel e a Montanha

O drama de Fellipe Barbosa deixou o Festival de Cannes com dois prêmios. Quando as luzes de acendem, vemos que tal reconhecimento foi super merecido. Uma adaptação doce e emocionante sobre um jovem brasileiro que tinha a vida toda pela frente, mas sua morte precoce não o impediu de causar um impacto com apenas 28 anos de idade.

“O que o longa ressalta, o que fica claro, é o carinho e a honestidade com que ele foi feito, intercalando a ficção com depoimentos de gente que conviveu com Gabriel nos seus últimos dois meses de vida – amigos, guias, caminhoneiros… Importante dizer que essas pessoas atuam fazendo o papel delas mesmas, ora dialogando com o ator, ora contando suas experiências com o economista. Esse jeito híbrido de fazer cinema comove e confere ao trabalho uma aura de dignidade, respeito e integridade. E enche a história de afeto” (Mirtes Helena Scalioni, Cinema no Escurinho)

“Para o espectador, cada minuto na companhia de Gabriel (vivido por João Pedro Zappa com ênfase nas nuances e complexidades do personagem) ganha ares de urgência e importância dada a iminência de sua partida precoce. Saboreamos, com amargura e saudade, toda a hospitalidade do povo africano, seus costumes e tradições, tudo o que Gabriel pôde experimentar, e isto acalma o coração. É como se, na dor, pudesse nascer a paz e a compreensão de quem aquele rapaz foi e poderia ter sido” (Márcio Sallem, Cinema com Crítica)

“Não precisamos fazer igual ao protagonista (um ótimo João Pedro Zappa), ainda mais porque a independência e coragem dele acabaram levando-o longe demais, infelizmente. O legal do drama de Barbosa é como o diretor nos faz pensar sobre tudo, por meio da história do jovem brasileiro. Cada detalhe, cada amizade feita, cada aventura, cada fracasso, nos leva a uma profunda reflexão sobre a sociedade e nossas ações perante os outros” (Dani Pacheco, Cinema de Buteco)