#10- Predadores Assassinos
(Crawl, Alexandre Aja, 2019) Uma jovem mulher, enquanto tenta salvar seu pai durante um tornado categoria 5, se encontra presa numa casa inundada e descobre que está acompanhada de um monte de jacaré dentuço com fome de carne humana.
Alexandre Aja tem minha atenção desde o épico remake de Quadrilha dos Sádicos em Viagem Maldita (2006). Em Predadores Assassinos, que ficou entre os filmes favoritos de Quentin Tarantino em 2019, temos uma mistura insana de tensão, adrenalina e muito terror com as criaturas aquáticas que invadem as casas para devorar quem ficou pra trás.
A ideia de se ver num porão e de repente ouvir um barulho esquisito que parece vir da porra de um dinossauro até pode parecer funcional apenas para quem convive com essa realidade, mas Aja dá um jeito de nos envolver e sentir apreensão pela sua protagonista rapidamente. Filmaço!
Recomendado para quem gosta de: Slasher movies; crocodilos; jacarés;
#9- A Maldição da Bruxa
(Hagazussa, Lukas Feigelfeld , 2017) Num vilarejo europeu durante o Século XV, uma jovem passa por preconceitos e agressões simplesmente por ser considerada uma “bruxa”.
Lembrando bastante A Bruxa em determinados aspectos, Hagazussa exige uma atenção do seu espectador. Essa atenção é apenas o primeiro pré-requisito, afinal estamos diante uma narrativa pouco convencional, com um ritmo ainda mais lento que A Bruxa. Definitivamente, se você quer obras que dão susto o tempo inteiro, passe longe!
Pode ser que daqui alguns anos, o longa-metragem entre para uma lista seleta de principais obras sobre ocultismo e bruxaria da história do cinema, tamanho o impacto e tensão geradas durante a exibição.
Disponível no Prime.
Recomendado para quem gosta de: A Bruxa; quem gosta de sentir MEDO e sabe apreciar um cinema menos tradicional
#8- The Nightingale
(Jennifer Kent, 2018) Em 1825, Clare, uma jovem irlandesa persegue um oficial britânico em busca de vingança contra um terrível ato de violência contra ela e sua família. Na companhia de um negro nativo chamado Billy, que também passou por seus próprios traumas e agressões, Clare busca fazer justiça com as próprias mãos.
Jennifer Kent chocou (e encantou, na medida do possível) o público quando lançou O Babadook, um terror cheio de metáforas para falar de maternidade e depressão. Seu aguardado novo trabalho é mais explícito e cru, especialmente para mulheres, e não economiza na violência para chocar seus espectadores.
Existe uma sequência em The Nightingale que é capaz de embrulhar o estômago até da criatura mais fria do mundo, ao mesmo tempo em que nos faz torcer desesperadamente para que a protagonista consiga encontrar os homens que tanto fizeram para destruir a sua vida. Não se sinta mal se por acaso você deseje NUNCA MAIS rever The Nightingale. É compreensivo e eu também não sei se quero ver isso novamente.
Recomendado para quem gosta de: Rastro de Maldade; O Babadook; Filmes de vingança; Filmes dirigidos por mulheres
#7- Ready or Not: O Ritual
(Ready or Not, Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett, 2019) A pouco utilizada mistura de terror e comédia se provou funcional desde os anos 1980 e é sempre bem-vinda. O riso que ameniza a tensão nas partes assustadoras possibilita extrair divertimento até de cenas de violência extrema. Essa é a receita do mais novo filme dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett.
Em Ready or Not acompanhamos a história de Grace, uma bela jovem interpretada por Samara Weaving, que se casa com Alex, membro da riquíssima família Le Domas. Este grupo de excêntricos ricaços mantém a tradição de, nas noites de casamento, disputar um jogo com o novo membro da família: um esconde-esconde mortal em que Grace é o alvo.
O filme não se leva a sério em nenhum momento e é diversão garantida para os fãs do trash e de filmes de vingança. Com uma pegada pop e tarantinesca, Ready or Not com certeza arrancará boas risadas de seus espectadores.
Recomendado para quem gosta de: Você é o Próximo; filmes em que as mocinhas não são indefesas
#6- Hole in the Ground
(Lee Cronin, 2018) Infelizmente alguns filmes voam baixo demais do radar do grande público e acabam sendo injustiçados, este é o caso do surpreendente e competente longa irlandês The Hole in the Ground, do diretor Lee Cronin.
Na trama acompanhamos a história de Sarah, uma jovem mãe que acaba de se mudar com o pequeno filho Chris para uma cidade do interior da Irlanda. A descoberta de um enorme buraco na floresta perto de sua casa passa a desencadear um estranho comportamento no menino, o que faz com que a protagonista comece questionar se ele é realmente seu filho.
O filme é simples e despretensioso, quase com uma estrutura clássica de terror, mas a sua levada naturalista, sem exageros, nos faz aproveitar a narrativa por completo e até mesmo aceitar a falta de explicações maiores.
Recomendado para quem gosta de: terror classudo que mexe com paranoia e trabalha com questão de maternidade