#5- Era uma Vez em…Hollywood
(Once Upon a Time in… Hollywood, Quentin Tarantino, 2019) Um ator decadente tenta recuperar a sua carreira na companhia de seu fiel escudeiro.
Tarantino retorna em um filme que faz uma bela homenagem aos anos 60. Não é o melhor de sua carreira, mas conquista pelo cenário, fotografia, figurino, trilha sonora e, é claro, atuações de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Enquanto Leo brilha na pele de um ator em decadência, Brad nos diverte com seu dublê rebelde e de pavio curto.
Era uma vez em…Hollywood merece estar na lista porque consegue nos envolver do início ao fim e nos levar de volta àquela época, com todo o seu charme e encantos. Ah, e dá o troco na família Manson. (Assista ao trailer)
Recomendado para quem gosta de: Quentin Tarantino; Homenagem ao Cinema; Ver filmes sobre atores; dar gargalhadas de cenas extremamente violentas que se parar pra pensar não tem graça, mas você ri mesmo assim
#4- Meu Nome é Dolemite
(Dolemite is my Name, Craig Brewer, 2019) O protagonismo de Meu Nome é Dolemite caiu como uma luva para Eddie Murphy, que estava há três anos longe do Cinema. Ele parecia esperar por um papel adequado e o achou: o de Rudy Ray Moore, um sujeito comum que sonhava em ser artista. Tentando a vida como comediante, ele não passa de apresentador de uma banda. As coisas mudam quando, numa jogada bem discutível, ele paga umas biritas para um mendigo da região e anota todas as piadas que ouve. Dando uma apimentada no material, ele cria um personagem, Dolemite, e passa a fazer rimas cômicas.
Dolemite se veste como um cafetão, com direito a bengala, e viaja por vários clubes dos Estados Unidos com seu show para maiores. Logo, a atenção de pequenos grupos já não é mais suficiente, Rudy quer virar um astro do Cinema.
O diretor Craig Brewer tem experiência com dramas de personagens fortes, e normalmente traz questões raciais à discussão, como no ótimo Ritmo de Um Sonho (Hustle and Flow, 2005) e na série Empire. A parceria com Murphy deu tão certo que ele já comanda a sequência do quase clássico Um Príncipe em New York. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro) (Assista ao trailer)
Recomendado para quem gosta de: Eddie Murphy
#3- Os Bons Meninos
(Good Boys, Gene Stupnitsky, 2019) Três garotinhos prestes a se formar na escola e iniciar o ensino médio embarcam numa jornada bizarra que deixaria qualquer mãe consciente com as unhas arrepiadas. Tudo isso para conseguirem ir numa festinha e finalmente, quem sabe, conseguirem seu primeiro beijo ou até uma punheta. Sério.
Os Bons Meninos é deliciosamente subversivo e foi o filme que mais me fez rir em 2019. Não fosse a qualidade de Fora de Série e Parasita, ele estaria no topo dos filmes mais engraçados de 2019. Nunca vi uma história estrelada por crianças que fosse tão sem noção. É como se South Park ganhasse um live action. (Assista ao trailer)
Recomendado para quem gosta de: ALTAMENTE politicamente incorreto; crianças com caras de anjos, mas que são os capetas encarnados; boas gargalhadas
#2- Fora de Série
(Booksmart, Olivia Wilde, 2019) Na véspera da formatura, duas estudantes percebem que deveriam ter estudado menos e se divertido mais. Elas tomam a incrível decisão de compensar tudo que não viveram em anos em apenas uma noite, que promete ser inesquecível.
Olivia Wilde estreia na direção em um filme que, sem dúvidas, entrará para as listas de melhores produções adolescentes já feitas. Algo similar a longas como Superbad, Clube dos Cinco e Curtindo a Vida Adoidado.
O diferencial aqui é que temos um roteiro com duas mulheres protagonistas, em uma história sobre descobertas e medos, cheia de humor e quebras de estereótipos.
Além disso tudo, é um filme que abraça a diversidade e merece todos os pontos do mundo por não fazer isso de maneira forçada, mas simplesmente de maneira natural, como deveria ser. (Assista ao trailer)
Recomendado para quem gosta de: Filmes dirigidos por mulheres; Olivia Wilde; Versão feminina de Superbad
#1 Parasita
(Gisaengchung, Bong Joon-ho, 2019) A família de Ki-taek está desempregada e aos poucos todos os familiares conseguem emprego na casa dos ricos Parks, que não sabem que todos seus funcionários são parentes.
Bong Joon-ho coloca em pauta um tema que muitos não querem falar ou preferem ignorar: a desigualdade social. O sul-coreano construiu não apenas uma história sobre ricos e pobres, mas uma história sobre respeito, compaixão, dignidade e empatia.
Por meio de variados gêneros, o diretor nos faz sentir sensações extremas e intensas, as quais, juntas, agem como um baque quando os créditos começam a rolar. Merece o topo porque o mundo precisa de uma obra de arte como essa no contexto em que vivemos agora. Desesperadamente. (Dani Pacheco)
Recomendado para quem gosta de: Filmes sobre desigualdade social; Comédias de humor negro; jeitinho brasileiro de tirar vantagem dos outros; Filmes com grandes surpresas