OS HÁBITOS DAS PESSOAS MUDAM RAPIDAMENTE. Falar só de cinema se mostrou uma ideia ultrapassada e logo começamos a abordar literatura, séries, games, música, dentre outros temas. Todo dezembro é comum lançarmos uma série de listas super especiais para servir como guia para ajudar os leitores a descobrir coisas boas para assistirem… E em 2017, pela 1ª vez, vamos ter um guia exclusivo para a Netflix com várias dicas. Boa diversão!
Melhores séries e filmes de suspense na Netflix em 2017
1922
Com a nova produção original Netflix, Stephen King vê sua quinta obra sendo adaptada esse ano. E, felizmente, com um ótimo resultado. 1922 (2017) vai assombrar os pesadelos de muita gente, com seus inúmeros ratos surgindo não se sabe de onde. O longa segue pelo terror psicológico, pelos fantasmas que só um homem culpado vê. Mérito do diretor Zak Hilditch, que adaptou ele mesmo a história e soube aproveitar os pontos mais importantes, sem esticar nada. Nada mirabolante, daquele tipo que dá a falsa impressão de ter sido feito muito facilmente. Thomas Jane mais uma vez mostra ser um ator subaproveitado pela indústria. A mudança física, para um sujeito que já foi galã e (anti)herói de quadrinhos, é impressionante. Ele vive um perfeito fazendeiro de poucas posses, acostumado a muito trabalho naquele longínquo ano de 1922 e propenso a matar a esposa para ficar com as terras dela.(Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
Shimmer Lake
Sabemos que houve um assalto. Algo deu errado. O xerife não está muito feliz, principalmente por saber que o irmão está envolvido. Este fiapo de trama resume uma nova produção distribuída pela Netflix: Shimmer Lake (2017). E há um diferencial muito bem utilizado: a história é contada de trás para frente, dia a dia. Pode parecer mais do mesmo, que outros fizeram isso antes, mas o recurso causa de fato um efeito interessante, trazendo mais suspense sem enganar o espectador. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
Pequenos Delitos
Jaiminho Lannister, também conhecido como Nikolaj Coster-Waldau, estrela essa produção da Netflix. Ainda no elenco temos a sempre incrível Jackie Weaver (O Lado Bom da Vida).
A trama acompanha um ex-policial que caiu em desgraça com a corporação depois de se envolver num esquema de corrupção e cumprir seis anos de prisão por tentativa de assassinato. Quando volta para casa querendo ter a sua redenção, descobre que certas contas nunca deixam de ficar pendentes.
Mindhunter
A série inspirada no livro de John Douglas e Mark Olshaker e produzida por David Fincher e Charlize Theron mostra o trabalho diário de dois agentes do FBI na tentativa de desvendar os mistérios das mentes mais perversas encontradas nos Estados Unidos. Uma psicológica se junta a eles e a equipe começa a traçar perfis de assassinos em série.
Mas não se engane, Mindhunter não é recheada de grandes sequências de perseguição e tiroteios. O ritmo da série mostra um perfil de investigação que clama mais por esforço mental e dedicação na hora de juntar as peças de um quebra-cabeça. Além disso, tem o relato de como o trabalho dos agentes pode afetar outras pessoas e a eles mesmos, de maneira gradativa.
Quem se identifica como público de documentários sobre crimes bastante conhecidos vai perceber a inclusão de alguns personagens conhecidos pela pela polícia norte-americana. A primeira temporada apresenta muito bem os personagens e prepara o espectador para a sequência, que tem tudo para ser tão boa quanto o início da série. (Graciela Paciência)
The Sinner
Jessica Biel também surpreendeu em 2017 ao protagonizar a minissérie The Sinner. Na história, a mãe e esposa dedicada Cora surta em um passeio com a família na praia e esfaqueia um total estranho até a morte. Não há defesa: com diversas testemunhas e com a confissão de Cora, parece que a condenação é certa, mas o investigador Harry Ambrose (Bill Pullman) fica intrigado o suficiente para tentar entender melhor o caso e parte para uma investigação detalhada sobre o passado da criminosa.
Com passagens que explicam a relação familiar de Cora e o comportamento de outros personagens da trama, aos poucos, percebemos que ela não é a única “pecadora” da trama, mas que está envolvida em algo que nem ela mesma tinha conhecimento. Fica evidente a nossa capacidade de nos depreciarmos a partir de situações que nem mesmo é nossa culpa, mas por ações de outras pessoas que nos levam a crer que não merecemos perdão ou uma segunda chance.
A série concorre ao Globo de Ouro 2018 nas categorias Melhor atriz de minissérie ou filme feito para TV (Jessica Biel) e Melhor filme para TV ou série limitada. (Graciela Paciência)