51 Melhores Filmes de Vingança de Todos os Tempos (Incluindo Aquele com o Cachorro do John Wick e Uma Obra-Prima Coreana que Vai Destruir Sua Alma)

Vingança é um prato que o cinema serve em todas as temperaturas

Desde tragédias gregas até os tiroteios frenéticos de John Wick, vingança sempre foi uma força motriz poderosa nas histórias que amamos. É o combustível que transforma vítimas em lendas, mocinhos em monstros, e monstros em… bem, ainda piores.

Esse post é um verdadeiro dossiê de sangue, fúria e redenção: 51 filmes selecionados a dedo onde a vingança não é apenas o tema — é a alma. De clássicos do faroeste a thrillers psicológicos, de obras-primas coreanas a animações da Disney com trauma embutido, aqui a justiça nunca vem pelo caminho certo — mas vem.

Prepare-se para duelos, olhos por olhos, planos de décadas e explosões emocionais. Alguns filmes vão te fazer aplaudir. Outros vão te deixar em silêncio. Mas todos vão te lembrar de uma coisa:

Nada acerta tão fundo quanto uma boa história de revanche. Confira a lista completa com os 51 melhores filmes de vingança:

51. Duro de Matar 3 (Die Hard with a Vengeance, 1995) – Dir. John McTiernan

John McClane está de volta às ruas de Nova York, com ressaca, sem colete à prova de balas e obrigado a correr pela cidade desarmando bombas enquanto segue pistas de um terrorista sádico que o escolheu como alvo pessoal. A companhia inesperada de Zeus (Samuel L. Jackson) só apimenta essa maratona explosiva.

A vingança aqui é um quebra-cabeça jogado por Simon, irmão do vilão do primeiro filme, que transforma Manhattan num tabuleiro mortal. É pessoal, mas também é performático – como se o vilão quisesse que McClane sentisse cada gota do sangue derramado no passado.

McTiernan sabe como equilibrar adrenalina e inteligência. A estrutura de jogo e a química entre os protagonistas tornam o filme mais do que um simples tiroteio. Aqui, a vingança é o motor narrativo de um dos melhores filmes de ação dos anos 90 – mesmo que na lista geral, fique no fundão.


Melhores Filmes de Ação - Busca Implacavel

50. Busca Implacável (Taken, 2008) – Dir. Pierre Morel

Quando sua filha é sequestrada em Paris por traficantes de mulheres, o ex-agente da CIA Bryan Mills entra em modo “pai com habilidades especiais” e transforma a cidade luz em um campo minado de vingança e ossos quebrados.

A vingança aqui é instantânea, brutal e quase burocrática. Não há espaço para poesia – só para punhos, balas e ameaças pelo telefone. Mills não quer justiça. Ele quer reaver o que é seu, e se tiver que apagar meia Europa, tudo bem.

Taken virou referência no subgênero “pai monstro vingador”. A eficiência narrativa e a entrega de Liam Neeson fazem do filme um fast food delicioso da vingança – mesmo sem muita reflexão além do “não mexa com a filha do cara errado”.


melhores filmes de vingança - desejo de matar49. Desejo de Matar (Death Wish, 1974) – Dir. Michael Winner

Após ter sua esposa assassinada e a filha violentada, Paul Kersey, um arquiteto pacato, decide virar vigilante noturno nas ruas violentas de Nova York. Sem máscara, sem nome de herói, só um revólver e uma pilha de traumas.

A vingança aqui é silenciosa, constante e quase febril. Não é direcionada a um culpado específico, mas sim ao sistema todo – ou ao caos urbano que engoliu a vida do protagonista. Kersey vira um símbolo de “justiça pelas próprias mãos”, tão amado quanto controverso.

Death Wish não inventou o justiceiro urbano, mas o elevou à categoria de fenômeno. Com Charles Bronson gelado como pedra e uma Nova York em colapso moral, o filme acende o debate: até onde a dor pode justificar a barbárie?


48. Sleepers: A Vingança Adormecida (Sleepers, 1996) – Dir. Barry Levinson

Quatro garotos do subúrbio de Nova York têm suas vidas destruídas após uma tragédia os levar a um reformatório, onde são sistematicamente abusados. Anos depois, dois deles reencontram um dos agressores – e decidem que é hora do acerto de contas.

A vingança aqui é fria, meticulosa e coletiva. Não há gritos nem explosões – só olhares pesados, planos engenhosos e uma justiça que o sistema se recusou a oferecer. O ato final é mais sobre dignidade recuperada do que sobre violência gratuita.

Baseado em fatos (discutivelmente reais), Sleepers joga com emoções cruas e dilemas morais espinhosos. A justiça pelas sombras desafia o espectador: quando a lei falha, a vingança vira redenção?


47. Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (I Know What You Did Last Summer, 1997) – Dir. Jim Gillespie

Quatro adolescentes atropelam um homem e decidem esconder o corpo, selando um pacto de silêncio. Um ano depois, começam a receber mensagens ameaçadoras de alguém que claramente sabe o que eles fizeram… no verão passado.

A vingança aqui veste capa de terror slasher, com gancho na mão e sede de revelações. O assassino não quer apenas matar – ele quer lembrar, culpar, fazer cada um deles se contorcer de arrependimento antes do fim.

No auge do terror adolescente dos anos 90, o filme usa a vingança como motor para sustos e paranoias. Funciona mais como metáfora moral: os pecados do passado cobram o preço, e o boleto sempre chega.


promising young woman crítica

46. Bela Vingança (Promising Young Woman, 2020) – Dir. Emerald Fennell

Cassie é uma jovem marcada por uma tragédia ligada ao abuso sexual de sua melhor amiga. Fingindo estar vulnerável em bares, ela desmascara predadores sexuais enquanto segue um plano maior de retribuição calculada.

A vingança aqui é feminista, afiada como uma navalha e cheia de camadas. É sobre trauma, raiva contida, mas também sobre mostrar como a sociedade protege os monstros com sorrisos e gravatas.

Vencedor do Oscar de roteiro original, o filme é uma subversão feroz dos tropos de comédia romântica. Usa cor-de-rosa e maquiagem para mascarar um grito de revolta. A vingança de Cassie é o espelho que muitos evitam olhar.



45. Django Livre (Django Unchained, 2012) – Dir. Quentin Tarantino

No sul dos EUA pré-Guerra Civil, Django, um escravo libertado, parte em uma jornada para resgatar sua esposa das mãos de um fazendeiro sádico, com a ajuda de um caçador de recompensas excêntrico.

A vingança aqui é estilizada, explosiva e absolutamente merecida. É uma catarse racial embalada em tiroteios tarantinescos e diálogos afiados. Quando Django finalmente se ergue, a plateia vibra com a violência libertadora.

Tarantino transforma o western em manifesto e espetáculo. O filme reescreve a história à sua maneira – onde a vingança é poética, sangrenta e, acima de tudo, libertadora.


Melhores Filmes de Ação - V de Vingança

44. V de Vingança (V for Vendetta, 2005) – Dir. James McTeigue

Em um futuro distópico governado por um regime totalitário, surge V: um vigilante mascarado que inicia uma campanha de atos subversivos e terrorismo político para derrubar o sistema. No processo, transforma Evey (Natalie Portman) e inspira uma nação inteira.

A vingança aqui é revolucionária. V não quer apenas punir os responsáveis por sua tortura — ele quer incendiar o símbolo do poder corrupto. Sua vendetta é contra a opressão, a covardia e a ignorância coletiva. É pessoal, sim, mas principalmente simbólica.

Baseado na graphic novel de Alan Moore, o filme se tornou símbolo de resistência política (vide as máscaras usadas em protestos ao redor do mundo). Aqui, vingança é uma ideia – e ideias são à prova de balas.


cape fear poster
43. Cabo do Medo (Cape Fear, 1991) – Dir. Martin Scorsese

Max Cady, um ex-presidiário sádico, sai da prisão com sede de vingança contra seu antigo advogado, que supostamente o sabotou. Cady passa a aterrorizar a vida da família do advogado com uma paciência cruel e ameaça constante.

A vingança aqui é psicológica, sorridente e predatória. Cady não quer apenas revidar – ele quer desintegrar o inimigo aos poucos, destruindo sua paz, sua família e sua sanidade. E faz isso com um charme tão perturbador que incomoda profundamente.

Scorsese dirige com tensão crescente e De Niro está demoníaco. É um suspense que mastiga os nervos do espectador e transforma vingança em um espetáculo de degradação emocional.


filmes de vingança - a outra face42. A Outra Face (Face/Off, 1997) – Dir. John Woo

Um agente do FBI e um terrorista trocam literalmente de rosto em uma cirurgia maluca, e o jogo de gato e rato se transforma numa guerra de identidades invertidas. John Travolta e Nicolas Cage vivem um espetáculo de exagero estilizado.

A vingança aqui é dupla, espelhada e deliciosamente absurda. Ambos os personagens querem destruir a vida um do outro — pessoal e profissionalmente — vestindo a pele do inimigo. É Shakespeare com armas automáticas e tiroteios em câmera lenta.

John Woo entrega um dos melhores filmes de ação dos anos 90. É um épico operístico onde cada cena é um duelo entre ego e insanidade. A vingança, aqui, é puro balé explosivo.


melhores filmes de ação dos anos 2010 - o estrangeiro

41. O Estrangeiro (The Foreigner, 2017) – Dir. Martin Campbell

Quan, um imigrante chinês com um passado sombrio, perde sua filha em um atentado terrorista em Londres. Quando percebe que o governo britânico não está disposto a agir, ele parte para a ofensiva por conta própria.

A vingança de Quan é silenciosa e militarmente precisa. É o retorno de Jackie Chan em um papel dramático, controlado, onde o sofrimento pulsa em cada olhar. A dor do personagem é real, e a resposta é metódica, brutal e justa.

Escondido sob a aparência de um thriller político, O Estrangeiro é um filme de vingança raiz. Tem um Chan diferente, contido, mas letal. Mostra que, mesmo com a idade, alguns fantasmas não se esquecem – eles revidam.


vingança - dead man shoes40. Vingança Redentora (Dead Man’s Shoes, 2004) – Dir. Shane Meadows

Richard, um soldado britânico de volta à sua cidade natal, vai atrás do grupo de delinquentes que maltratou brutalmente seu irmão com deficiência intelectual. A vingança é pessoal, crua e sem redenção.

Aqui, não há glorificação. A vingança de Richard é suja, dolorosa e profundamente emocional. Não há justiça poética – só um rastro de sangue e um homem afundado em culpa e dor. É como ver um fantasma voltando para assombrar os vivos.

Shane Meadows constrói um filme pequeno, mas poderoso. É realista ao ponto de ser desconfortável. A vingança, nesse caso, vem com um gosto amargo de verdade: ela não cura – só perpetua o trauma.


39. Gladiador (Gladiator, 2000) – Dir. Ridley Scott

Maximus, um general traído pelo imperador, é reduzido a escravo e se torna gladiador. Em sua escalada de volta ao poder, seu único combustível é a vingança contra o usurpador que destruiu sua família.

A vingança aqui é clássica, grandiosa, quase mitológica. Maximus representa o homem justo que perde tudo e responde com honra, força e espada. É tragédia romana com gosto de blockbuster.

Ridley Scott criou um épico emocional que mescla ação e sentimento com maestria. Joaquin Phoenix brilha como o vilão odioso, e Russell Crowe virou lenda com a frase: “Are you not entertained?”. A resposta é: sim, muito.


poster o homem do norte38. O Homem do Norte (The Northman, 2022) – Dir. Robert Eggers

Amleth, príncipe viking, assiste ao assassinato de seu pai e jura vingança eterna. Anos depois, disfarçado como escravo, inicia sua jornada de sangue, fúria e destino numa Islândia mística e brutal.

A vingança aqui é ritualística, predestinada, quase religiosa. É o coração de uma narrativa arquetípica, inspirada em Shakespeare e mitologia nórdica. Amleth não escolhe vingar – ele foi criado para isso.

Robert Eggers entrega um épico visualmente alucinante, que mistura espiritualidade pagã com brutalidade visceral. A vingança é primitiva, mas estilizada – como se fosse uma lenda contada ao redor de uma fogueira há mil anos.


Os Melhores Filmes de Suspense - Estrada Para Perdição

37. Estrada para Perdição (Road to Perdition, 2002) – Dir. Sam Mendes

Nos anos 30, Michael Sullivan (Tom Hanks), um matador da máfia, embarca numa jornada de fuga e acerto de contas após seu filho presenciar um assassinato. Quando sua família é alvo de um ataque covarde, ele busca vingança, protegendo o que resta: seu filho.

A vingança aqui é melancólica, silenciosa e quase poética. Sullivan não grita, não se exalta – ele se move como uma sombra, impulsionado por uma tristeza tão grande quanto sua fúria. Cada morte parece pesar em sua alma.

Sam Mendes dirige um dos filmes mais belos do gênero, com fotografia de Conrad Hall que parece pintada à mão. Tom Hanks, em um raro papel sombrio, mostra que mesmo monstros podem ter amor e redenção no coração. É vingança com alma de pai e estética de pintura renascentista.


36. O Corvo (The Crow, 1994) – Dir. Alex Proyas

Eric Draven (Brandon Lee), músico brutalmente assassinado junto com sua noiva, retorna dos mortos com poderes sobrenaturais. Guiado por um corvo místico, ele parte em uma missão de vingança contra os criminosos responsáveis.

Aqui a vingança é literalmente do além. Eric é um anjo vingador gótico, embalado por trilha sonora de arrepiar e uma presença que mistura dor, poesia e fúria. Ele não mata só por justiça – ele limpa sua alma a cada confronto.

Além da tragédia real da morte de Brandon Lee nas filmagens, o filme ganhou status cult por seu estilo visual marcante e atmosfera sombria. Um conto de vingança que parece saído de uma graphic novel com tinta preta e lágrimas secas.


poster the nightingale35. The Nightingale (2018) – Dir. Jennifer Kent

Na Tasmânia do século XIX, Clare, uma jovem irlandesa condenada, tem sua família destruída por soldados britânicos. Ela se junta a um guia aborígene para atravessar florestas selvagens em busca de vingança.

A vingança aqui é dolorosa, violenta e essencial. Clare não busca apenas punir — ela precisa se reconstruir no processo. A jornada é visceral, sangrenta, mas também profundamente humana.

Jennifer Kent (de O Babadook) cria uma obra densa e corajosa. Não alivia a brutalidade, mas também não romantiza a vingança. The Nightingale é sobre resistência feminina e cicatrizes históricas, tudo isso envolto em uma fúria primitiva.


melhores filmes de suspense de 2014 - blue ruin

34. Ruína Azul (Blue Ruin, 2013) – Dir. Jeremy Saulnier

Dwight, um andarilho aparentemente inofensivo, retorna à sua cidade natal quando o assassino de seus pais é libertado. Sem experiência ou preparo, ele mergulha de cabeça num ciclo de violência amadora.

A vingança aqui é desajeitada, dolorosa e realista. Não há coreografias ou frases de efeito. Há hesitação, ferimentos mal curados e decisões erradas. A vingança de Dwight é crua e trágica — um reflexo do que aconteceria com “pessoas comuns” em filmes de ação.

Esse indie é uma pérola do cinema americano moderno. Com orçamento baixíssimo, entrega tensão de roer os dentes e uma atuação central hipnotizante. É como ver um coelho se transformar em lobo, mas tropeçando nos próprios pés.


33. Gangues de Nova York (Gangs of New York, 2002) – Dir. Martin Scorsese

No coração violento da Nova York do século XIX, Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) retorna ao bairro onde seu pai foi morto, infiltrando-se no círculo do assassino para planejar sua vingança.

A vingança aqui é pessoal e política. É o fio que costura uma tapeçaria de sangue, corrupção, lealdade e identidade americana em formação. Amsterdam não quer apenas matar Bill the Butcher — ele quer restaurar a honra de seu pai e de sua comunidade.

Scorsese constrói um épico sujo, denso e visualmente impactante. Daniel Day-Lewis como Bill é uma força da natureza. A vingança aqui não é só pessoal – é uma metáfora para a fundação brutal dos EUA. História com faca na mão.


poster hamlet32. Hamlet (1996) – Dir. Kenneth Branagh

O príncipe Hamlet retorna à Dinamarca e descobre que seu pai foi assassinado por seu tio, que agora ocupa o trono e a cama da rainha. A partir disso, mergulha numa espiral de dúvida, loucura e vingança.

A vingança aqui é clássica, cerebral e retorcida. Hamlet adia, reflete, encena — até que tudo explode em tragédia. É uma das mais famosas histórias de vingança da literatura e, com Branagh, ganha vida em toda sua grandiosidade shakespeariana.

Com visual operático e elenco estelar, essa adaptação entrega Shakespeare como blockbuster. A vingança é o motor da tragédia e, no final, ninguém sai ileso. Nem o vingador.


melhores filmes de ação de 2010 a 2019 - revenge31. Vingança (Revenge, 2017) – Dir. Coralie Fargeat

Três homens levam uma jovem para um retiro no deserto, onde um abuso horrível ocorre. Achando que a deixaram morta, eles seguem em frente — até que ela se ergue, literalmente empalada, e começa sua caçada de vingança.

A vingança aqui é selvagem, sanguinária e estilizada. É a ascensão de uma Fênix nua, ferida e faminta por justiça. A protagonista vira uma deusa da guerra num banho de sangue estético que faz Tarantino parecer um monge zen.

Vingança subverte o subgênero do “rape and revenge” com um olhar feminino e um controle visual impressionante. É hiperestilizado, violento, mas nunca gratuito. A vingança, aqui, é libertação e afirmação.


30. Tempo de Matar (A Time to Kill, 1996) – Dir. Joel Schumacher

No sul dos EUA, após o brutal estupro de sua filha de 10 anos, Carl Lee Hailey (Samuel L. Jackson) mata os agressores brancos e é preso. Um jovem advogado (Matthew McConaughey) tenta defendê-lo em meio ao calor racial fervente de uma cidade dividida.

A vingança aqui é imediata, compreensível e moralmente cinzenta. Carl Lee sabe que a justiça do sistema não virá – então age com o que tem. Mas o filme levanta a pergunta: até onde o sentimento de vingança pode coexistir com os princípios da justiça?

Baseado no livro de John Grisham, o filme é um drama judicial com coração pulsante e dilemas éticos de tirar o fôlego. Samuel L. Jackson entrega uma de suas falas mais emblemáticas – “E se fosse a sua filha?”. A vingança aqui é uma bomba colocada bem no centro do tribunal.


29. Irreversível (Irreversible, 2002) – Dir. Gaspar Noé

Contado de trás pra frente, o filme acompanha a busca desesperada de dois homens por vingança após o brutal estupro da namorada de um deles. A narrativa em reverso nos leva do clímax violento até a origem da dor.

A vingança aqui é devastadora, mas sem glória. O espectador assiste à violência antes de entender o porquê – e quando chega ao “início”, já está emocionalmente destruído. O filme mostra como a vingança não repara nada, só perpetua a tragédia.

Gaspar Noé entrega um dos filmes mais duros da história do cinema. É cruel, incômodo e emocionalmente insuportável. Mas necessário. A vingança é só o estopim de algo maior: a desconstrução do tempo, da moral e da nossa capacidade de suportar a verdade.


28. O Rei Leão (The Lion King, 1994) – Dir. Roger Allers & Rob Minkoff

Depois de ver seu pai ser assassinado por seu tio traidor, o jovem leão Simba foge de seu reino. Anos depois, ele retorna para confrontar seu passado e retomar seu lugar de direito.

Sim, é uma fábula com animais que cantam, mas a vingança aqui é clássica, arquetípica – digna de Shakespeare (literalmente, já que o roteiro é inspirado em Hamlet). Simba não apenas quer justiça, ele precisa se tornar digno de vingá-la.

Com trilha sonora icônica, visual inesquecível e uma carga emocional pesada, O Rei Leão mostra que a vingança também pode ser familiar, heróica e envolta em canções. A versão Disney da fúria ancestral.


27. Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009) – Dir. Quentin Tarantino

Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados judeus americanos e uma sobrevivente do massacre nazista convergem para um plano que visa acabar com o Terceiro Reich – com fogo, cinema e escárnio.

A vingança aqui é uma fantasia histórica deliciosa. Tarantino reescreve a história com pólvora e rolos de filme, dando aos oprimidos o controle da narrativa – e do gatilho. É a catarse máxima do “e se?” contra o mal absoluto.

É um filme sobre o poder da narrativa como arma. O clímax no cinema é tão simbólico quanto explosivo. Bastardos prova que a vingança, quando bem dirigida, pode até reescrever a História – nem que seja só na tela.


26. Munique (Munich, 2005) – Dir. Steven Spielberg

Após o atentado terrorista nas Olimpíadas de Munique de 1972, agentes israelenses são enviados para caçar e matar os responsáveis. Liderados por Avner (Eric Bana), eles embarcam numa missão que vai corroer suas almas.

A vingança aqui é política, institucional, mas profundamente pessoal. O dilema moral consome cada personagem: o que você perde ao se tornar aquilo que você odeia? Avner descobre que cada morte leva a mais perguntas do que a respostas.

Spielberg evita glamourizar o ato. É tenso, sujo e ambíguo. Munique é sobre a espiral interminável da retaliação e a corrosão do espírito. A vingança aqui é um fardo – e seu peso se sente em cada silêncio.


25. A Fonte da Donzela (Jungfrukällan, 1960) – Dir. Ingmar Bergman

Na Suécia medieval, uma jovem é brutalmente estuprada e assassinada por três pastores. Sem saber, os assassinos pedem abrigo na casa dos pais da vítima. O pai, ao descobrir a verdade, realiza sua vingança de forma metódica e silenciosa.

A vingança aqui é fria como uma nevasca nórdica. Não há grito, não há fúria: só a dor surda de um pai devastado que transforma seu luto em sangue. É a representação mais pura do dilema entre fé, justiça e brutalidade.

Bergman filma a violência com um peso moral insuportável. A história é simples, mas a angústia é eterna. O filme questiona se a vingança aproxima o homem de Deus ou o empurra ainda mais para o abismo.


Os Melhores Filmes de Suspense - O Grande Truque24. O Grande Truque (The Prestige, 2006) – Dir. Christopher Nolan

Dois mágicos rivais no século XIX disputam não só a atenção do público, mas o domínio de um truque impossível. A obsessão se transforma em um jogo letal de sabotagem, mentiras e… vingança.

A vingança aqui é cerebral, enigmática, e escondida dentro de ilusão. Cada passo que um dá, o outro revida. Cada mágica, cada desaparecimento, esconde um desejo de humilhação mútua. É um duelo intelectual com final de cair o queixo.

Nolan entrega um thriller engenhoso onde a vingança não é só combustível: é o próprio truque. Um filme que mostra o custo de estar disposto a sacrificar tudo – absolutamente tudo – só para vencer o outro.


23. O Regresso (The Revenant, 2015) – Dir. Alejandro G. Iñárritu

Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), caçador de peles no século XIX, é deixado para morrer após ser atacado por um urso e traído por seus companheiros. Ferido, congelando e cheio de raiva, ele rasteja literalmente pela vingança.

A vingança aqui é uma travessia. É física, espiritual, visceral. Glass não sobrevive por força – ele sobrevive por ódio. Cada passo na neve é um lembrete de que alguém precisa pagar. E ele vai pagar.

Com fotografia hipnotizante de Emmanuel Lubezki, O Regresso é um espetáculo sensorial. A vingança é o fogo que mantém Glass vivo. E quando chega, não é só merecida – é catártica, quase transcendental.


Melhores Filmes de Ação dos anos 2000 - KiILL BILL22. Kill Bill (Vol. 1 & 2, 2003–2004) – Dir. Quentin Tarantino

A Noiva (Uma Thurman) acorda de um coma após ser baleada no dia do seu casamento. Traída por seus antigos colegas assassinos, ela inicia uma jornada sangrenta de vingança, marcada por espadas, olhos arrancados e listas a riscar.

A vingança aqui é meticulosa, teatral e incrivelmente satisfatória. Tarantino homenageia cada estilo – do kung fu aos westerns spaghetti – para criar um épico pessoal. Cada adversário derrotado é um pedaço da alma da Noiva recuperado.

Mais que um filme de ação, Kill Bill é uma ópera sobre sobrevivência e redenção. A violência estilizada contrasta com a dor real da personagem. No fim, a vingança não destrói – ela liberta.


vingança - chamas da vingança21. Chamas da Vingança (Man on Fire, 2004) – Dir. Tony Scott

John Creasy (Denzel Washington), ex-agente da CIA destruído por seu passado, é contratado como segurança de uma menina no México. Quando ela é sequestrada, o homem quebrado acorda — e o mundo criminoso entra em combustão.

A vingança aqui é emocional, explosiva e total. Creasy não quer apenas matar — ele quer eliminar o mal com requintes de tortura e justiça poética. Cada passo dele é movido por um amor que ele achava não ser mais capaz de sentir.

Tony Scott filma como se estivesse em transe, com cortes rápidos, estética saturada e uma trilha que pulsa com o coração de Creasy. A performance de Denzel é uma das mais intensas da carreira. A vingança aqui é redenção através do inferno — e ninguém sai ileso.


20. Sicario: Terra de Ninguém (Sicario, 2015) – Dir. Denis Villeneuve

Kate Macer (Emily Blunt), uma agente do FBI, é recrutada para uma operação secreta contra cartéis mexicanos. Mas, ao entrar nesse jogo, ela percebe que as regras da moralidade foram deixadas do outro lado da fronteira. E o verdadeiro protagonista, Alejandro (Benicio Del Toro), joga com regras próprias.

A vingança aqui é silenciosa, fria e meticulosa. Alejandro não grita, não faz discursos. Ele entra, faz o que precisa e sai, deixando corpos e silêncios. Sua dor é pessoal, mas ele a executa como se fosse apenas mais uma missão.

Villeneuve e o roteirista Taylor Sheridan constroem um thriller sufocante, com tensão constante e dilemas éticos sufocantes. A vingança em Sicario é como o próprio personagem de Del Toro: elegante por fora, mas absolutamente letal por dentro. Uma bala no escuro.


menina ma poster19. Menina Má.com (Hard Candy, 2005) – Dir. David Slade

Hayley é uma adolescente aparentemente indefesa que encontra um homem mais velho em um chat online. Mas quando eles se encontram, ela vira o jogo — e o caçador vira caça. O que segue é uma montanha-russa psicológica claustrofóbica e incômoda.

A vingança aqui é cerebral, sádica e muito bem planejada. Hayley não quer só punir. Ela quer que o alvo sinta, entenda e sofra — como forma de justiça por outras vozes silenciadas. A tortura tem método, tem causa, tem propósito.

O filme é quase teatral, com apenas dois personagens e um roteiro afiado como bisturi. Elliot Page entrega uma performance assustadora de tão boa. É vingança com inteligência cirúrgica — e com gosto de justiceira moderna.


18. O Pagamento Final (Carlito’s Way, 1993) – Dir. Brian De Palma

Carlito Brigante, ex-traficante porto-riquenho, tenta reconstruir sua vida longe do crime após sair da prisão. Mas o passado tem garras afiadas, e antigos aliados puxam o protagonista de volta para o submundo de onde tenta escapar.

A vingança aqui é um fantasma — algo que ronda o filme mais do que explode. Carlito não busca vingança… mas ela o encontra. E quando vem, é como uma bala que já estava no tambor desde o início.

Brian De Palma cria um filme melancólico, com um Al Pacino em sua melhor forma e uma trilha sonora hipnótica. É uma história sobre tentar fugir da violência num mundo onde a vingança é regra, não exceção.


17. O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) – Dir. Francis Ford Coppola

Michael Corleone, filho de um dos maiores chefes da máfia, é puxado para dentro do submundo criminoso após um atentado contra seu pai. O que começa como defesa da família se transforma numa escalada sombria de poder e vingança.

A vingança aqui é glacial, controlada, quase política. Michael não explode – ele calcula. Quando age, é preciso, impiedoso e definitivo. É a vingança do novo contra o velho, do sangue contra o sistema.

O Poderoso Chefão é um dos maiores filmes já feitos, e a vingança é o coração oculto de sua narrativa. Não é apenas sobre justiça pessoal – é sobre transformar o trauma em legado. Um legado de medo, respeito e silêncio.


poster os imperdoaveis16. Os Imperdoáveis (Unforgiven, 1992) – Dir. Clint Eastwood

William Munny, um pistoleiro aposentado e envelhecido, é contratado para uma última missão: vingar uma prostituta desfigurada por cowboys impunes. Relutante, ele volta a empunhar armas num faroeste onde todos os heróis estão mortos por dentro.

A vingança aqui é amarga, suja e desprovida de glória. Munny não quer matar — mas sabe fazer isso melhor do que qualquer um. Quando finalmente abraça o monstro dentro de si, o espectador sente mais pena do que alívio.

Eastwood desconstrói o mito do faroeste com maestria. É uma meditação sobre envelhecimento, culpa e o preço da violência. A vingança é só o gatilho para uma reflexão sobre o que acontece com os homens quando o sangue esfria.


Melhores Filmes de Suspense 2000 - Lady Vingança15. Lady Vingança (Chinjeolhan geumjassi, 2005) – Dir. Park Chan-wook

Após 13 anos presa por um crime que não cometeu, Geum-ja sai da prisão com um plano: se vingar do verdadeiro culpado. Mas sua vingança não é apenas pessoal — ela envolve outros pais e mães, igualmente destroçados.

A vingança aqui é meticulosa, dolorosa e profundamente simbólica. Geum-ja é uma mulher moldada pela dor, mas que transforma a vingança em um ritual quase coletivo. É uma justiça estética, emocional e catártica.

Park Chan-wook fecha sua Trilogia da Vingança com um filme que mistura poesia, sangue e redenção. Visualmente deslumbrante, o longa transforma a vingança em um ato de comunhão entre vítimas. Um dos finais mais poderosos do cinema moderno.


14. Carrie, a Estranha (Carrie, 1976) – Dir. Brian De Palma

Carrie White é uma adolescente tímida e reprimida pela mãe fanática religiosa. Alvo constante de bullying na escola, tudo culmina num baile de formatura inesquecível — para ela e para quem tiver a infelicidade de estar presente.

A vingança aqui é explosiva, sangrenta e quase bíblica. Quando Carrie finalmente rompe suas correntes emocionais, sua raiva toma forma literal — e ninguém escapa. É uma tempestade de fúria reprimida que o mundo se recusou a enxergar.

Brian De Palma mistura horror, tensão e tragédia em um filme que virou referência. A vingança de Carrie é como um grito primal de todas as meninas humilhadas que a sociedade prefere ignorar. E, quando chega, é tarde demais.


13. Animais Noturnos (Nocturnal Animals, 2016) – Dir. Tom Ford

Susan, uma curadora de arte sofisticada, recebe o manuscrito de um romance escrito por seu ex-marido. À medida que lê, ela mergulha numa história violenta e emocional que parece espelhar a dor de seu relacionamento fracassado — e percebe que talvez o livro seja, na verdade, uma vingança.

A vingança aqui não é feita com armas, mas com palavras. É um ajuste de contas emocional, artístico e simbólico. O livro dentro do filme é uma metáfora poderosa de abandono, perda e ressentimento que sangra em cada página.

Tom Ford, estilista e cineasta, cria um thriller visualmente hipnotizante e psicologicamente devastador. Animais Noturnos é sobre como a dor pode ser transformada em arte — e como a arte pode ser usada como faca de dois gumes.


12. Coração Valente (Braveheart, 1995) – Dir. Mel Gibson

William Wallace, guerreiro escocês, inicia uma rebelião contra o domínio inglês após sua esposa ser brutalmente assassinada. Com o rosto pintado de azul e gritando por liberdade, ele vira lenda viva.

A vingança aqui é o estopim da revolução. A dor de Wallace é pessoal, mas ele transforma seu luto em guerra. E sua fúria contagia uma nação inteira que já estava pronta para romper as correntes.

Mel Gibson entrega um épico emocional e brutal, com batalhas sangrentas e discursos de arrepiar. A vingança de Wallace não é apenas contra um homem — é contra um império. E mesmo morto, ele deixa um legado de insubmissão.


11. O Profissional (Léon: The Professional, 1994) – Dir. Luc Besson

Léon, um assassino solitário, vê sua vida mudar ao acolher Mathilda, uma garota de 12 anos cuja família foi assassinada por um policial corrupto. Entre aulas de assassinato e plantações regadas com carinho, nasce uma improvável relação — e uma busca por vingança.

A vingança aqui é tutelada, emocional e cheia de camadas. Mathilda quer justiça. Léon quer paz. Juntos, eles encontram no outro uma razão para agir — e para sentir. A fúria de Mathilda é juvenil, impulsiva; a de Léon, profissional e silenciosa.

Com direção estilosa e atuação memorável de Jean Reno e Natalie Portman respectivamente, o filme é um conto de fadas sombrio e violento. A vingança é só o começo — o que fica é o afeto improvável que floresce entre a bala e a ternura.


poster bravura indomita10. Bravura Indômita (True Grit, 2010) – Dir. Joel & Ethan Coen

Mattie Ross, uma garota de 14 anos, contrata o velho e ranzinza caçador Reuben “Rooster” Cogburn para caçar o homem que matou seu pai. O que começa como uma missão de justiça vira uma jornada de amadurecimento e choque de valores.

A vingança aqui tem sotaque sulista e botas sujas de lama. Mattie não quer esquecer. Ela quer acertar contas, mesmo que o mundo diga que não vale a pena. A determinação dela é mais afiada que qualquer rifle.

Os irmãos Coen transformam o faroeste clássico em algo profundamente humano e melancólico. Jeff Bridges está gigante no papel do bêbado valente. A vingança aqui é uma bússola emocional — não leva para a paz, mas revela o caminho.


critica de volta ao jogo9. De Volta ao Jogo (John Wick, 2014) – Dir. Chad Stahelski

John Wick, assassino aposentado, perde sua esposa. Dias depois, um mafioso mimado mata seu cachorro — o último presente dela. E então… ele volta ao jogo. A matança começa, e o submundo do crime treme.

A vingança aqui é quase mística. John não é um homem comum — ele é uma lenda. Matar seu cachorro foi como acordar um deus da guerra adormecido. Cada tiro é um lamento — e um recado: você mexeu com a lembrança errada.

Mais que um filme de ação, John Wick reinventou o gênero com coreografias de luta milimetricamente insanas e um universo próprio. A vingança, aqui, não é apenas brutal — é estilosa, mitológica e, acima de tudo, pessoal.


poster rastros de odio8. Rastros de Ódio (The Searchers, 1956) – Dir. John Ford

Ethan Edwards (John Wayne), um veterano da Guerra Civil, retorna ao lar e descobre que sua sobrinha foi sequestrada por uma tribo Comanche. O que segue é uma busca de anos — uma obsessão que o consome por dentro.

A vingança aqui é ambígua, racista, amarga e cheia de camadas. Ethan não quer só resgatar — ele quer punir, com ódio e desprezo. Mas a fronteira entre justiça e preconceito vai se diluindo, e o herói se revela mais sombrio do que se imaginava.

Rastros de Ódio é o western que mudou tudo. John Ford e John Wayne criam um personagem complexo, torturado, que é tanto salvador quanto monstro. A vingança vira espelho — e o reflexo nem sempre é bonito.


7. Eu Vi o Diabo (Angmareul boatda, 2010) – Dir. Kim Jee-woon

Um agente secreto caça o psicopata que assassinou sua noiva. Mas, ao invés de matá-lo, ele o captura e o solta diversas vezes… só para continuar o jogo. Um ciclo de dor, humilhação e retribuição começa.

A vingança aqui é cruel, doentia e infernal. O mocinho se transforma em monstro, e o monstro vira vítima. Não há redenção — só dor multiplicada. É um filme onde até o justiceiro perde a alma.

Com direção estilizada e um clima sufocante, o cinema coreano mostra que sabe brincar com moralidade como ninguém. Eu Vi o Diabo é um mergulho no abismo, onde a vingança é tão destrutiva quanto o crime original.


6. Os Suspeitos (Prisoners, 2013) – Dir. Denis Villeneuve

Duas meninas desaparecem, e quando a polícia solta o principal suspeito por falta de provas, um dos pais decide fazer justiça com as próprias mãos. O que se segue é um thriller psicológico tenso, sombrio e moralmente cinzento.

A vingança aqui é humana, impulsiva e desesperada. O protagonista não tem um plano — só tem dor. E essa dor o empurra para atos que testam sua própria alma e a dos que o cercam. Vingança como desespero em estado bruto.

Villeneuve conduz com maestria um filme que prende o espectador pela garganta. Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal entregam atuações intensas. Um lembrete poderoso de que, às vezes, os monstros usam a máscara da dor.


5. O Conde de Monte Cristo (The Count of Monte Cristo, 2002/2024) – Dir. Kevin Reynolds/Alexandre de La Patellière, Matthieu Delaporte

Edmond Dantès é traído, preso injustamente e passa anos em uma prisão infernal. Ao escapar, descobre um tesouro e retorna à sociedade como o enigmático Conde de Monte Cristo — pronto para desmantelar todos os que o destruíram.

A vingança aqui é requintada, estratégica, quase matemática. Dantès não quer apenas punir — ele quer que cada traidor sofra exatamente como ele sofreu. Cada ato de justiça é uma lição cuidadosamente desenhada.

Baseado no romance de Alexandre Dumas, o filme é um clássico do “plano perfeito”. É vingança com luvas de seda e punhal nas costas. Deliciosamente satisfatório e cheio de viradas emocionantes.


4. Era Uma Vez no Oeste (Once Upon a Time in the West, 1968) – Dir. Sergio Leone

Um estranho de poucas palavras (Charles Bronson) chega ao oeste em busca de vingança. Seu alvo? Um matador de aluguel (Henry Fonda) cruel e impiedoso. Mas como em toda ópera western de Leone, há mais por trás de cada olhar.

A vingança aqui é escrita no tempo, nas pausas, nos olhares. Bronson carrega a morte como quem carrega uma promessa antiga. Quando finalmente descobrimos o motivo de sua fúria, tudo faz sentido — e explode.

Leone cria uma sinfonia do silêncio e da espera. Ennio Morricone faz a trilha soar como o coração da vingança batendo devagar. É a mais bela e elegante execução de justiça do Velho Oeste.


3. A Pele que Habito (La Piel que Habito, 2011) – Dir. Pedro Almodóvar

Um cirurgião plástico brilhante e perturbado (Antonio Banderas) mantém uma pessoa em cativeiro para realizar experimentos com uma nova pele artificial. Mas por trás da obsessão científica esconde-se um plano complexo e sombrio de vingança.

A vingança aqui é tecida como uma cirurgia: minuciosa, perversa e impiedosa. Almodóvar inverte todas as expectativas — o que começa como um thriller científico se transforma num drama de vingança transgressora, onde identidade, gênero e trauma se entrelaçam.

Com sua estética impecável e narrativa enigmática, o filme é um dos mais ousados da carreira de Almodóvar. A vingança não é só física — é existencial. Um jogo de poder e reconstrução tão chocante quanto inesquecível.


melhores filmes dos anos 2010

2. Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, 2014) – Dir. Damián Szifron

Seis histórias independentes que têm em comum um tema: a vingança. De traições amorosas a brigas de trânsito, cada segmento mostra o ser humano se descontrolando e cruzando o limite da civilidade.

A vingança aqui é cotidiana, absurda e deliciosamente humana. Não é sobre grandes injustiças — é sobre perder a paciência, deixar o sangue ferver e explodir de forma cômica, trágica ou as duas ao mesmo tempo.

Relatos Selvagens é uma antologia brilhante que mistura humor negro com crítica social. É como ver o mundo moderno sob um microscópio emocional. A vingança, aqui, é o tempero da insanidade contemporânea. E é impossível não se identificar.


Melhores filmes de suspense - Oldboy

1. Oldboy (Oldeuboi, 2003) – Dir. Park Chan-wook

Oh Dae-su é sequestrado e mantido em cativeiro por 15 anos sem saber o motivo. Quando finalmente é libertado, recebe um telefone… e um desafio. A busca por vingança o leva por um caminho de revelações inimagináveis.

A vingança aqui é uma ópera grega com sangue coreano. O que começa como um filme de ação se transforma num conto moral devastador, onde ninguém sai vitorioso — só despedaçado. O golpe final é uma das viradas mais impactantes da história do cinema.

Park Chan-wook cria uma obra-prima de intensidade visual, narrativa labiríntica e emoção pura. Oldboy não só lidera essa lista — ele reina absoluto como o mais poderoso estudo sobre vingança do século XXI.