Existem filmes que conseguem transcender gerações e influenciar as produções realizadas a posteriori. Obras que ficaram na memória, vistas e revistas diversas vezes e assim continuarão a ser, durante décadas. É o caso de Star Wars, de 1977, por exemplo, ou de O Poderoso Chefão, de 1972.
Durante o ano de 1985, no entanto, aconteceu um fenômeno difícil de ser explicado. Diversos títulos foram produzidos e lançados num curto espaço de tempo, e se tornaram clássicos ou cults, sem que ninguém consiga explicar racionalmente o porquê. Uma conjunção astral? Um surto de criatividade coletivo? Como explicar?
A quantidade de filmes icônicos é espantosa… Todos os anos, mais de 5 mil longas são lançados em todo o planeta. 3 ou 4 conseguem uma vida longa, que os garantam na prateleira dos favoritos e sirvam de dica em algum site sobre filmes que devam ser vistos, muito tempo depois.
Como explicar: De volta para o Futuro, Os Goonies, Clube dos Cinco, A Hora do Espanto, Procura-se Susan Desesperadamente, Cocoon, A Testemunha, O Feitiço de Áquila, A Cor Púrpura, O Beijo da Mulher Aranha, O Sol da Meia Noite, Mulher Nota 1000, A Coisa, A Lenda; só pra citar os mais importantes?
E ainda tem mais, estes acima são apenas os que quase todo mundo já viu – mais de uma vez, na maioria dos casos – e se tornaram referências pop de uma década. São mencionados em outros filmes, retrataram sua época e agora são eternos.
Mil hipóteses vão surgir sobre o real motivo disto ter acontecido, talvez uma mudança da mentalidade dos produtores da época, que queriam refletir com maior fidedignidade o pensamento da juventude daquele ano (de olho no lucro, é claro), ou uma guinada movida pela entrada de vários profissionais com um olhar diferenciado.
Ao observar os nomes dos envolvidos, surge a mão de Steven Spielberg – os anos 80 foram a consolidação de seu poder junto a indústria – e também de John Hughes, no entanto. Nunca haverá uma resposta precisa, só resta a todos, aproveitarem a sorte de poder desfrutar para sempre estas obras.