10 Musicais Modernos a que Você Precisa Assistir

Se você acha que não se fazem mais musicais como antigamente, talvez seja a hora de repensar sobre o assunto. Não é de hoje que o gênero divide opiniões. Ao mesmo tempo em que existem muitas pessoas dispostas a odiar ouvir atores famosos tentando se aventurar com o canto (tendo sucesso ou não), é cada vez maior o número de interessados em se aprofundar no mundo dos musicais.

Para aproveitar a grande estreia de Os Miseráveis, de Tom Hooper, nossa querida Larissa Padron, uma verdadeira fã do gênero, preparou um especial com os musicais mais interessantes lançados nos últimos 13 anos, começando com o melancólico Dançando no Escuro, passando por Across the Universe2 Filhos de Francisco e Rock of Ages.

Divirtam-se.

Dançando no Escuro

(Dancer in the Dark, Dinamarca, 2000),

de Lars Von Trier – Mesmo que ainda não significasse uma grande retomada para o gênero, não podia faltar na lista um dos musicais mais originais das últimas décadas. Mais diferente do que ele, só o vestido com o qual a protagonista Bjork foi à cerimônia do Oscar daquele ano. A ousadia do longa está desde a ironia de utilizar referências a musicais clássicos, como A Noviça Rebelde, para fazer uma ferrenha crítica ao sistema capitalista, a jogar por terra a ideia que você tinha de que musicais sempre são felizes ao contar uma das histórias mais deprimentes (e ainda assim linda) que você já viu.

Moulin Rouge! Amor em Vermelho

 (Moulin Rouge!, Estados Unidos/Austrália, 2001),

de Baz Luhrmann – Chame Baz Luhrmann de exagerado, histérico, brega, do que você quiser, mas o fato é que devemos a ele o feito de trazer glamour de volta aos musicais. Em uma época na qual este era considerado um gênero morto e com uma estrutura muito bem delimitada, ele mudou o jogo, investindo e se arriscando ao realizar uma superprodução que misturava fantasia e muitos efeitos visuais em uma clássica história de amor, além da repaginada em músicas comuns do nosso repertório, de “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, a “Your Song”, de Elton John.

Chicago

 (Chicago, Estados Unidos, 2002),

de Rob Marshall – Logo após Moulin Rouge! conseguir chamar a atenção para os musicais novamente, outra superprodução aproveitou a onda e iniciou uma nova: a adaptação de famosas peças da Broadway para as telonas (ok, isso não era muito inédito). Contando a história de duas moças que fazem de tudo para manter a fama (até na cadeia), Chicago traz belos números musicais, daqueles que deixam as canções na sua cabeça por semana, e ainda pode ser considerado o melhor filme de Rob Marshall (desconsidere que para ele até dirigir carrinho de supermercado é complicado). O resultado do investimento? Seis Oscars, incluindo o de Melhor Filme.

2 Filhos de Francisco

 (Brasil, 2005),

de Breno Silveira – Quem diria que um longa-metragem sobre uma dupla sertaneja, que despertou tanto preconceito em muitos críticos (em mim, inclusive), seria o representante brasileiro desta lista? E não apenas por falta de opções, mas por ser legitimamente um belíssimo filme. Ok, o longa está mais para uma biografia de músicos do que para um musical, mas Silveira conseguiu realizar um trabalho coeso ao narrar a história da dupla Zezé de Camargo e Luciano e encaixar as suas músicas de uma maneira muito sensível. Como reconhecimento, a produção foi responsável pela maior bilheteria daquele ano no Brasil e ainda é uma das maiores dos últimos dez anos.

Apenas Uma Vez

 (Once, Irlanda, 2006),

de John Carney – O oposto das superproduções anteriores, esta produção independente irlandesa chamou a atenção justamente por sua simplicidade. Narrando a história de dois músicos de rua, o filme acompanha desde o momento que estes se conhecem até desenvolverem uma forte amizade, fugindo do romance convencional dos musicais, tudo isso intercalado por lindas canções folks originais. Once despertou a simpatia de ninguém menos do que Bob Dylan, que convidou os protagonistas para acompanhar sua nova turnê, além de ganhar uma versão nos palcos de Nova York.

Across The Universe

(Across The Universe, Estados Unidos/Reino Unido, 2007),

de Julie Taymor – Pense em uma banda que foi um fenômeno global e que passou por todos os estilos musicais e temas de canções possíveis. Se você não é o Tullio Dias, você provavelmente pensou nos Beatles. Então não é nenhuma surpresa que alguém tenha tido a ideia de utilizar apenas as músicas da banda para acompanhar um grupo de jovens revolucionários da década de 60, no meio do turbilhão da guerra do Vietnã. O roteiro não ficou lá essas coisas, mas com as lindas novas versões (algumas até melhores que a originais, e olha que isso é difícil) na voz do elenco afinado, quem se importa?

Encantada

(Enchanted, Estados Unidos, 2007),

de Kevin Lima – A capa pode enganar, mas Encantada não é apenas um filme infantil de conto de fadas bonitinho. Um filme que funciona tanto para as crianças, simplesmente por ser muito gracioso, e para os adultos, pela sátira que faz dos contos de fadas convencionais, o filme mistura live action e desenho animado, com as típicas canções que costumávamos ver nos clássicos da Disney. Ele ainda tem o grande mérito de tornar famosa uma das grandes atrizes revelações da década: Amy Adams.

Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet 

(Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, Estados Unidos/Reino Unido, 2008),

de Tim Burton – Outro filme baseado em um musical da Broadway, com uma história gótica e bem mórbida: um barbeiro que mata seus clientes e fornece seu corpo para que uma senhora faça torta com eles. É óbvio que essa adaptação foi dirigida por Tim Burton e estrelada pelos sempre esquisitos Johnny Depp e Helena Bonham Carter. Daqueles musicais que até o mesmo “bom dia” é cantado, este pode ser considerado o último bom filme de Burton.

Os Muppets

(The Muppets, Estados Unidos, 2011),

de James Bobin – Quem foi criança na década de 80 e não gosta de Muppets, boa pessoa não é. Depois de 12 anos longe das telonas, o ator e roteirista Jason Segel, e novamente Amy Adams, resgataram Caco (não vou chamar ele de Kermit), Miss Piggy, Animal e sua turma e adicionaram muitas participações famosas no elenco e, é claro, divertidas músicas, para realizar um adorável e nostálgico filme. O resultado foi um Oscar de Melhor Canção Original para “Man or Muppet”, apesar de “Life is a Happy Song” ser uma música muito melhor.

Rock of Ages – O Filme 

(Rock of Ages, Estados Unidos, 2011),

de Adam Shakman – Ou como eu gosto de chamar: “como pegar boas músicas e transformar em momentos adolescentes constrangedores”. O longa que serve apenas para você perceber que Tom Cruise ainda sabe fazer algo diferente de correr. Um exemplo do que não fazer. Saiba mais aqui.

Nota:[cinco]