A equipe do Cinema de Buteco selecionou uma pequena lista de 10 filmes de Natal imperdíveis. Cada um dos participantes escolheu aquele que fosse mais marcante em sua vida ou que simplesmente merecesse uma atenção especial. Então, se você estiver procurando um bom filme para assistir nesse Natal, dê uma olhada na nossa listinha e divirta-se!
Ho ho ho!
O Amor Não Tira Férias

A Felicidade Não Se Compra
Com suas luzes brilhantes, neve e alegrias por todos os lados… Se hoje tem gente que não aguenta mais os filmes de Natal no cinema, na TV e até em peças publicitárias, a “culpa” é deste A Felicidade Não Se Compra, de Frank Capra. Aqui, a celebração cristã é pano de fundo para o drama de George Bailey (James Stewart), um homem muito bondoso e caridoso, de ótima índole, que vê seus esforços falharem e está prestes a cometer suicídio. Enquanto ele está numa ponte, decidido a se jogar, dois anjos começam a conversar sobre a vida de George e tem início o que é considerado o maior flashback da história do cinema. A Felicidade Não Se Compra teve seu copyright expirado, o que possibilitou circulasse livremente, quase que como uma obra de domínio público. Foi exaustivamente repetido na televisão americana durante o fim do ano e inspirou praticamente todos os filmes natalinos que vieram depois. É até um pecado um filme bacana desses ter legado ao mundo toda a bobagem natalina que vemos por aí. (Aline Monteiro)
Esqueceram de Mim

Gremlins
Um inventor desastrado vai parar em Chinatown e encontra um curioso bichinho para presentear o filho na véspera do Natal. Ele é avisado de três regras fundamentais: não alimente a criatura depois de 00h, não molhe, e não deixe o bicho ter contato com a luz. Claro que essas regras acabariam sendo deixadas de lado cedo ou tarde. O resultado é que o doce Gizmo deu origem a um bando de criaturas from hell e catarrentas, dispostas a destruir tudo que passar pelo caminho. Uma deliciosa comédia de humor-negro dirigida por Joe Dante, que anos depois faria Meus Vizinhos São Um Terror. (Tullio Dias)
Edward Mãos de Tesoura
Tudo bem que não existe nenhum Papai Noel em Edward Mãos de Tesoura, mas como podemos ignorar o clima familiar e de confraternização que acontece pouco antes da conclusão da história dirigida por Tim Burton? Aposto que a maioria das pessoas que fantasia em brincar na neve, costuma se colocar exatamente no lugar de Winona Ryder rodopiando lentamente ao som da bela trilha sonora de John Williams e com o nosso querido Johnny Depp tesourando todo o gelo do universo. Vamos deixar de lado o que acontece depois e concentrar apenas na alegria daquele momento em especial, que tal? (Tullio Dias)
Simplesmente Amor
Simplesmente Amor não é uma história de “menino conhece menina” – são várias. Cada uma delas com suas nuances, que juntas criam um belo mosaico do sentimento que parece estar tão em falta ultimamente… O amor está em todo lugar: na sala do Primeiro Ministro, no set de um filme pornô, na inocência da escola primária e até entre pessoas que não falam a mesma língua. Pra equilibrar todo esse sentimentalismo – que, pasme, às vezes fica no meio do caminho (um mal das múltiplas linhas de história) -, Bill Nighy é inesquecível como o rockstar falido que se reinventa com um hit natalino. Essa faceta de comédia rock ‘n roll viria a ser melhor explorada pelo diretor estreante Richard Curtis em seu segundo filme, Os Piratas do Rock – novamente com Nighy, é claro. (Nathália Pandeló)
Esqueceram de mim 2
O segundo Esqueceram de Mim é praticamente um remake do primeiro, com o capetinha Kevin McCallister metido na mesma situação, enfrentando os mesmos bandidos (antes Molhados, agora Grudentos) e até forjando novamente uma improvável amizade com um renegado da sociedade (sai o velho barbudo, entra a gorda dos pombos). Mas o que é que posso fazer se passei minha infância assistindo a este filme todo Natal? Não revejo há muitos anos, é verdade, mas Perdido em Nova York ocupa um lugar especial no meu depósito de memórias natalinas – cenas absurdas e Rob Schneiders à parte. Entre os momentos prediletos, está aquele em que Kevin usa um filme de gângster (de novo) pra tirar sarro do staff do hotel: “Fique de joelhos e diga que me ama.” “Eu te amo.” “Você tem que ser mais convincente!” “Eeeeeeu te aaaaamuuuuuuu!” (Lucas Paio)
O Grinch
Se você é uma pessoa que costuma dizer para todo mundo ouvir o quanto odeia o Natal, talvez O Grinch seja o seu tipo de filme. A criatura verde interpretada brilhantemente por Jim Carrey detesta o espírito natalino e se diverte fazendo maldades ou roubando os presentes da criançada da região, mas no final das contas tudo se explica e o Hulk magrelo vira o herói do Natal. Digamos que ele fica comovido por uma pequena chamada Cindy Lou e se redescobre há tempo de perceber que ele ama radicalmente a época em que um bom velhinho costuma presentear as crianças que se comportaram. (Tullio Dias)
Papai Noel às Avessas
Um dos motivos que tornam Papai Noel às Avessas um filme especial e diferente sobre o Natal é o fato dele subverter o mito do bom velhinho. Todo mundo sabe (pelo menos é isso que nós esperamos) que o Papai Noel que recebe os pirralhinhos no shopping é um cara comum e que cultiva a barriga e a barba para tirar uma grana durante os últimos meses do ano. Billy Bob Thornton é um desses sujeitos, mas acontece que ele é um grande ladrão safado e bêbado. Quando não está usufruindo dos serviços das ajudantes natalinas, ele está bebendo ou falando desaforos para as crianças inocentes que são constantemente magoadas pela acidez do personagem. O que ninguém esperava é que Willie (Thornton) é a versão humana do Grinch, ou seja: no final das contas, ele é um cara legal também. (Tullio Dias)
Duro de Matar
John McClane (Bruce Willis) é o policial mais pé frio da história do cinema. Em duas oportunidades (ou dois filmes, entenda como quiser) ele se encontrou no meio de uma situação de extremo risco: dentro de um imenso aeroporto durante uma nevasca, em Duro de Matar 2; e dentro de um edifício enorme, no filme original. Com um senso de humor peculiar e uma ironia mais destrutiva do que suas balas, McClane se transformou em um dos grandes heróis do gênero ação e conseguiu eliminar todos os vilões europeus sozinho. Tudo isso com direito a matar um bandido, amarrar luzes de Natal no sujeito e ainda escrever um bilhetinho: “ho ho ho”. Tem como não amar? Duro de Matar é o meu filme natalino favorito de longe. (Tullio Dias)