10 Filmes Imperdíveis com a Tilda Swinton

Tilda-Swinton

PENSAMOS EM FALAR SOBRE O David Bowie, mas no final das contas, foi mais justo homenagear a Tilda Swinton mesmo, aproveitando a oportunidade para selecionar dez filmes imperdíveis que contem com a participação desta grande atriz contemporânea, já que na próxima quinta-feira, 14 de Agosto, seu mais novo longa, Amantes Eternos, chega aos cinemas brasileiros. Confira nossa lista:

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OS LIMITES DO CONTROLE

O filme todo é muito cool: o elenco é repleto de participações inspiradas (Tilda Swinton – musa eterna, Gael Garcia Bernal, John Hurt e Bill Murray – que já havia colaborado com Jarmusch no também sensacional Flores Partidas), clima de Onde os Fracos não Têm Vez, só que mais insípido, quase que como uma tentativa de ser algo, um truque de Jarmusch para enganar aquele que assiste. Frases recorrentes, um clima de mistério (que à medida que o filme avança descobre-se: não leva a nada), um protagonista durão que se sensibiliza com obras de arte.

João

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CONSTANTINE

O filme conta com um elenco de apoio fora de série, com destaque para Tilda Swinton, que interpreta o anjo Gabriel. Ela rouba a cena com uma atuação brilhante e angelical. E foi uma das obras que melhor exploraram esse lado andrógino da atriz, que por essas características começou a ser lembrada sempre pelos fãs de David Bowie numa possível cinebiografia.

Tullio Dias

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O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON

Acaba que o filme se torna um romântico drama sobre amores impossíveis, mas que não tem a intenção de emocionar demais. Quer ser apenas uma bela história triste. E consegue bom resultado.

Tullio Dias

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QUEIME DEPOIS DE LER

É sim uma comédia, apesar de nunca chegar a apresentar momentos de grande humor (exceto na cena do aparelho construído pelo personagem de Clooney, dada a sua bizarrice), mas uma comédia de erros. A forma como aqueles personagens agem de forma completamente inconsequente, levados sempre por motivações tão irrelevantes, é o que dá o tom engraçado ao filme.

João

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ADAPTAÇÃO

O bloqueio do roteirista é o mote principal, mas não o único. Na medida em que a trama se desenvolve, descobrimos que o filme é, bem, sobre adaptação. Não aquela em que se transforma um material de uma mídia para outra, mas sim aquela em que transformamos a nós mesmos frente às adversidades. É se adaptar ao meio, quase que como por seleção natural.

Nathália Pandeló

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ORLANDO – A MULHER IMORTAL

Acredito que poucos botavam fé em uma adaptação cinematográfica do livro escrito por Virginia Woolf e publicado em 1928. A história do homem que, após um número significativo de aventuras e de alguns séculos vividos, dorme por uma semana e acorda com o corpo de mulher parecia ser intransponível. Mas em 1992, a cineasta inglesa Sally Potter ousou e dirigiu Tilda Swinton em um dos papeis mais significativos da atriz em um filme onde foi bem feito o uso da androginia de Swinton. Um fator importante é a percepção de que a mudança drástica não é necessariamente física, mas a sensibilidade com que Swinton consegue dar ao seu personagem, de acordo com a sua condição. Consegue, então, dar a Orlando tudo o que o papel exige e nos proporcionar uma imersão total ao seu mundo.

Graciela Paciência

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A PRAIA

Tilda Swinton, como viria a se tornar comum nos anos seguintes, brilha como a líder da comunidade. A crítica detonou a produção de Danny Boyle, que antes havia lançado o divertido Por Uma Vida Menos Ordinária, o clássico Trainspotting e o excelente suspense Cova Rasa (todos estrelados por Ewan McGregor). Pessoalmente, gosto bastante do resultado de A Praia e o colocaria entre os melhores trabalhos do diretor.

Tullio Dias

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O GRANDE HOTEL BUDAPESTE

Como numa recapitulação, percebe-se como os percalços enfrentados por O Grande Hotel Budapeste localizam-se, justamente, no desenvolvimento de sua trama. De certa forma, eles podem passar, numa experiência, recompensados pela linguagem e fascínio visual provocado pela obra – não que eles devam ser esquecidos, de maneira alguma. Logo, a fita não funcionaria apenas como narração, como trama, por mais interessantes que sejam suas personagens; ela precisa da forma, dos recursos integrais da construção de uma narrativa cinematográfica. Ela é Cinema. Um reforço à grandiosidade e abrangência desta Arte.

Leonardo Lopes

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UM SONHO DE AMOR

As sensibilidades que estavam escondidas encontram lugar no personagem da matriarca Emma (Tilda Swinton, perfeita), uma mulher que se esqueceu de suas origens russas em favor de seu casamento com Tancredi (Pippo Delbono). É interessante perceber como o processo pelo qual passa a personagem a leva a perceber que a felicidade ainda não estava ali, em sua vida, apesar da família formada, bem sucedida e bem representada pela figura desta mulher impecável e perfeccionista (percebe-se isto com o cuidado com que pensa os lugares que seus convidados irão tomar à mesa, no jantar em comemoração ao aniversário do avô).

João

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PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN

A relação entre mãe e filho é próxima e distante ao mesmo tempo. Como se o tempo todo o filho quisesse chamar a atenção da mãe e a mãe do filho. O que não é difícil, tendo essa cara de psicopata. Quando o filme chega aos últimos momentos, você sente todo o sofrimento que o filho causou a mãe e começa a entender toda angustia e recriminação que ela sofre em conseqüência dos atos do filho. Tilda Swinton está sensacional no papel, com direito a aparentar mais acabada com o decorrer do filme.

Wendel