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Crítica: Hereditário (2018)

O gênero terror encontra-se em uma excelente fase. Filmes como A Bruxa, Personal Shopper e Sob a Sombra são apenas alguns exemplos, e agora já podemos dizer que Hereditário faz parte dessa lista.

Com um orçamento de 10 milhões de dólares (valor considerado bem baixo para padrões hollywoodianos), este é o primeiro longa-metragem do diretor Ari Aster, e conta a história de uma família que começa a presenciar estranhos acontecimentos após a morte da excêntrica avó.

O roteiro trabalha muito bem a construção dos personagens. A primeira parte do filme é até bem dramática, focando na forma como a família lida com o luto. Cheguei até a cogitar ser um terror leve…

Mas felizmente eu estava enganado: essa construção foi apenas uma preparação para o que viria a seguir, um terrorzão pesado que me fez se contorcer na cadeira do cinema.

Herditário não é um filme inovador, na verdade, ele até possui a maioria dos elementos dos filmes do gênero, porém, ele se beneficia de um bom roteiro, de uma qualidade estética e de boas atuações, principalmente de Toni Collette, ótima atriz conhecida por seus papeis em O Casamento de Muriel, Pequena Miss Sunshine e O Sexto Sentido, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Em Hereditário sua personagem tem várias nuances. Ela vai de carismática a aterrorizante em questão de segundos. Alex Wolff também merece destaque, um jovem ator interessante e que devemos ficar de olho, enquanto Gabriel Byrne apesar de ok, está repetindo o mesmo papel há anos.

Apesar de todas as qualidades citadas acima, o filme não tem a profundidade de um A Bruxa, mas também está longe de ser um terror leve como Um Lugar Silencioso, então só pra sintetizar, Hereditário é um ótimo filme de terror, e ponto.