E aconteceu no último sábado, 30, o SAG, prêmio do Sindicato dos Atores. Surpresas? Sim, mas, de maneira geral, os vencedores eram os favoritos e acho que já temos uma boa ideia de quem deve levar o Oscar no mês que vem.
Primeiramente, parece que já está mais do que confirmado que Leonardo Dicaprio (O Regresso) e Brie Larson (O Quarto de Jack) vão levar a estatueta nas categorias de atuação principais. Venceram disparados os prêmios das associações de críticos, o Globo de Ouro, o Critics’ Choice e, agora, o evento dos colegas de profissão. Só um desastre para tirar o Oscar deles, quase que impossível a Academia mudar o resultado.
Nas categorias coadjuvantes, tivemos um vencedor surpreendente e que confirma o favoritismo de Sylvester Stallone (Creed). Eu pensava que Christian Bale (A Grande Aposta) ou Mark Rylance (Ponte dos Espiões) fosse ganhar para esquentar mais a disputa, mas o SAG optou por reconhecer Idris Elba (Beasts of no Nation), esnobado no Oscar. Uma atitude bacana do sindicato, ainda mais depois de toda a polêmica da falta de negros na premiação. Elba ainda voltou a ganhar na noite por seu papel na série Luther.
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) ou Kate Winslet (Steve Jobs) ? Bom, os atores escolheram a sueca e ela é provavelmente a ganhadora do Oscar. Não digo certamente porque a britânica pode fortalecer sua campanha nas próximas semanas – a votação apenas se encerra alguns dias antes da cerimônia – e uma possível premiação no BAFTA pode ajudá-la. Neste, Vikander está na categoria principal e coadjuvante, só que na segunda por Ex Maquina; algo bastante similar ao que aconteceu no Globo de Ouro e que resultou na vitória de Winslet.
A Grande Aposta levou o PGA, o qual, nos últimos oito anos seguidos, acertou o Oscar de melhor filme (antes disso, errou três vezes seguidas com O Aviador, Brokeback Mountain e Pequena Miss Sunshine). Spotlight venceu o SAG de elenco. No entanto, em 2012 e 2014, tivemos dois longas reconhecidos pelo sindicato e que perderam o Oscar: Histórias Cruzadas e Trapaça. Bastardos Inglórios e Pequena Miss Sunshine a mesma coisa nos anos 2000. Ou seja, a história mostra que não é lei vencer nenhum dos dois e depois a estatueta (e nem os dois, como Pequena Miss Sunshine), então, parece que temos um dilema em 2016: qualquer um pode vencer. Um terceiro? Muito difícil.