Direto do Indie 2011 Parte 5: FIX – The Ministry Movie

Um documentário sobre uma banda de rock pode ter duas funções principais: a primeira ser um registro fiel (ou quase) da banda (ou de um determinado fato) para seus fãs às vezes até buscando ser uma evolução em termo de registro audiovisual; a segunda é buscar uma verdadeira conexão com o público que não fã e/ou desconhece a banda criando uma empatia que ultrapassa os limites do documentário e cria uma nova ligação com quem assiste.

Infelizmente documentário FIX – The Ministry Movie consegue cumprir apenas a primeira função. O Ministry iniciou suas atividades em 1981 em Chicago tendo como líder o vocalista Alain Jourgensen e foram responsáveis pela criação do chamado metal industrial que segundo a nossa querida Wikipédia “é um gênero musical que mistura a música industrial com diversos subgêneros do heavy metal, usando riffs de guitarra rítmicos e repetitivos, samplers, sintetizadores ou sequenciadores e vocais distorcidos” influenciando grupos Rammstein e Nine Inch Nails.
O diretor Douglas Freel, que fez videoclipes de bandas como Kiss, Rush e Poison, prefere focar o lado auto-destrutivo de Alain Jourgensen regado a muito sexo, drogas e rock’n’roll e deixa para construir a importância da banda na história do metal por conta dos depoimentos de outros músicos como Trent Reznor (Nine Inch Nails), Lemmy Kilmister (Motörhead), Dave Navarro (Jane’s Addiction) e pessoas que trabalharam com a banda.
Após quarenta minutos de vídeo alternando com apresentações ao vivo, registros internos feitos durante a turnê da banda e as diversas entrevistas, temos a sensação de já termos visto tudo isso antes. Afinal, história de grandes astros do rock que vão ao limite do corpo e da alma usando todo o tipo de substância até a chegada ao mainstream, enquanto paralelamente criam algo novo e impactante no mundo da música não falta por ai.
Em suma FIX – The Ministry Movie peca por não nos mostrar nada de novo. Para os fãs do Ministry é um registro válido e com algumas informações relevantes e com seus momentos engraçados proporcionados pelo carismático Alain Jourgensen. E para quem chega sem nunca ter ouvido ou escutado a banda pode sair com aquela sensação de dejà vu proporcionada pela falta de inventividade do documentário.
P.S: Cada segundo que Lemmy Kilmister (Motörhead) aparece na tela vale ouro. Garantia de boas risadas. Ele sim é rock’n’roll.