Top 5 – Adaptações de Musicais da Broadway

Os Miseráveis - 01

Boa parte dos grandes musicais do cinema são adaptações de peças da Broadway, mas que infelizmente estão sendo cada vez menos levados à tela grande. Esse ano não tivemos nenhum concorrente musical nas grandes premiações, e ano passado o único representante foi a decepcionante adaptação do clássico de Stephen Sondheim Into The Woods (Caminhos da Floresta aqui no Brasil). Pensando nesse fato alarmante (principalmente para fãs de musicais como eu) preparei um Top 5 com as melhores adaptações de musicais da Broadway para o cinema (na minha humilde opinião, claro) e mostrar o quanto o gênero foi e ainda é importante para a Sétima Arte e que precisa urgentemente voltar a ser mais explorado.

5. Os Miseráveis

anne-hathaway-les-miserables1

Um dos musicais mais bem-sucedidos de todos os tempos (o segundo a mais tempo em cartaz da história) Os Miseráveis, inspirado no livro homônimo de Victor Hugo ganhou sua versão cinematográfica em 2012 pelas mãos do britânico Tom Hopper, cujo estilo de direção pomposo e levemente afetado combinaram perfeitamente com a trágica história de Jean Valjean e companhia.

O que mais me agrada nesse filme é que ele poderia facilmente ter ficado brega e caricato se tivessem errado a mão, mas felizmente esse não foi o caso e o filme é pura emoção, principalmente pela ideia genial de gravarem as cenas musicais ao vivo, o que rendeu performances épicas, como a de Anne Hathaway cantando a famigerada “I Dreamed a Dream”.

https://youtu.be/86lczf7Bou8

4. O Rei e Eu

original

Com músicas compostas por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein (dupla responsável por A Noviça Rebelde), O Rei e Eu mostra a relação complicada entre uma professora britânica e o Rei do Sião (atual Tailândia) que a contrata para dar aulas aos seus filhos.

Apesar da fórmula previsível (inclusive muito parecida com A Noviça Rebelde), o filme consegue ser encantador por si próprio, e todos os seus méritos contribuem para isso, como figurino e direção de arte primorosos, a performance inesquecível de Yul Brunner (que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator), e os números musicais magníficos, como a cena em que Anna e o Rei dançam juntos pela primeira vez, que pode ser considerada uma das mais belas cenas de dança da história do cinema.

3. Amor, Sublime Amor

westsidestory2

Não se deixe enganar pelo título nacional piegas; Amor, Sublime Amor (West Side Story no orirginal) é um dos mais grandiosos e bem produzidos musicais de todos os tempos. A história nos apresenta uma adaptação de Romeu e Julieta, mas ao invés de duas famílias nobres, a rixa é entre duas gangues de Nova York, sendo uma delas de porto-riquenhos.

Todo os aspectos do filme são majestosos, em especial a trilha sonora, que possui músicas que se tornaram ícones da cultura pop mundial, como “Maria”, “I Feel Pretty” e “Somewhere”. Toda essa excelência foi devidamente reconhecida, e Amor, Sublime Amor é ainda hoje o musical mais premiado na história do Oscar, com dez estatuetas, incluindo Melhor Filme. Também deve-se salientar que é um dos primeiros filmes a falar sobre a imigração nos Estados Unidos, fazendo críticas sociais o que o tornam ainda hoje bastante atual.

2. My Fair Lady

cena-do-filme-my-fair-lady-div-taschen

Genialmente hilário. Essa é a melhor definição para esse clássico intocável sobre um professor de fonética que aposta com um amigo que consegue transformar uma simples florista em uma dama da alta sociedade.

Seu humor hiper equilibrado e refinado, aliado às atuações brilhantes dos seus protagonistas (Audrey Hepburn está simplesmente impecável, e o fato de ter sido dublada nas cenas musicais não tira nem um pouco seu mérito) e ao visual de cair o queixo fazem de My Fair Lady uma pérola musical que precisa urgentemente ser redescoberto e devidamente prestigiado.

1. A Noviça Rebelde
The_Sound_of_Music_1

É difícil falar sobre esse clássico sem ser saudosista ou nostálgico. Belo, sensível e cativante, A Noviça Rebelde é daquele tipo de filme que simplesmente não dá para não apreciar. Por mais que possa se encontrar problemas (o que eu penso ser praticamente impossível) sua graciosidade simplesmente te impedem de colocar algum defeito nessa maravilha musical.

A história da noviça Maria que se torna governanta dos sete filhos do Capitão Von Trapp encanta principalmente por ser extremamente humano, sem os números exagerados de dança ou teatralidade comum na maioria dos musicais. Tudo é muito simples e tocável, o que faz de A Noviça Rebelde atemporal, encantando todas gerações. É Impossível terminar de assistir e não sair cantando clássicos como “Sixteen Going on Seventeen”, ” My Favorite Things” e “Do-Re-Mi”.