The Walking Dead s08e04, “Some Guy”, é um ponto alto no que diz respeito ao desenvolvimento dramático da narrativa. Finalmente sentimos os efeitos da Guerra Total quando assistimos personagens morrendo num confronto sangrento entre dois lados opostos.
Sinopse de The Walking Dead s08e04 – “Some Guy”
Os Salvadores conseguem uma grande vantagem com o uso inesperado de uma arma no seu arsenal. Isso coloca em risco a segurança de Rei Ezekiel e os soldados do Reino durante os avanços da Guerra Total contra Negan e seus comparsas.
Review
Muito falei sobre a caracterização do Rei Ezekiel em outras oportunidades. É um Rei com seus altos e baixos. Uma pessoa com defeitos por trás da máscara de liderança. Depois de liderar o Reino para consecutivas vitórias diante os Salvadores, o Rei caiu.
Após uma introdução com os preparativos da batalha, reencontramos o Rei no exato momento que acabou o episódio interior. Ele ergue os braços por baixo de vários corpos de pessoas que se sacrificaram para garantir sua sobrevivência.
Desesperado e com um ferimento na perna, o Rei logo percebe que irá sucumbir diante as ameaças que se aproximam e reflete sobre as suas limitações como pessoa.
Gosto de notar seu lado positivo para querer incentivar e estimular seus soldados, mas o que é colocado à prova é o quanto o próprio Rei consegue superar seus dramas depois de perder tudo.
“Some Guy” diz respeito justamente à forma como Ezekiel se sente depois de perder todos os seus soldados e ser deixado para morrer sozinho. Ele é apenas um cara que teve a sorte de ter encontrado um tigre e assim se tornado um Rei.
Resta saber como essa derrota afetará o Rei e o seu papel na Guerra Total.
O ponto alto do episódio, sem ter o que pensar, foi Jerry partindo um Salvador ao meio com sua machadinha. Sequência gore com um humor negro improvável: a gente vê por aqui.
Conclusão
Teste de paciência
Shiva vira um tipo de Deus ex machina para salvar a pátria. Seu destino não era inesperado, mas uma pena que tenha acontecido tão cedo e de forma até sem graça. Ela salva seu dono de uma derrota psicológica e se vê cercada por um grupo de mortos vivos.
A falta de verossimilhança incomoda. Afinal, já vimos a tigresa em ação antes e ali não existiam tantos zumbis assim para que ela fosse derrotada e devorada da forma como aconteceu.
O mesmo pode ser dito da ação de Carol ao deixar dois Salvadores escaparem num carro, quando parece absurdo que ela não tenha pensado em atirar nos pneus do veículo antes de ir ajudar Ezekiel e Jerry. Podemos apontar a breve participação de Daryl e Rick no episódio como outro Deus ex machina, o que não seria uma inverdade, mas isso seria motivo o suficiente para detestar esse episódio. Prefiro ignorar e seguir gostando do que vi.
Esses detalhes que cada vez mais passam menos batido, nos fazem reviver um longo teste de paciência. Felizmente, a série continua caminhando para frente e se desenvolvendo num ritmo satisfatório.
Ao longo dessas oito temporadas aprendemos a “perdoar” essas falhas, desde que The Walking Dead nos recompense com o que faz de melhor: contar uma história de sobrevivência num mundo apocalíptico.