O décimo primeiro episódio de The Walking Dead enfrentou a concorrência da cerimônia do Oscar e por isso o texto demorou a sair.
Após ser interrompido no meio do soninho do amor, Rick e Michonne escutam os planos de Jesus e reúnem um grupo para conhecer Hilltop, uma das várias comunidades que existem ao redor de Alexandria.
“Knots Untie” está no mesmo nível do episódio anterior, ou seja: é bom, mas não é exatamente indispensável. Novamente acompanhamos as peças se movimentando e o confronto com a turma de Negan ficando cada vez mais próximo. Também fica explícita a presunção de Rick em acreditar que nenhum outro grupo é páreo para o seu.
Hilltop, aliás, é uma fazenda bem simpática com pessoas que sabem cultivar alimentos, mas são verdadeiras negações na arte do combate. Ou de tentar matar uns aos outros, como fica claro.
Boa parte da ação ficou concentrada no dilema moral do ruivo putão Abraham. A pose de macho alfa que questiona a coragem de Glenn e Maggie em terem uma criança nesse mundo é abalada quando ele começa a sentir algo real. Na maioria das suas cenas, Abraham aparece com o semblante pensativo. Um reflexo do conflito brutal que acontece em sua mente. Ele não sabe se fica com Rosita numa relação confortável ou se investe em Sasha para viver the real deal e sossegar ao lado de alguém que lhe é especial.
Glenn e Maggie tiveram seus momentos também, assim como Rick e Michonne. Provavelmente, “Knots Untie” é o episódio mais romântico de toda a história de The Walking Dead. Como não sorrir junto dos personagens na sequência em que eles vão passando de mão em mão a foto do ultrassom do bebê de Maggie?
Torço para que essa calmaria signifique um final de temporada alucinante e corajoso. Especialmente para castigar um pouco da soberba de Rick, que está agindo impulsivamente e subestimando a força de um adversário desconhecido. Toda essa preparação dramática é importante justamente para surpreender os telespectadores e nos fazer “sofrer” cada golpe junto de Rick e cia.
Nossos heróis não são imortais.