O Cinema de Buteco orgulhosamente apresenta uma seleção dos piores filmes de 2018 – até agora!
UMA GRANDE LAMENTAÇÃO E FRUSTRAÇÃO QUE TENHO COM AS LISTAS DO CINEMA DE BUTECO é que quando escolhemos premiar as produções ruins da temporada, geralmente acabamos nos deixando levar pelo gosto pessoal.
Por isso é tão comum ver Transformers, Crepúsculo, Batman e Robin, 50 Tons de Cinza nessas listas em diversos sites por aí: as pessoas simplesmente não sabem o que é perder tempo assistindo produções ruins e preferem eleger como “piores” aqueles que menos gostaram. Compreensivo, claro, mas frustrante para quem realmente busca afundar no nível mais extremo de diversão tosca em verdadeiras sessões podreiras.
A partir deste ano, o Cinema de Buteco vai mudar esse cenário e produzir uma lista de piores filmes de 2018 capaz de causar calafrio no cinéfilo mais corajoso. Será o meu diário pessoal de experiências cinematográficas toscas e você poderá acompanhar através da #SessaoPodreiraCdB no Instagram e Twitter.
Esse será um conteúdo que receberá diversas atualizações ao longo do ano até a edição final em dezembro, combinado?
Aguardo as sugestões de mais filmes ruins nos comentários!
Tenha pesadelos com os piores filmes de 2018
#6
Patient Zero (Stefan Ruzowitzky, 2018) Quando uma produção combina uma quantidade absurda de clichês em seus personagens e uma narrativa preguiçosa, dificilmente escapa de ser uma porcaria. Isso significa, para a nossa alegria, que se trata de um belo exemplar para contemplar a nossa lista de piores filmes de 2018.
Patient Zero possui ainda um agravante para piorar (no pior sentido) sua existência: a tal da expectativa. Após esperar pela produção desde 2016, como fã de filmes de zumbis, me senti ofendido com uma combinação tão besta de ingredientes para conceber um verdadeiro desastre cinematográfico.
#5
Vigias Noturnos (The Night Watchmen, Mitchell Altieri, 2017) Três vigias noturnos, com o auxílio de um jovem inexperiente em seu primeiro dia de trabalho e uma jornalista, iniciam uma luta para sobreviverem contra um exército de vampiros.
Sabe aquela máxima de “tão ruim que fica divertido”? Se aplica completamente aqui. Se você for capaz de se permitir mergulhar numa trama completamente idiota, com atuações horríveis, piadas questionáveis com peidos e efeitos visuais e maquiagem toscas, pode acreditar que nunca mais vai ter coragem de dizer que Crepúsculo foi o pior filme da história sobre vampiros.
Mas ao contrário de outras produções que você descobrirá logo abaixo, Vigias Noturnos funciona bem na sua proposta de ser simplesmente uma brincadeira debochada, despretensiosa e feita por alguém muito a fim de gastar dinheiro.
#4
Nightwatchmen: Les Gardiens de la Nuit (Nochnye strazhi, Emilis Velyvis, 2016) Apesar da data ser 2016, eu só fui ver o filme dois anos depois e você está acessando uma lista de piores filmes ruins de 2018. Não reclame. Vou ser podrão que nem os filmes que escolhi.
Esse filme foi o que começou a ideia toda de falar de coisas realmente ruins. Na real, eu assisti essa merda achando que era The Night Watchmen. Notei que tinha uma dublagem esquisita, uns créditos com uns caracteres inventados e uma trama bizarra. Não demorou para cair a ficha de que tinha feito a “locação” do filme errado no Pérola Negra – decidi continuar para honrar essa lista e que missão, caros amigos!
Les Gardiens de la Nuit apresenta a história de um bunda-mole que se vê no meio de uma guerra entre vampiros muito loucos e um grupo de seguranças especiais especializados em exterminar os dentuços. Poderia ser uma aventura como as outras, mas o protagonista se apaixona por uma “donzela” nada indefesa e que está sendo procurada pelos vampiros toscos.
Prepare-se para efeitos visuais dignos de quem acabou de aprender a mexer no Premiere e atuações que seriam desprezadas até pelo Framboesa de Ouro.
#3
Day of the Dead: Bloodline (Hèctor Hernández Vicens, 2018) Releitura do clássico de George Romero lançado em 1985, essa produção tosca apresenta um grupo de sobreviventes de um apocalipse zumbi que vive num bunker e tenta encontrar uma vacina contra os zumbis.
Sabe quando você reclama de uma personagem que decide subir as escadas para os quartos ao invés de sair de casa para fugir do assassino? Geralmente isso é mais ligado ao lado psicológico/emocional dos personagens do que a uma falha realmente. Day of the Dead: Bloodline deixa claro para o espectador quando esse tipo de situação se torna absurda: em determinada cena, uma garota se assusta com um zumbi e praticamente corre na direção de uma horda, e SOBREVIVE!!!!!
A grande vantagem (talvez seja a única…) de ver filme mal-feito é que você realmente começa a entender melhor o que é um problema ou uma opção do roteiro em trabalhar seus personagens como pessoas idiotas. E começará a entender a diferença entre não gostar e achar ruim.
#2
Delirium (Johnny Martin, 2018) O gênero terror é o que mais parece sofrer do mal do “filme ruim”. Ou pelo menos é o que me incomoda mais, justamente por ser o meu gênero favorito e eu ter a responsa de produzir listas de qualidade todo final de ano desde 2011 aqui no Buteco.
Delirium é o típico exemplo de ideia boa, execução capenga. Existem bons momentos que poderiam transformar a obra em um belo exemplar de produções sobre casas amaldiçoadas, mas a dificuldade em estabelecer um estilo de narrativa causa imenso desconforto – até maior que o elenco e as limitações técnicas/criativas.
Em determinado momento assistimos a algo pela perspectiva da câmera de um dos personagens. Em outros, simplesmente temos a câmera tradicional mostrando a ação. Esse modelo híbrido, sinceramente, não funciona e estraga o que poderia ser um bom exemplar de terror.
PS: O link do longa do IMDb é esse aqui.
#1
Bunnyman Vengeance (Carl Lindbergh, 2017) As aventuras fatais de Bunnyman continuam no terceiro, e último, filme da franquia. Ou seja, talvez fosse recomendado ver os longas anteriores para compreender melhor esse universo, mas eu não fiz isso e acho que você também não deveria.
Bunnyman Vengeance desafia nosso intelecto o tempo inteiro e força a boa vontade. É muito comum que produções ruins sejam tão mal-feitas que se tornem divertidas para causar risadas. O longa de Lindbergh consegue a proeza de ser extremamente capenga e chato ao mesmo tempo. É ruim demais por N motivos (efeitos sonoros, efeitos visuais, atuações, roteiro, falta de noções espaciais) e se torna uma verdadeira perda de tempo que dá até desânimo de continuar produzindo essa lista e garimpando outras produções.
Merecidamente, o primeiro lugar da lista e eu duvido que os próximos 11 meses de 2018 reservem coisas piores. Duvido.