Jesse Pinkman (Aaron Paul) terá que passar por situações perigosas enquanto tenta superar o seu sofrido e doloroso passado.
A transição de uma mídia para outra sempre será um desafio complexo de fazer acontecer. Só que Breaking Bad conseguiu manter o ritmo. Essa mudança não será um incomodo fatal para os fãs de longa data. o problema vai ser para quem não gostava do ritmo de cada episódio. Pode ser lento e até arrastado para quem não curtia antes. Se você não era fã antes, dificilmente vai se encantar agora. Mas, se você está acostumado com isso, então esse “presente” é para você.
A Jornada de Jesse
Jesse Pinkman (Aaron Paul) agora é o personagem principal. A trama se passa ao redor dele, o que não deixa de ser uma missão muito difícil. Afinal, antes ele tinha um companheiro para dividir o tempo de tela, Walter White (Bryan Cranston). Mas, por causa de sua interpretação, que conseguiu superar o seu trabalho na série, esse filme se torna um brinde especial para quem acompanhou toda a sua jornada anterior. Ver sua evolução, com a ajuda de um roteiro interessante, é um dos pontos mais fortes. O enredo é tão bem elaborado que você fica cada vez mais curioso para saber o que acontecerá no final.
Os fãs certamente ficavam se perguntando: “o que aconteceu com o Jesse Pinkman?”; “E os outros personagens secundários?” É muita gente envolvida. E o filme não só equilibra tudo isso, mas também funciona como um epílogo muito bem vindo, mas que ninguém sabia o quanto precisava. O telespectador acaba com uma satisfação tão áspera que sente como se esse fosse realmente o último ponto final que esse universo estava precisando.
Visual Técnico
“Breaking Bad” sempre será lembrada por seus ângulos inovadores com a câmera e uma fotografia que falava diretamente com o script, e aqui não é diferente. A direção de Vince Gilligan continua sendo um dos pontos mais fortes para que todos os acontecimentos sigam bem e tenham algum impacto. O jeito como a câmera é posicionada em cenas de carro e as cores vibrantes com tom de laranja, preto e azul são de fazer os olhos brilharem.
Os Erros
Os pontos negativos são poucos, mas notáveis. Vai indo tudo bem até chegar nos flashbacks. Alguns são necessários, ajudam a história e fazem com que você sinta nostalgia ao ver personagens marcantes mais uma vez. Em outros momentos, a obra perde o ritmo por focar em coisas fúteis, com cenas longas que poderiam ser diminuídas ou até mesmo excluídas.
O tempo que levou para ser lançado também se tornou um problema. Alguns atores envelheceram e foi necessário usar CGI. Um personagem em específico teve uma mudança totalmente visível de aparência, gerando assim uma reação estranha pela sua volta.
Veredito
“El Camino” é um filme simples, mas eficaz e necessário. Ele não tenta em momento nenhum ser épico e isso é o que o torna especial. Sua simplicidade deixa tudo tão natural e nos faz pensar que tudo está realmente acontecendo. O Ciclo de Jesse Pinkman foi tão bem fechado que nos faz parar de querer uma continuação. Os três atos foram o suficiente para nos satisfazermos e finalmente dar o nosso último adeus a um personagem tão marcante e a uma história que nos entreteve por bastante tempo.