#05 Hellboy
Eu realmente não entendi o porquê de terem feito um reboot de Hellboy. Os dois filmes anteriores haviam sido bem recebidos pela crítica e, no caso do segundo, teve uma bilheteria sólida, apesar de nada incrível. A Lionsgate resolveu contratar outro diretor, ao invés de Guillermo del Toro, e trouxe um novo elenco, com David Harbour no lugar de Ron Pearlman.
O filme foi detonado pela imprensa e recebeu um amargo C no Cinemascore. Os fãs também mostraram o desinteresse no longa com o faturamento global de $ 44,6 milhões, contra um custo de $ 50 milhões (os gastos com divulgação nos EUA foram em torno de $ 35 milhões). Estima-se que a produção pode dar um prejuízo de $ 28 milhões ao estúdio.
Deveriam ter feito um terceiro filme com Del Toro e Pearlman a bordo…ou nenhum.
https://www.youtube.com/watch?v=doqJP-W0oVw
#04 Doutor Sono
Obra de Stephen King. Continuação de um clássico do cinema. Direção de uma das principais promessas de Hollywood. Ewan McGregor e Rebecca Ferguson no elenco. Deu ruim.
Doutor Sono deve dar um prejuízo de $ 30 milhões para a WB. Teve um custo de produção de cerca de $ 50 milhões (total de $ 171 milhões considerando todos os gastos) e arrecadação de $ 71,7 milhões. O estúdio não errou ao apostar no longa, mas não podemos negar que foi uma aposta bastante ambiciosa e arriscada.
Pra ser sincera, a recepção da imprensa até que foi decente, com 77% no RT e 59% no MC. Porém, não foi suficiente para atrair o público. Quem gosta da obra de King e não aprovou as mudanças de Stanley Kubrick, provavelmente não quis ver o longa. Quem gostou de O Iluminado pode ter conferido e gostado ou pode ter conferido e achado que Mike Flanagan fez referências demais ao clássico de 1980. A duração de duas horas e meia não ajudou também.
Sem contar o público jovem, que costuma pagar pra ver filmes de suspense e terror, mas não necessariamente conhece o trabalho de Kubrick. Ou seja, não teve interesse nenhum em assistir a Doutor Sono.
#03 Projeto Gemini
Pobre Ang Lee. Nos últimos três anos, viu A Longa Caminhada de Billy Lynn fracassar e, agora, Projeto Gemini repetir o feito. A diferença é que o filme protagonizado por Will Smith custou $ 138 milhões para ser feito (total de $ 200 milhões considerando divulgação) e arrecadou $ 173 milhões. Segundo o THR, o prejuízo pode ser de $ 75 milhões para a Paramount.
O que aconteceu? Bom, os 26% no RT e 38% no MC claramente não devem ter ajudado. A estreia na mesma data de Coringa só piorou as coisas. Não é o pior resultado para Smith nos EUA, mas os $ 48,5 milhões são frustrantes para um blockbuster desses.
Internacionalmente, havia expectativa para o lançamento na China, mas nem lá rolou. Faturou apenas $ 33 milhões. Tenso.
#02 O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
James Cameron produzindo. Linda Hamilton de volta. Críticas OK. Não foi suficiente. Acho que, agora, Hollywood desiste de investir na franquia, até hoje marcada pelo excelente O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1992).
Além do orçamento de $ 185 milhões, a produção teve custos de $ 80 milhões a $ 100 milhões com distribuição e divulgação (precisaria arrecadar $ 480 milhões para não dar prejuízo). A bilheteria de $ 261 milhões pode resultar em uma perda de $ 100 milhões. Por que, meu Deus? Talvez seja porque os fãs não queiram mais ver essa história. Muito menos as novas gerações. Simples assim.
Não duvido que Hollywood tente fazer o público engolir a franquia novamente no futuro, mas, neste momento, está claro que não vai rolar. Não adianta forçar. Deveriam ter investido numa continuação para Genisys, que fracassou nos EUA, mas foi bem internacionalmente ($ 440 milhões global). Ou deveriam ter parado lá mesmo.
#01 X-Men: Fênix Negra
Não precisava de mais um, sério. X-Men: Apocalypse já foi, de certa forma, uma decepção de crítica e bilheteria (não flopou, mas ficou mais de $ 200 milhões abaixo de Dias de um Futuro Esquecido, de 2014). E serviu pra fechar o ciclo iniciado com o excelente Primeira Classe (2011).
Enfim, insistiram no projeto, escalando Simon Kinberg na direção, em sua estreia na função. Trouxe de volta o elenco estelar das produções anteriores. Colocou $ 200 milhões na ideia, além de algo em torno de $ 150 milhões com divulgação. Vamos ver no que vai dar, né?
As expectativas já não eram muitas, mas quando o estúdio adiou duas vezes o lançamento do filme (a data original era 02/11/2018, passou para 14/02/2019 e depois foi para 07/06/2019), era sinal de que as coisas não andavam muito bem. Não adianta dar desculpa, por mais que ela seja compreensível. Onde tem fumaça, geralmente tem fogo.
Não deu outra: Fênix Negra tem 23% no RT e 43 no MC. Um miserável B- no Cinemascore, o pior do universo na história, atrás até mesmo de Wolverine (2009) e O Confronto Final (2006). O faturamento global foi de $ 252 milhões. Dos $ 170 milhões de prejuízo que a Disney teve no terceiro trimestre do ano, grande parte foi em função de X-Men.
Ouch!