As traduções de filmes no Brasil são (e serão) um eterno problema. Os Vigaristas é o mesmo título de um filme lançado em 2003 e que tinha Nicolas Cage e Sam Rockwell no elenco. (Nunca vi, confesso. Deixo para um eventual momento em que o Cinema de Buteco resolver falar dos filmes do Nicolas Cage ou do Ridley Scott). De qualquer maneira, é um saco você querer ver um filme e descobrir que existe outro com o mesmo nome. Se você souber do elenco, diretor, roteirista, história, ok. Mas e se for tudo vago? Se tudo que souber é que trata-se da história de dois homens vigaristas? Aí fodeu, né?
O melhor de Os Vigaristas (2009) não é a ausência do Nicolas Cage. A atuação de Rachel Weiz como uma ricaça pirada é um dos destaques. Durante uma cena, a maluca tem uma relação “sexual” com os trovões e a chuva. Com certeza, foi o orgasmo mais interessante que já vi no cinema. Supera de longe a Meg Ryan dentro de uma lanchonete em Harry e Sally. Mas o grande destaque do filme dirigido por Rian Johnson é a participação do ator Adrien Brody. Interpretando o irmão mais novo do vigarista mais velho (dããã), ele dá um verdadeiro show.
Apesar de ser uma comédia, acaba que a história é emocionante. Clichê ao extremo e a trama romântica é tão original quanto os filmes da Meg Ryan (já que estou crucificando geral, vai ela mesmo. não queria pegar no pé do Nicolas Cage de novo, coitado!), mas o público é cativado tamanha a inspiração dos atores. Não tem nada melhor que aqueles filmes que nos fazem torcer pelos personagens, por mais cretinos que eles sejam (é bem parecido com a vida real. Aposto que você torce por sua felicidade todos os dias, mesmo roubando a namorada do amigo, mentindo no emprego e blá blá blá).
Preste atenção nos planos de fundo durante o filme. Quase sempre existe uma piadinha subliminar acontecendo e as risadas são praticamente garantidas. Só por conta das piadinhas e do sexo da Rachel Weiz, dou nota 4. Ou quatro caipirinhas. Chopps, tanto faz…