(Um post diferente sobre) Kill Bill volume 1

De Quentin Tarantino. Com: Uma Thurman, Lucy Liu, Vivica A. Fox, Daryl Hannah, Michael Madsen, David Carradine, Michael Parks, Chiaki Kuriyama, Julie Dreyfus, Sonny Chiba.

– A cena inicial: Nanci Sinatra, My Baby Shot me Down; respiração forte e discurso sobre sadismo, masoquismo, amor e posse. Sobretudo sobre loucura. Tudo isso seguido de um“it’s your baby!”. Bang!

-Campainha batida, close no olho. Soco, vidro e sangue. Um som estranho mantém secreta a identidade de uma certa figura, que nos conta, com frias palavras, algo sobre aqueles que tentaram matá-la no passado. Sem sucesso. Codinomes e um café. Um cereal explosivo. E um gancho pra uma possível (e por mim sinceramente esperada) continuação. Tudo é possível. (A melhor cena do filme, na minha opinião)

-Tempo não linear, um hospital, e o tal assovio que se tornou tão famoso. Personagens icônicos nascem: uma enfermeira com tapa-olho que traz a morte numa bandeja. Sensacional. Mas Bill liga e estraga tudo. Sorte da mosca e da noiva.

-Ódio e ressentimento: a vingança finalmente se inicia. Não sem antes uma fisioterapia forçada. E uma inserção de mangá japonês, pra contar uma história de uma assassina mafiosa japonesa. Cenas chocantes. Mais e mais sangue. E drama.

– Outro personagem que passa a fazer parte do imaginário cinéfilo: Uma Turmam, de roupa de motoqueira amarela e listras pretas. Começa o massacre. Os sons diegéticos fazem a cena ficar mais tensa. Go-go e os pregos assassinos. O tapa na bunda do assassino de mentira. E o acerto de contas. O primeiro de muitos na verdade.

“Don’t Let me be misunderstood” nunca foi tão cult na vida. Tudo branco, em contraponto ao vermelho excessivo e ao amarelo de antes. A dignidade e a honra estão em jogo. Já sabemos o fim do duelo. Mas como ele se dá é algo sensacional. Ponto pra Tarantino.

-Finalmente o fim do começo e uma revelação que deixa qualquer um louco pra ver mais. E tem mais. A impressão que se tem é que Tarantino dividiu os filmes pra deixar-nos mais curiosos. E só. Ainda tem mais.