Top 5 Filmes Românticos: Renato Silveira


 
5- 9 Canções, de Michael Winterbottom
É um filme de sensações, muito mais do que um filme de emoções. É um romance ao avesso: os filmes convencionais investem no diálogo e o sexo se esconde numa elipse; aqui é o contrário, com quase nada de diálogo e transas sem censura. Uma história de amor contada através do sexo – e regada a uma irretocável trilha sonora.
 
 
4- WALL•E, de Andrew Stanton
Como não sorrir a cada cara de bobo que WALL•E faz toda vez que olha para EVA e decide tentar impressioná-la? E ela, que nunca viu outro robô como ele, até esquece de sua missão. Ver os dois se conhecendo e se apaixonando ao longo do filme é encantador. E as inserções da música “It Only Takes a Moment”, em que se ouve o verso, “And that is all that love’s about…”, pontuam muito bem dois momentos-chave do romance: o descobrir e compartilhar, e a importância da memória, que além de fazer os robôs funcionarem, também revela a existência de algo que não é racional correndo em seus circuitos.
 
 
 
 
 
3- Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, de Michel Gondry
Afinal, o amor é uma conexão entre duas pessoas baseada na experiência delas uma ao lado da outra, ou um sentimento mais forte que os limites da mente? A conversa entre Joel e Clementine no final do filme talvez lhe forneça uma resposta a esta indagação. Até lá, se você se identificar com o drama do casal, Michel Gondry e Charlie Kaufman provavelmente já terão destroçado suas emoções, do fim até o início.
 
 
 
2- Harry e Sally – Feitos um Para o Outro, de Rob Reiner
A mãe da comédia romântica moderna, até hoje sem concorrentes à altura, apesar de várias imitações. Um clássico contemporâneo, daqueles que dificilmente ficarão datados.
 
 
 
 
 
 
1- Luzes da Cidade, de Charlie Chaplin
Provavelmente o ponto alto da carreira de Chaplin, onde ele consegue unir toda a representatividade do Vagabundo em seu cinema – a sátira social somada à importância de se viver com dignidade acima de tudo – a uma trama romântica criativa. Um filme sensível e arrebatador como uma troca de olhares é plenamente capaz de ser.

 

 

 

 

Renato Silveira (@cinematorio) é jornalista e editor do Cinematório e do Cinema em Cena