The Wicked

poster the wickedNO MESMO ANO EM QUE ROB ZOMBIE PREPARA O LANÇAMENTO DE THE LORDS OF SALEM, outro longa-metragem abordará o tema da bruxaria. Se trata de The Wicked, produzido diretamente para vídeo, e que, apesar dos poucos recursos, consegue surpreender com uma premissa curiosa e divertida. Aviso que é um filme sem muitos recursos financeiros para melhorar efeitos especiais ou maquiagem, portanto não julguem a obra por esses “pequenos” detalhes.

Adolescentes resolvem passar a noite acampando, mesmo quando o pai de um deles o aviso para não sair de casa naquele dia. O irmão mais novo fica irritado com a petulância do maninho querido e resolve pregar uma peça, mas todos os jovens acabam sendo surpreendidos quando passam a ser assombrados por uma sanguinária bruxa feia e peluda.

O mérito de The Wicked é conseguir criar um clima de suspense capaz de convencer o espectador a (querer) ignorar a qualidade duvidosa do elenco ou dos efeitos visuais. O diretor aceitou que não podia querer inventar muita moda e trabalhou de maneira eficiente com os poucos recursos. Tanto que a bruxa demora um bom tempo para dar as caras. Até aparecer de verdade, a câmera se limitava a filmar as garras da personagem.

Vale a pena prestar atenção em como o roteiro evoca nossa época de moleque quando os adultos contavam histórias sobre o perigo de mentir e passar trotes: quando fosse verdade, ninguém acreditaria. A jovem delinquente loirinha que tenta ter sua primeira experiência sexual no meio do mato sentiu na pele como é ser ignorada no pior momento de sua vida.

The Wicked é o típico filme ruim que a gente gosta de assistir feliz. E nem precisa da companhia de uma cerveja gelada ou uma caipirinha daquelas, basta juntar os amigos e se preparar para curtir quase duas horas de chances de soltar piadinhas.