Flash/Barry (Ezra Miller) descobre uma maneira de correr através do espaço-tempo, e tem a ótima ideia de voltar no tempo para salvar sua mãe (Maribel Verdú), que foi assassinada quando ele era criança e ainda incriminou injustamente seu pai (Ron Livingston). Durante o processo ele percebe que não voltou no tempo, mas entrou um universo diferente, onde existe outro Barry e que ainda não se tornou um super-herói. Como existem mais Flashs, é compreensível que a distribuidora não tenha traduzido o título no Brasil.
O filme abusa de tendências cinematográficas que já cansaram algumas pessoas, como multiverso (Tudo Em Todo O Lugar Ao Mesmo Tempo), retorno de atores que viveram personagens icônicos em outras fases (Homem-Aranha: Sem Volta para Casa) e prisões russas (Stranger Things). E mesmo assim de alguma forma estranha tudo isso funciona bem em The Flash.
Passada a fase onde o universo cinematográfico da Marvel e da DC no cinema se levavam a sério demais, vejo que hoje existe uma certa leveza (não sei se essa seria a melhor expressão), que possibilita mais riscos e criatividade.
Logo no início temos uma cena de ação absurda, onde Flash tenta salvar vários bebês que estão caindo de um prédio, depois temos o encontro divertido entre o Flash original e o Flash do multiverso, e temos também uma cena emocionante entre mãe e filho que me tirou uma lágrima solitária. Ou seja, é uma bagunça, e só dá certo graças ao talento de Ezra Miller, que nesse momento encontra-se em uma situação delicada devido às acusações que sofreu, mas é inegável que ele é o mais carismático do universo DC.
Comentei sobre tendências cinematográficas, e é claro que o filme possui algumas outras que se tornaram regra nas adaptações de super-heróis, então existem aparições surpresas e cenas pós-créditos, e todas são muito legais.