THE EXORCIST BELIEVER PAZUZU

Review O Exorcista: O Devoto (2023): Devoção ao genérico? Releitura não passa de um terror de shopping center

POSTER REVIEW O EXORCISTA O DEVOTO IGREJADesculpa Tullio, mas sou do time ANTI SPOILER SOCIAL CLUB, porém, se você leitor, quer uma review com spoilers, sinta-se livre para visitar a crítica do meu querido amigo, mas só depois de concluir a sua leitura aqui, hein?

Bom, vamos lá! O Exorcista, lançado em 1973, revolucionou o gênero de terror ao introduzir elementos de possessão demoníaca de forma visceral e angustiante. Sua influência transcendeu décadas, deixando um legado incontestável no cinema de horror. Com tal histórico, as expectativas para “O Exorcista: O Devoto“, lançado em outubro de 2023, estavam nas alturas. No entanto, o filme se mostra uma promessa despedaçada, revelando-se um trabalho previsível, que se acovarda diante de suas próprias possibilidades e do público.

Desenvolvimento

Em seus primeiros 40 minutos, é possível antever com precisão o desenrolar dos eventos, o que compromete a capacidade do filme de surpreender e envolver o espectador. A trama segue um caminho previsível, perdendo uma oportunidade valiosa de inovar, no já saturado subgênero de possessão.

A narrativa, que poderia ter sido o ponto de partida para um “reboot” significativo, se perde em clichês e convenções, desperdiçando uma premissa promissora. A obra parece depender demasiadamente do legado do original, optando por trilhar um caminho seguro e, por consequência, se mostrando preguiçosa em sua execução.

Elenco

Os personagens, infelizmente, são pouco cativantes. O elenco, empenhado em seus papéis, parece refém de um roteiro frágil e vazio. Os diálogos sonolentos pouco contribuem para a trama básica, resultando em uma experiência desprovida de profundidade emocional. A construção dos personagens é marcada pela falta de autenticidade, tornando-os imprevisíveis, irreais e, em alguns momentos, caricatos, o que por vezes é desrespeitoso com crenças religiosas abordadas no filme.

As tentativas de elevar a obra a um patamar conceitual se revelam patéticas, pois a seriedade com que são abordadas e a busca por um tom superior acabam por fragilizar ainda mais o resultado.

Ponto Positivo (sim, eu tentei!)

Se há um ponto a favor, são as cenas que evocam nostalgia em momentos específicos. No entanto, é lamentável que a participação da personagem icônica (sim, vou poupá-los de spoiler, apesar de achar um crime te fazer assistir ao filme) tenha sido subutilizada. Revê-la é, sem dúvida, um ponto alto, mas esta é uma pequena luz em meio à escuridão do longa-metragem.

Por fim

“O Exorcista – O Devoto” se torna aquilo que, acredito, menos desejaria ser. Um terror de shopping center, que se contenta em assustar uma pequena parcela de adolescentes, enquanto os verdadeiros fãs do gênero mal conseguem se manter interessados por 30 minutos sem recorrer ao celular. A obra, infelizmente, falha em surpreender, demora a engrenar e frequentemente se torna tão entediante que desconecta o espectador, proporcionando uma experiência desastrosa.

Em última análise, a obra é um capítulo sombrio na franquia, incapaz de honrar a grandiosidade de seu predecessor e fadado a ser uma nota de rodapé na história do cinema de terror.

Ao fazer a pesquisa final para escrever a review de O Exorcista: O Devoto me deparei com um comentário publico na web que descreve muito bem a experiência do filme, vou deixa-lo abaixo para deixar seu coração quentinho, de ódio.

HOOOORRIIIIIVEEEELL!
Se o diretor falasse que esse filme e inspirado ou baseado no clássico exorcista de 73, BLZ! Até que passaria batido, MAS DIZER QUE É UMA SEQUÊNCIA DIRETA, SÓ SE FOR NA CABEÇA DELE!

Lindas palavras ditas por: Erick Nelton